Mais um carro baptizado com um nome português. Depois do Suzuki Escudo (Vitara de 1º geração, no mercado japonês), do Volkwagen Vento (mas também ser em Italiano), do Opel Sintra (e se calhar outros), surge agora o Ford Figo. Trata-se do Ford Fiesta da anterior geração, com um pequeno facelift, fabricado na Índia (esperam produzir 200 mil este ano), e destina-se aos mercados emergentes.
Aliás, nalguns destes países continuam a fabricar-se modelos retirados dos mercados desenvolvidos, de forma a abastecer os mercados locais com produtos acessíveis, que não têm custos de desenvolvimento e para os quais se reaproveita a maquinaria e moldes existentes, e que estão mais que provados. Além disso, se é certo que os automóveis têm evoluído em segurança e economia, têm perdido muito em solidez, simplicidade de manutenção e altura ao solo, factores importantes em África, por exemplo. Se juntarmos a isso a mão de obra barata percebe-se porque esses automóveis ainda são uma proposta válida.
Por exemplo, só este ano é que o VW Golf de primeira geração (dos anos 70) de deixou se fabricar na África do Sul. Mais surpreendente ainda, há três anos o Fiat 131 (dos anos 70), voltou a fabricar-se na Etiópia, numa versão modernizada, onde é o principal produto do fabricante automóvel local (coisa de que Portugal não se pode gabar de ter), a Holland Car. E na Sérvia, a Zastava (anteriormente conhecida por Yugo) continua a fabricar o Fiat 128 (modernizado com injecção electrónica) com preço base de 3500€.
Quanto ao Ford Figo, começou a vender-se na África do Sul e na Índia, onde o modelo-base custa o equivalente a 6.200€.
O Luis Filipe Madeira Caeiro é que não vai ganhar nenhum royalty por ter tornado popular em todo o Mundo o nome português de um fruto muito saboroso.
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