Irão ser construídos cinco corredores de via ferroviária, dois deles ligado Portugal, o do Atlântico (Aveiro/Leixões a Irun/França) e o Atlântico-Mediterraneo (Sines/Lisboa a Valência). Tal como era vontade portuguesa, ficam os portos nacionais ligados à fronteira francesa. Não se esperava que a UE aprovasse todos os corredores propostos por Espanha, mas foi o que acabou por acontecer.
Espanha fica com uma enorme rede de circulação de mercadorias ligando todo o território aos portos e estes entre si. Até agora só 4% do seu comércio era feito por mar, e a aposta é claramente de maritimizar a economia espanhola, i.e. virá-la para fora da UE. O mais importante destes corredores é o do Mediterrâneo, por onde passa parte significativa do seu comércio. No planeamento foram tidos em conta os interesses de empresas específicas, caso da SEAT, que conta reduzir os seus custos de transporte entre 150 a 200€ por automóvel exportado. Naturalmente que isto dará bom trabalho à indústria de construção civil, muito fragilizada pela crise imobiliária.
A questão que subsiste é se, mesmo com avultados financiamentos comunitários, Espanha irá ter dinheiro para financiar este projecto.
Link: Notícia do ABC.
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