Durante décadas a marca portuguesa mais conhecida em todo o mundo, e que actualmente é vendida em 125 países.
É claro que quando se tem sucesso, surgem logo as imitações. Também rosé, nome latino, garrafa ovalada, rótulo no mesmo estilo:
Este também dispensa apresentações:
Este também dispensa apresentações:
É um lugar comum dizer-se que até há uns anos fazíamos bom vinho mas não o sabíamos vender. De facto havia quem o soubesse vender bem, e vendia; só não quis aprender com a Sogrape quem não quis (pelo que se vê atrás, na América não perderam tempo). O Mateus Rosé é um ícone de bom marketing, sendo que não precisou de copiar ninguém, apostou num nicho de mercado mal explorado (o vinho rosé, que alguns mercados não conheciam), dirigiu-se a uma clientela (essencialmente feminina) que abarca tanto o vinho de mesa como os consumidores de champagne, e vende-se orgulhosamente como um produto português, sem qualquer referência estrangeira.
Uma lição para muitas empresas portuguesas, as quais acham que exportar significa necessariamente adoptar uma falsa identidade estrangeira, uma marca com nome inglês ou italiano, rotular de «Made in Europe» tendo depois de competir com a multidão que, em qualquer parte do mundo, faz o mesmo. Portugal, apesar da má imagem actual pelas razões que sabemos, é visto internacionalmente como um país de bom gosto, de requinte no prazer de viver e de qualidade de vida, e essa é uma mais valia que ainda não é devidamente entendida e valorizada pelas empresas portuguesas, numa altura em que é importante continuar a aumentar as exportações.
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