Argélia. Desde o início do crise na Tunísia que tenho estado à espera que este dominó começasse a abanar. É porque a situação é idêntica à da Tunísia mas com mais radicalismo presente, e já com o precedente das eleições de 1992 terem sido anuladas para impedirem a chegada ao poder da Frente Islâmica de Salvação.
Talvez agora cá em Portugal as pessoas se lembrem que a seguir a Madrid a capital mais próxima de Lisboa é Rabat e não Paris, e que depois é Argel. E que párem de dizer que não precisamos de Forças Armadas, e de choramingar porque compramos dois submarinos.
3 comentários:
Na minha modesta opinião, não temos muito medo do papão quer seja comunista ou fascista (fantasmas quase do passado) ou radical árabe, embora o islamismo extremista seja um problema bem real. No entanto, tal não significa que deixemos de estar atentos a essas movimentações que nos afectam de forma indirecta, por exemplo, ao ter sido atingido ontem o pico do preço dos alimentos a nível global, na falta de segurança (nomeadamente em viagens) ou na instabilidade económica vigente. Quanto à questão das Forças Armadas e dos ditos submarinos (um dos quais já foi para o estaleiro), já são contas de outro rosário, mas pede-se moderação nos gastos, pois quem não tem dinheiro não tem vicios...
Penso que todo o Magreb, do Egipto a Marrocos vai cair nas garras dos fundamentalistas islamicos, à semelhança do que se passou no Irão em 1979. Por isso o Dakar não voltará mesmo a África.
Mas o que me preocupa mesmo é ter teocracias islamicas, às portas de minha casa, a espreitarem do outro lado do Estreito de Gibraltar.
Mas sinceramente não creio que seja o facto de termos submarinos ou não, que vai dissuadir esses fundamentalistas de tentarem islamizar a Europa. As armas deles são outras; atentados terroristas em barda, imigração descontrolada de muçulmanos para a Europa e maiores taxas de natalidade dessas comunidades, que as comunidades nativas da Europa, que estão reduzidas a pouco mais que o filho único por casal.
O combate a este preoucupante fenómeno, faz-se sem dúvida, com alguma moderação militar, mas faz-se sobretudo com rigor nas políticas de imigração, de vigilância atenta das comunidades islamicas imigrantes na Europa, não dar nacionalidade a filhos de imigrantes muçulmanos, obriga-los a falar o idioma local e sobretudo muito policiamento para impedir atentados terroristas.
António Reis: nós há muito que somos o país da Europa que gasta menos % do seu PIB em defesa. De tal forma que nos últimos anos juntaram o orçamento da GNR (que é da Administração Interna) ao da Defesa para fingir que não gastamos tão pouco e não sermos criticados pelos aliados.
Paulo Lisboa: «não dar nacionalidade a filhos de imigrantes muçulmanos». Impossível, escusado será dizer. Esses imigrantes de segunda geração é que são o maior problema: são europeus mas mal integrados, até porque muitas vezes rejeitam essa integração. Só é nessa geração é que se deve apostar, não só por eles mas pelo relacionamento com os países de origem também. Doutrina Afonso de Albuquerque ao contrário.
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