sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

101º aniversário do regicídio

Domingo, 1 de Fevereiro
Programa:
10.00h às 17.00h - o Panteão dos Reis de Portugal (S. Vicente de Fora) estará aberto para quem lhes queira prestar homenagem.
16.00h - SS. AA. RR. vão ao Panteão apresentar suas homenagens
17.00 h - Encontro no Terreiro do Paço na Placa evocativa do Regicídio
19.00h - Missa na Sé de Lisboa, seguida de sessão de cumprimentos a Suas Altezas Reais os Duques de Bragança, Herdeiros do Trono de Portugal.

Guantanamo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O regresso do Santa Maria Manuela

Desde 2007 que se encontra em recuperação um dos dois últimos veleiros bacalhoeiros portugueses ainda existentes (o outro é o seu gémeo, Creoula, da Armada). Trata-se de um projecto a todos os títulos exemplar (e raro em Portugal) de recuperação do património histórico por parte do proprietário do navio, a firma Pascoal e Filhos (AKA Bacalhau Pascoal).
E que tem rendido um dos blogues que me tem dado mais gosto seguir. Sugiro uma longa consulta do Blogue do Santa Maria Manuela, por ordem cronológica, tal como se lê um bom livro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Está friozito

(Eva Herzigova)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Horas extraordinárias

Se alguma coisa boa esta crise trouxe foi um debate sobre o modelo económico, o papel do Estado e a forma como nos relacionamos com a Economia. Não me refiro à histeria paranóica dos sectores marxistas que se apressaram a proclamar a falência do Capitalismo. Mas antes ao debate sério e por quem de facto percebe do assunto, questionando mesmo aquilo que se considera estar certo e sobre o qual não há reclamações - por enquanto.

Um exemplo disso é o que (pelo menos alguns) sociólogos do trabalho chamam de co-produção do consumidor. De que se trata? De forma resumida, trata-se do uso da mão-de-obra dos consumidores posta ao serviço da entidade vendedora de um bem ou de um serviço, no fornecimento completo dos mesmos. É algo a que estamos tão habituados que nos seja solicitado, apesar de estarmos a fornecer a nossa mão-de-obra gratuitamente, que aceitamos tacitamente sem questionar ou sequer aperceber.

Um exemplo simples e demonstrativo é o por alguns chamado de sistema IKEA (embora não tenha sido esta empresa a inventá-lo): o consumidor compra um produto inacabado (neste caso uma peça de mobiliário), uma vez que é ele próprio que fornece a mão-de-obra para a montagem final do mesmo. Só no final deste processo, em que o comprador é parte incontornável, é que o fornecimento do produto se pode considerar bem sucedido. Nos Anos 80, isto era chamado de «Do it yourself / Faça você mesmo», uma expressão talvez não muito feliz do ponto de vista do marketing, mas que espelhava bem esta transferência de trabalho para o comprador. Talvez por isso tenha caído em desuso.

Outro exemplo, desta vez nos serviços, é a venda de títulos de transporte em máquinas automáticas (operadas pelo cliente, bem entendido), substituindo os vendedores directos, ou os restaurantes self-service, em que o cliente se serve e transporta a refeição até à mesa, trabalho que num restaurante normal é feito por funcionários.

Mas o exemplo mais corriqueiro e talvez mais complexo são os supermercados e os hipermercados, em que quase todas as tarefas que numa loja normal seriam feitas por funcionários são desempenhadas pelo cliente. É ele que procura os produtos no espaço onde estão armazenados (percorrendo por vezes distâncias consideráveis), retira-os para o seu carrinho de compras e transporta-os até ao local de pagamento (que funciona como uma portagem!), coloca-os em cima do balcão e ainda por cima os arruma em sacos. Veja-se toda a mão-de-obra (e tempo) que estas tarefas envolvem e que nós compradores fornecemos de forma 100% gratuita a quem nos vende. A cereja em cima do bolo é que ainda somos nós que, no fim de tudo, arrumamos o carrinho num local próprio, porque senão levam-nos a moeda de 1 € que somos obrigados a depositar..!

Este é provavelmente o exemplo máximo do outsourcing da mão-de-obra consumidora e, nos EUA, um economista encontrou uma expressão que reflecte bem esta massificação: crowdsourcing.

Existem várias justificações invocadas para a colaboração da mão-de-obra consumidora. A mais frequente é a rapidez no serviço, o que por vezes resulta de forma clara em nosso benefício (caso dos self-services). Também há razões de ordem prática, como por exemplo os móveis por montar (caso da estante da IKEA que facilmente podemos levar desmontada na mala do nosso carro e no nosso elevador, sem precisar de alugar um furgão e uma plataforma elevatória). E, por último, por razões de eficiência em função do volume: imagine-se o que seria uma loja de atendimento ao balcão capaz de vender a mesma variedade de produtos, nas mesmas quantidades e ao mesmo número de clientes que um hipermercado.

Quaisquer se sejam as vantagens, a co-produção frequentemente implica a co-autoria, e com ela a co-responsabilidade: quem montar a estante incorrectamente ou a danificar, acaba com um produto defeituoso sem que a IKEA tenha qualquer responsabilidade no facto.

Mas, acima de tudo, o lado ético e o sentido de justiça neste sistema residem no equilíbrio ou não entre a mão-de-obra fornecida gratuitamente pelo cliente e as vantagens que para ele resultam (nomeadamente em termos de preço e tempo), por comparação com as vantagens para o vendedor pela redução no seu custo de mão-de-obra.

E aqui é que se verifica por vezes a injustiça.

É suposto os preços de venda reflectirem essa redução no factor mão-de-obra, mas isto está longe de ser evidente nos preços praticados. Um exemplo claro está nas bombas de gasolina self-service e naquelas em que existe um gasolineiro a encher-nos o depósito: o preço é exactamente o mesmo, apesar de em algumas estações de serviço os clientes fazerem o trabalho de uma dúzia ou mais de gasolineiros.

E os preços praticados em hipermercados não são de forma alguma proporcionais com a mão-de-obra fornecida pelo cliente (e já nem falo no custo do uso do automóvel próprio), por comparação com os supermercados de cidade e as lojas tradicionais. E poderíamos falar de esforços não contabilizáveis inerentes ao fornecimento da mão-de-obra pelo consumidor: nomeadamente cansaço e stress. Ou seja, com recurso ao nosso trabalho (e tempo, e esforço) um hipermercado é dispensado de contratar um grande número de funcionários, e assim poupa o pagamento de um grande número de salários, para no final nos vender por pouco mais barato (ou às vezes nem isso) que o minimercado ou a mercearia do bairro. Não é por acaso que os seus lucros são fenomenais.

Um paralelo que podemos traçar é com os serviços públicos: seja preenchendo papelada em casa, ou com todas as medidas de e-government, que nos permitem fazer via internet, 24 horas por dia, o trabalho de um grande número de funcionários públicos (que apesar disso são 750 mil num país de 10 milhões de habitantes, e que sem dúvida não estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana), o Estado acaba por poupar muito dinheiro em horas de trabalho que nós fornecemos. E onde está a correspondente redução nos impostos? Não está.

É por isto que o debate sobre o modelo económico e o papel do Estado é saudável. É justo e necessário que se questionem os métodos e as margens de lucro dos agentes económicos privados (em particular os bancos; os mesmos que nos cobram por transferências bancárias e despesas de manutenção, que nada mais são do que "onerosas" movimentações de electrões). Mas «first things first»: primeiro que tudo é preciso questionar é o que o Estado nos tira e dos dá, e para quê. É que se eu não estiver satisfeito com um banco, um hipermercado ou um self-service, sou livre de escolher outro. Mas Estado, só há um no mercado.

Depressa e bem, há sempre quem

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Greed is good

Quem viu 'Wall Street', de Oliver Stone, sem dúvida se lembra deste famoso discurso pelo mau da fita, Gordon Gekko. Sobretudo com a actual crise. A quem não viu este filme recomendo vivamente, apesar de que a mensagem moralista esbarra no geral com a realidade cruel de que é Gordon Gekko quem neste discurso está carregado de razão. Tem é de haver moderação na ganância e nos rendimentos dos conselhos de administração.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A miúda do gás


E aqui o making of.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

sábado, 3 de janeiro de 2009

18 x 365

18 eram os cigarros que, em média, fumava por dia. 365 são os dias que decorreram desde que fumei o último.

Tem custado? Tem. Sobretudo a seguir ao meu vício incondicional, o café. Mas aguenta-se.