sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Kay Starr - Wheel of fortune

E se eles não quiserem pagar?

Ninguém gosta ou sequer está disponível para pagar as dívidas de outros. Mas um bebé português nasce, já hoje, com uma dívida pública que terá que pagar quando atingir a maioridade, na forma de impostos. É este o nível de endividamento actual do estado português, deixado às futuras gerações. E ainda sem TGV, nova ponte sobre o Tejo, novo aeroporto e novas scuts, respectivos deslizes nas contas, juros e prejuízos intrínsecos a projectos sem sustentabilidade financeira. Ou seja, estamos a ser chicos-espertos (para não dizer canalhas) para com as futuras gerações.

Resta saber se daqui a 25-30 anos, quando as crianças de hoje forem os eleitores de amanhã, e quando a maioria da população tiver de pagar as dívidas monumentais contraídas para ganhar as eleições de quando eram crianças, apenas recém nascidos ou nem isso, se a pressão popular não irá recusar-se a pagar.

E exigir que sejam as gerações responsáveis por esse endividamento a pagarem a factura.

«Nem mais um euro para o TGV de há 25 anos!» - poderá ser o mote que levará ao poder um governo.

Como pagar as dívidas então? Solução: com as reformas dos que agora têm, por exemplo, entre 35-45 anos (baby-boom de 1965-1975), que são a maior parte da população e que são o eleitorado que realmente decide eleições. Imaginemos toda esta gente privada de reforma durante uns anos até a dívida ficar saldada. Assusta, não é? Mas se isso acontecer, como poderemos dizer que eles não têm razão?

Groundforce

Ganham, na maioria dos casos, cerca de 2000€ e nunca menos de 1500. Têm um dos melhores planos de saúde do país. Têm direito a várias viagens de graça na TAP, por ano. Têm um dia de folga extra por mês para tratarem dos seus afazeres pessoais.

E, apesar da crise económica e na aviação, e da péssima situação financeira em que está a sua - ou melhor, nossa - empresa, ainda têm o descaramento de alinhar numa greve, a um mês de eleições.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Da Democracia na América


Assistir ao intensíssimo debate que está a acontecer nos EUA em torno da criação de um serviço nacional de saúde tem servido para constatar várias coisas.

Primeiro, que dos 45 milhões de norte-americanos que não têm seguro de saúde (e que supostamente ficam à porta dos hospitais), metade não têm porque não querem, e a outra metade é composta em grande parte por imigrantes ilegais. Ou seja, mais uma historieta anti-americana que é desmascarada.

Segundo, que Barack Obama passou de bestial a besta, ao mexer no assunto que originou a declaração de independência em 1776: impostos desnecessários.

Terceiro, vê-se o que é uma democracia participativa a funcionar, e imagina-se como reagiriam os americanos se lhes propusessem aquilo que tem sido levado a cabo junto dos portugueses: Estado a consumir 50% do PIB, receita fiscal igual 36%, SNS sozinho a consumir 20%, operações de mudança de sexo comparticipadas a 50%, transferência de soberania para uma organização internacional que não controla e onde já não tem direito de veto (sem nunca haver referendos), abolição da moeda própria...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Doce - Amanhã de Manhã

Proibido estacionar


(Porto de Lisboa, gare da Rocha Conde de Óbidos)

Estes traços pintados no pavimento devem portanto ser obra de graffiters...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Estado de sítio

Ontem ao princípio da tarde era notório o aparato policial na Praça do Município, com polícias com caras de mau encarando os automobilistas. Ridiculo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Grande 31!

Isto sim, é uma pedrada no charco!
Comunicado do Movimento 31 da Armada:

Daqui posto de comando do Movimento do 31 da Armada:

Durante a madrugada de ontem, e apesar da forte vigilância policial, elementos do 31 da Armada (Darth Vaders) subiram heroicamente até à varanda do Paços do Concelho e hastearam a bandeira azul e branca.

Há 99 anos atrás, no dia 5 de Outubro, um punhado de homens,contra a vontade da maioria dos Portugueses, tinha feito a mesmíssima coisa proclamando assim a república. O resto do país ficou a saber por telegrama.

Hoje, aproveitando as férias de verão e numa inédita acção de guerrilha ideológica, foi restaurada a legitimidade Monárquica. Podem permanecer calmos nas vossas casas: foi restaurada a Monarquia. E o país fica a saber pela internet. A acção foi devidamente filmada e o video será disponibilizado ao final da tarde.

É o contributo do 31 para as comemorações do centenário da república.


O 10 de Agosto de 2009 ficará na história de Lisboa, talvez de Portugal!

Aqui d'El Rei!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Depois de Charles Bronson...

Agora, o raptor suspeito dos investigadores contratados pelos McCann não é um mas sim uma, e é parecida com Victoria Beckham. O fundo Find Madeleine bem que podia receber uns milhões do David...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nós os ricos

Criou grande alarido na opinião escrita a divulgação de que os ricos portugueses (segundo o critério de rendimentos anuais acima dos 100.000€) são apenas 1% da população (dados de 2006), mas que suportam 25% da receita do IRS. E também que os 15% mais ricos pagam 80% dessa mesma receita. Um aumento face a anos anteriores, em que os 16% mais ricos suportavam 70% das receitas.

Acrescente-se a isto que metade da população não tem que pagar IRS, e veremos que o tão popularmente proclamado «Isto para os ricos é que está bom!» não corresponde minimamente à verdade.

E pergunta-se: e isto tem resolvido o quê? Se fossem verdadeiros os mitos da justiça social e da redistribuição da riqueza pelo Estado, sacralizados nas últimas décadas para servirem de pretexto a uma fiscalidade quase feudal, Portugal há muito que deveria ter os seus problemas de pobreza e de desigualdade resolvidos. A realidade demonstra o contrário, e são justamente os países onde os impostos são mais baixos, onde o peso do Estado é menor e onde a riqueza é menos castigada aqueles que mais se desenvolvem e onde a desigualdade económica e é menor. Vejam-se os países anglo-saxónicos ou o Japão, e conclua-se.

E mesmo deste lado do Atlântico, há quem aprenda a lição: há alguns anos, na Bélgica, o então governo dos socialistas flamengos (bem mais à Esquerda que o nosso PS) simplesmente extinguiu o imposto sobre grandes fortunas como forma de atrair capitais estrangeiros ao país, o que conseguiu. Entre outros, o cantor francês Johnny Hallyday escandalizou os seus conterrâneos ao tornar-se cidadão belga, da mesma maneira que a modelo Laetitia Casta se tinha tornado britânica anos antes.

Com apenas 1% de ricos, Portugal está estatísticamente ao nível da Austrália. O problema é que na despesa pública e no número de pobres, estamos no Terceiro Mundo.