terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Desafiando as probabilidades
No meio da catástrofe de sábado, na Madeira, uma capela foi destruída. O edifícío foi arrasado, com chão desabando perante a força da massa de água. Tudo desapereceu menos uma zona da capela. Aquela que estão a pensar.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
(Seria) sem comentários
Muito há para ser dito sobre o que se passa neste país. Mas não me apetece. Este blogue nem sequer era para falar em política e ultimamente quase não falo noutra coisa, ainda que em parte a pretexto de Economia. Sinto-me triste por ver este velho país no estado em que está, a piorar e sem perspectivas de recuperação, numa bandalheira completa. A decadência está institucionalizada, o regime que vigora é a Bandalheira Absolutista. Ainda há pouco passei em frente de antigo Cinema Mundial, onde fui tantas vezes e onde não devo voltar a entrar. Pela porta, vê-se o cartaz da Remax entretanto retirado: que irá fazer quem o comprou? Mais um templo de uma igreja do Cravanço Divino? Provavelmente.
Tenho saudades do que o país era antes de se "modernizar", das coisas que tínhamos quando éramos um país normal. Mesmo com o que havia de mal, estávamos melhores do que hoje. Não havia telemóveis nem televisão por cabo, mas não se deixava de falar a ninguém e a televisão não era o lixo que é hoje. Não havia shoppings deprimentes, em que somos levados a comportarmo-nos em autómatos consumistas a crédito; havia a Feira Popular, havia sardinhas assadas, algodão doce, havia carroceis (sem fascismos da ASAE) e carrinhos de choque, e tudo isto sem videovigilância. Podíamos não ter a panóplia de produtos que as multinacionais despejam cá, mas da Laranjina C ao pneu Mabor este país abastecia-se a si mesmo, não exportanto riqueza e empobrecendo-se estupidamente como temos deito nas últimas décadas.
E havia, apesar de tudo, alguma vergonha. Não valia tudo.
Hoje, o pior que o país tem está no poder e faz a lei. Para vergonha colectiva, foram postos no poder por este pobre povo que não vê um palmo diante do nariz, que percebe nada de nada, que se queixa, diz mal, chama nomes, mas não faz nada para resolver o quer que seja. Carneiros a caminho do matadouro, sem que o percebam.
Tenho para ler livros sobre a nossa grandeza passada, de como Dom João V quis a Santa Sé se estabelecesse em Mafra, mandando para isso construir o Convento, de como boa parte do mundo foi nosso e de como implantámos a civilização em parte dele.
E não me apetece ler nada disso: é demasiado deprimente.
Tenho saudades do que o país era antes de se "modernizar", das coisas que tínhamos quando éramos um país normal. Mesmo com o que havia de mal, estávamos melhores do que hoje. Não havia telemóveis nem televisão por cabo, mas não se deixava de falar a ninguém e a televisão não era o lixo que é hoje. Não havia shoppings deprimentes, em que somos levados a comportarmo-nos em autómatos consumistas a crédito; havia a Feira Popular, havia sardinhas assadas, algodão doce, havia carroceis (sem fascismos da ASAE) e carrinhos de choque, e tudo isto sem videovigilância. Podíamos não ter a panóplia de produtos que as multinacionais despejam cá, mas da Laranjina C ao pneu Mabor este país abastecia-se a si mesmo, não exportanto riqueza e empobrecendo-se estupidamente como temos deito nas últimas décadas.
E havia, apesar de tudo, alguma vergonha. Não valia tudo.
Hoje, o pior que o país tem está no poder e faz a lei. Para vergonha colectiva, foram postos no poder por este pobre povo que não vê um palmo diante do nariz, que percebe nada de nada, que se queixa, diz mal, chama nomes, mas não faz nada para resolver o quer que seja. Carneiros a caminho do matadouro, sem que o percebam.
Tenho para ler livros sobre a nossa grandeza passada, de como Dom João V quis a Santa Sé se estabelecesse em Mafra, mandando para isso construir o Convento, de como boa parte do mundo foi nosso e de como implantámos a civilização em parte dele.
E não me apetece ler nada disso: é demasiado deprimente.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O algodão não engana
Enganar um povo na sua grande maioria ignorante, sobretudo de Economia, e fácil de distrair com futebol e reality shows não é difícil.
O que é difícil é tentar enganar quem sabe do assunto, neste caso os investidores, as agências de avaliação e a imprensa internacional (que está para além dos controles e intimidações de um governo português), que lidam com números e não se deixam convencer por palavras bonitas.
O orçamento de 2010 não convenceu e provou a quem sabe do assunto, não só a realidade da economia portuguesa, como sobretudo o calibre de quem está no poder. Resultado: a debandada completa a que estamos a assistir com o mini-crash da bolsa portuguesa.
Com estes acontecimentos estamos a encerrar uma página da História de Portugal: a do fim das ilusões que têm sido criadas nas últimas décadas. Mas o sacrificado povo português vai agora passar por sacrifícios ainda maiores: em 2010 o Estado Português têm de pagar 37 mil milhões de euros aos credores. O dinheiro terá de vir de algum lado e de certeza que já não vem de fora.
Mas os portugueses devem estar cientes que eles são em grande parte culpados pela situação em que estão, para já pela forma como votam, mas sobretudo como cultivam a sua ignorância e ingenuidade, como desprezam quem tem conhecimentos, se deixam distrair e como acreditam nas promessas fáceis de vendedores de banha da cobra.
Resta dizer que é óbvio que não vai haver nem TGV, nem mais pontes, nem novo aeroporto de Lisboa. Por isso ontem se registaram quedas aterradoras nas acções de bancos e empresas apoiantes do poder e parasitas do país que, entre outras coisas, contavam com negócios faraónicos com obras públicas em igual proporção inúteis e danosas para as finanças nacionais. É bem feito. Andaram a fazer negócios com os socialistas, agoram pagam o preço da sua ganância desmedida. Virou-se o feitiço contra os feiticeiros, neste caso os chicos-espertos.
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Economia,
Lava mais branco,
Os últimos dias de Pompeia
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