sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Euros bem dotados para o busto da República
Enquanto não podem retomar abertamente o busto de Lenine, as ordas republicanas que ambicionam um quinhão dos 10 milhões de euros destinados a comemorar o Centenário do actual regime, propõem agora novo desígnio nacional: um novo busto para a figura da República, tal como foi feito em França há uns anos.
Em França, quem serviu de modelo ao novo busto foi Laetitia Casta, que além de extremamente bem dotada para o efeito, é natural da Córsega onde existe um problema de separatismo.
O problema é que, pouco depois do novo busto ser apresentado, aumentaram os impostos para os altos rendimentos e a Casta mudou-se para o Reino Unido para não ser abusada pelo fisco francês. Foi grande o scandale, até porque também o Johnny Halliday tornou-se cidadão belga pelos mesmos motivos.
Por cá, e como demonstração do meu amor à república, eu sugiro que a modelo seja representativa dos dotes e categoria do regime: a Edite Estrela, a Ana Gomes, a Maria de Lourdes Rodrigues ou, porque não, a republicaníssima Primeira Dama?
Entretanto, e longe de comemorações oficiais, a credibilidade financeira da dita República afunda-se para níveis suficientes para desvalorizar o Euro.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O triunfo dos PIGS
Portugal's ratio is expected to rise to 85% this year. This is because the belt-tightening is bound to hurt Portugal's already pathetic GDP growth trend.
(...)
Poor Greece and Portugal. They are damned if they do, damned if they don't. The same goes for Spain, Ireland and Italy. The heavy debt loads at all five of these disparagingly nicknamed "PIIGS" nations are now dragging the euro to seven-month lows against the dollar.
(a imprensa económica internacional desde ontem que arrasa Portugal. Estamos atrelados à Grécia, sem margem para dúvida)
(...)
Poor Greece and Portugal. They are damned if they do, damned if they don't. The same goes for Spain, Ireland and Italy. The heavy debt loads at all five of these disparagingly nicknamed "PIIGS" nations are now dragging the euro to seven-month lows against the dollar.
(a imprensa económica internacional desde ontem que arrasa Portugal. Estamos atrelados à Grécia, sem margem para dúvida)
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Humanitarismo e política
A propósito deste post no Estado Sentido, e não colocando em causa o seu mérito profissional e humano, tenho a dizer que não aprecio no Dr. Fernando Nobre a sua tendência para fazer fretes políticos.
Passo a explicar: sempre que há uma crise humanitária, lá aparece a criticar os EUA e os seus aliados (Austrália em Timor, Israel) com juízos de valor, análises geopolíticas (com as limitações inerentes) e críticas injustas sobre a assistência humanitária dada por militares em situações de insegurança.
Quando as milícias indonésias andavam a destruir Timor e a população fugiu para as montanhas, os aviões da Força Aérea Australiana começaram a lançar rações de emergência. Retive a imagem captada no porão de um C-130 de paletes com milhares de rações, constituídas sobretudo por biscoitos altamente calóricos (fornecidos pela Cruz Vermelha australiana), a serem lançadas, umas atrás das outras. Comentário de Fernando Nobre? Os biscoitos eram nocivos para os estômagos dos famintos timorenses, justamente por serem altamente calóricos. Não me constou que tivesse alguma vez provado algum, mas das suas palavras era suposto presumir-se que a Cruz Vermelha australiana era incompetente apesar de se dar ao trabalho de fazer alimentos específicos para estas situações. Não consta que algum timorense se tenha queixado.
Anos depois, aquando da invasão do Iraque, criticou os militares americanos por vedarem o acesso das agências humanitárias às populações na frente de combate (!!!) e de serem eles a prestarem auxílio aos refugiados. Ou seja, o que incomodava o Dr. Fernando Nobre era estar a ser dada assistência aos necessitados por parte dos militares, de serem eles a fazerem-no... em plena guerra. Na mesma altura, quando um cargueiro da Marinha Britânica, com capacidade para transportar 6000 toneladas, desembarcou suprimentos para a população iraquiana no porto de Bassorá, o jornalista (da SIC, se não me engano) enganou-se nos zeros e disse 60 toneladas. Logo aproveitou o Dr. Fernando Nobre dizendo que isso não era nada, que era insignificante, sem dar o benefício da dúvida à credibilidade da notícia.
Depois foi a Guerra do Líbano (2006), entre Israel e o Hezbollah, e mais recentemente a guerra na faixa de Gaza, entre Israel o Hamas, com o Dr. Fernando Nobre comentando sempre em tom crítico com Israel, acusando de usar armas "proibidas" que o Direito Internacional não proíbe, não fazendo o mesmo com as Nações Unidas que consentiam no uso das suas instalações e veículos para fins militares por parte dos movimentos chiíta-libanês e palestiniano. O facto de tanto o Hezbollah e o Hamas atacarem alvos civis de forma indiscriminada, e de crianças como bombistas suicidas em atentados nas cidades israelitas, isso já não mereceu críticas por parte do Dr. Fernando Nobre.
Agora, no Haiti, mais uma vez a AMI se queixa dos militares americanos por, nos primeiros dias após o terramoto, não terem deixado partir os socorristas para as zonas onde reinava a anarquia ou a violência dos senhores da guerra locais.
É quase uma inevitabilidade que em situações de catástrofe haja que se aproveite para fins políticos. Por exemplo, custa-me a crer na veracidade deste último salvamento de um jovem haitiano nos escombros de um hotel, por parte de socorristas franceses: quem regressa à vida depois de duas semanas quase soterrado de certeza teria muito menos à-vontade e descontracção que o que o jovem demonstrou, nas imagens que foram emitidas (curiosamente estava lá uma câmara da TV francesa, no melhor ângulo de filmagem e no exacto momento em que o jovem saíu do buraco). E as imagens dos soldados americanos (e outros) com bebés ao colo e a descarregarem caixas de suprimentos de braço em braço, correspondem a velhos hábitos de marketing político.
E já que falamos de técnicas de marketing político, que dizer de Sean Penn, na melhor tradição dos políticos americanos, sem olhar para a câmara mas de olhos no horizonte, apontado o braço em jeito de comandante das operações (uma célebre pose para a câmara do general MacArthur, na Segunda Guerra Mundial).
Mete nojo, eu sei. Mas coisas destas acontecem sempre.
Voltando à piolheira, faz-me pena ver uma pessoa com mérito e obra reconhecida como o Dr. Fernando Nobre fazer incursões na política, ainda por cima em afirmações e atitudes pouco sensatas e justas. E já não falo de ele, alegadamente monárquico, ter feito campanha pelo Bloco de Esquerda em eleições recentes, usando a sua visibilidade pública para a apoiar um movimento que até à pouco tempo não escondia a sua simpatia por aqueles que lutavam pela libertação de Euskadi. E depois venha criticar os militares americanos, australianos e israelitas...
Passo a explicar: sempre que há uma crise humanitária, lá aparece a criticar os EUA e os seus aliados (Austrália em Timor, Israel) com juízos de valor, análises geopolíticas (com as limitações inerentes) e críticas injustas sobre a assistência humanitária dada por militares em situações de insegurança.
Quando as milícias indonésias andavam a destruir Timor e a população fugiu para as montanhas, os aviões da Força Aérea Australiana começaram a lançar rações de emergência. Retive a imagem captada no porão de um C-130 de paletes com milhares de rações, constituídas sobretudo por biscoitos altamente calóricos (fornecidos pela Cruz Vermelha australiana), a serem lançadas, umas atrás das outras. Comentário de Fernando Nobre? Os biscoitos eram nocivos para os estômagos dos famintos timorenses, justamente por serem altamente calóricos. Não me constou que tivesse alguma vez provado algum, mas das suas palavras era suposto presumir-se que a Cruz Vermelha australiana era incompetente apesar de se dar ao trabalho de fazer alimentos específicos para estas situações. Não consta que algum timorense se tenha queixado.
Anos depois, aquando da invasão do Iraque, criticou os militares americanos por vedarem o acesso das agências humanitárias às populações na frente de combate (!!!) e de serem eles a prestarem auxílio aos refugiados. Ou seja, o que incomodava o Dr. Fernando Nobre era estar a ser dada assistência aos necessitados por parte dos militares, de serem eles a fazerem-no... em plena guerra. Na mesma altura, quando um cargueiro da Marinha Britânica, com capacidade para transportar 6000 toneladas, desembarcou suprimentos para a população iraquiana no porto de Bassorá, o jornalista (da SIC, se não me engano) enganou-se nos zeros e disse 60 toneladas. Logo aproveitou o Dr. Fernando Nobre dizendo que isso não era nada, que era insignificante, sem dar o benefício da dúvida à credibilidade da notícia.
Depois foi a Guerra do Líbano (2006), entre Israel e o Hezbollah, e mais recentemente a guerra na faixa de Gaza, entre Israel o Hamas, com o Dr. Fernando Nobre comentando sempre em tom crítico com Israel, acusando de usar armas "proibidas" que o Direito Internacional não proíbe, não fazendo o mesmo com as Nações Unidas que consentiam no uso das suas instalações e veículos para fins militares por parte dos movimentos chiíta-libanês e palestiniano. O facto de tanto o Hezbollah e o Hamas atacarem alvos civis de forma indiscriminada, e de crianças como bombistas suicidas em atentados nas cidades israelitas, isso já não mereceu críticas por parte do Dr. Fernando Nobre.
Agora, no Haiti, mais uma vez a AMI se queixa dos militares americanos por, nos primeiros dias após o terramoto, não terem deixado partir os socorristas para as zonas onde reinava a anarquia ou a violência dos senhores da guerra locais.
É quase uma inevitabilidade que em situações de catástrofe haja que se aproveite para fins políticos. Por exemplo, custa-me a crer na veracidade deste último salvamento de um jovem haitiano nos escombros de um hotel, por parte de socorristas franceses: quem regressa à vida depois de duas semanas quase soterrado de certeza teria muito menos à-vontade e descontracção que o que o jovem demonstrou, nas imagens que foram emitidas (curiosamente estava lá uma câmara da TV francesa, no melhor ângulo de filmagem e no exacto momento em que o jovem saíu do buraco). E as imagens dos soldados americanos (e outros) com bebés ao colo e a descarregarem caixas de suprimentos de braço em braço, correspondem a velhos hábitos de marketing político.
E já que falamos de técnicas de marketing político, que dizer de Sean Penn, na melhor tradição dos políticos americanos, sem olhar para a câmara mas de olhos no horizonte, apontado o braço em jeito de comandante das operações (uma célebre pose para a câmara do general MacArthur, na Segunda Guerra Mundial).
Mete nojo, eu sei. Mas coisas destas acontecem sempre.
Voltando à piolheira, faz-me pena ver uma pessoa com mérito e obra reconhecida como o Dr. Fernando Nobre fazer incursões na política, ainda por cima em afirmações e atitudes pouco sensatas e justas. E já não falo de ele, alegadamente monárquico, ter feito campanha pelo Bloco de Esquerda em eleições recentes, usando a sua visibilidade pública para a apoiar um movimento que até à pouco tempo não escondia a sua simpatia por aqueles que lutavam pela libertação de Euskadi. E depois venha criticar os militares americanos, australianos e israelitas...
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Haiti
O mais antigo estado falhado do Mundo vive o seu apocalipse. Uma oportunidade para a comunidade internacional dar a este país aquilo que nunca teve, nem é capaz de ter por sí só: um governo minimamente capaz.
O Haiti deve ser administrado durante umas décadas, seja pelos Estados Unidos, pela França ou por uma coligação internacional. Não aconselho a ONU: deu maus resultados em vários casos (nomeadamente Timor).
Se é preciso reconstruir as infraestruturas deste país desde o zero, então que todo ele seja reconstruído desde o zero: as instituições, a economia e, como resultado disto tudo, o poder político.
O Haiti deve ser administrado durante umas décadas, seja pelos Estados Unidos, pela França ou por uma coligação internacional. Não aconselho a ONU: deu maus resultados em vários casos (nomeadamente Timor).
Se é preciso reconstruir as infraestruturas deste país desde o zero, então que todo ele seja reconstruído desde o zero: as instituições, a economia e, como resultado disto tudo, o poder político.
Eles comem tudo e não deixam nada.
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Portugal nos eixos
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Diz que é uma espécie de aquecimento global
As temperaturas baixam até níveis record (-41 na Noruega). Nevões como há décadas que não se viam. E dizem o que planeta está a aquecer.
O Instituto de Metereologia diz que, nos últimos anos, a temperatura média em Portugal tem aumentado mais que no resto do Mundo. Conclui-se portanto que exite uma atmosfera portuguesa, que funciona independentemente da do resto do planeta.
O Instituto de Metereologia diz que, nos últimos anos, a temperatura média em Portugal tem aumentado mais que no resto do Mundo. Conclui-se portanto que exite uma atmosfera portuguesa, que funciona independentemente da do resto do planeta.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Negócios da China
A Unicer começou a exportar para a China. E é mais fácil do que parece.
Será que o Governo todo cabe num contentor? Por 500 euros resolvia-se o principal problema do país...
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