sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Diz-me com quem andas...

"A Câmara de Matosinhos inaugurou hoje o Centro de Arte Moderna Gerardo Rueda, cerimónia que contou com as presenças de José Maria Aznar e Pedro Passos Coelho.

Guilherme Pinto quer transformar Matosinhos no porto cultural da Área Metropolitana do Porto e abrir caminho ao intercâmbio artístico entre pintores portugueses e espanhóis.

A estratégia de desenvolvimento criativo do autarca de Matosinhos foi formalizada, hoje, à tarde, com a inauguração do Centro de Arte Moderna (CAM) Gerardo Ruedo, um dos artistas abstratos mais proeminentes da arte contemporânea do século XX.

Instalada na Galeria Nave, no piso subterrâneo dos Paços do Concelho, o CAM exibe 200 obras das cerca 500 do espólio da Fundação Gerardo Rueda. Na exposição permanente que estará a partir de hoje aberta ao público destacam-se ainda obras de Joan Miró, Antonio Saura, Nikias Skapinakis, Chillida, Tapiés, José Guimarães ou de Noronha da Costa.

A criação do CAM resulta da assinatura de um protocolo entre a Câmara de Matosinhos e a Fundação presidida por José Luis Rueda Jiménez e que terá a duração três anos."


Para estar presente nas cerimónias do 1º de Dezembro, num feriado, na capital, para isso ninguém arranja tempo. Mas, num dia de semana, inaugurar no Norte um museu português com o nome de um artista espanhol que nunca teve nada a ver com Portugal, isso já merece o tempo e a atenção do chefe de governo. Estamos esclarecidos. Está-se a ver quem irá ficar com a TAP.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Heil Keynes!

"Keynes himself admired the Nazi economic program, writing in the foreword to the German edition to the General Theory: "[T]he theory of output as a whole, which is what the following book purports to provide, is much more easily adapted to the conditions of a totalitarian state, than is the theory of production and distribution of a given output produced under the conditions of free competition and a large measure of laissez-faire."

Diga não à reclusão!

Após o golpe de 28 de Maio de 1926, os generais prevaleciam nos ministérios do Terreiro do Paço. Cupertino de Miranda tinha já nessa altura, uma grande fama como financeiro: possuía uma casa bancária no Porto e escrevia artigos sobre finanças no «Primeiro de Janeiro».

O general Ciril de Cordes mandou um emissário a convidá-lo para Ministro das Finanças. Cupertino de Miranda recusou o convite, mas indicou um homem «todo vosso» e doutor em Coimbra: Salazar.

Salazar aceitou o cargo, mas passados três dias foi-se embora, pois não aceitaram as suas condições.

Os generais diziam, na altura, que Cupertino de Miranda não era «dos deles». Foi sempre um «contraditor» de Salazar, embora reconheça que o ditador sempre teve uma grande consideração por ele.

10 DIAS NA CASA DE RECLUSÃO

CUPERTINO DE MIRANDA passou 10 dias na Casa de Reclusão! O motivo foi a Revolta da Batalha. Camilo Cortesão ia com frequência à casa que Cupertino de Miranda possuía na Maia, passando lá largo tempo a preparar a revolta. Um dia, a Pide chamou-o, dizendo-lhe que ia preso 10 dias para a Reclusão. Cupertino de Miranda fez-lhes ver os enormes prejuízos que tal facto acarretava. Quem iria dirigir a Casa Bancária?

O Director da Pide logo arranjou solução: Cupertino de Miranda ia para o Banco, durante o dia, acompanhado pelo agente Faro e, à noite, ia dormir à cadeia.

O agente Faro era mesmo um homem com faro! Prometeu fuga ao banqueiro se ele lhe arranjasse emprego no banco!

Cupertino de Miranda contraiu uma grande constipação na Reclusão: a casa era húmida e a água escorria pelas paredes...

Num desses dias de doença, disse ao Faro:

Hoje não vou para a Reclusão!
Se bem o disse, melhor o fez: deitou-se na cama, junto da mulher.

Às três horas da manhã, bateram, com estrondo, na porta da casa da Boavista. Era o director da Pide acompanhado por outros agentes.

Então, não foi para a reclusão? – perguntou.
Não vou, nem irei! – respondeu Cupertino de Miranda.
Então fica em liberdade! – respondeu o director.

Assim escapou Cupertino de Miranda a mais uns dias de prisão...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Time for Britain's great escape

Como já se tornou hábito, não poderia faltar uma referência à II Guerra Mundial. «The Great Escape» é um filme dos anos 60 que retrata a fuga de soldados aliados de um campo de prisioneiros alemão, protagonizado por Steve McQueen. A comparação da UE a um campo de prisioneiros alemão é devastadora se tivermos em mente a forma como decorreu a cimeira de Bruxelas na semana passada: a economia passou para segundo lugar, o verdadeiro assunto foi a obediência à Alemanha em nome da salvação da Europa. A resposta escocesa também causou estragos. A "Europa" a desmoronar-se.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Se o avião tivesse chegado ao Porto

Um interessante documentário realizado conjuntamente pelo Instituto Amaro da Costa e pelo Instituto Francisco Sá Carneiro. Impróprio para Cavaquistas.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Lições de quem sabe governar

Há dias, vendo o par Merkozy (que só é suportável nos anúncios do Licor Beirão) e lembrando-me do tempo em que os países europeus eram governados por gente capaz como Margaret Thatcher ou Giscard d'Estaign, veio-me à memória o nome de Helmut Schmidt. Há 30 anos era ele o rosto da Alemanha; uma Alemanha que era ainda a Ocidental, a República Federal da Alemanha. Era um país bastante mais digno e bem visto do que é hoje, quanto mais não seja porque era mais comedido e ainda sofria do complexo do derrotado da Segunda Guerra Mundial. A RFA protagonizou o "milagre" económico alemão do pós-guerra e, ciente do seu enorme sucesso, sabia não ser arrogante porque na altura tinha consciência das consequências de espirais de arrogância na Europa.

O ex-chanceler alemão, agora com 92 anos, veio a público dar uns valentes puxões de orelhas aos políticos actuais, e lembrar algumas lições que os alemães não se podem permitir de esquecer.


Ex-chanceler acusa ministro alemão de visitar mais o Médio Oriente do que Lisboa
04/12/11 13:00

Antigo chanceler alemão Helmut Schmidt apelou a mais solidariedade de Berlim para os parceiros europeus.

"Não podemos esquecer que a reconstrução da Alemanha após a guerra não teria sido possível sem o apoio dos parceiros ocidentais, e por isso temos o dever histórico de mostrar solidariedade com outros países, o que se aplica especialmente à Grécia", disse Helmut Schmidt num comício que antecedeu a abertura do congresso dos sociais-democratas (SPD), em Berlim, e em que participaram cerca de nove mil pessoas.

Schmidt advertiu ainda contra eventuais demonstrações de força da Alemanha perante os parceiros europeus, afirmando que o nacionalismo alemão "causa sempre incómodo e preocupação nos vizinhos".

Na opinião do decano da política germânica, que aos 92 anos continua a ser uma figura marcante da vida do país, a confiança na política alemã "sofreu danos, devido a erros na política externa e ao poder económico exercido" por Berlim.

Se a Alemanha "cair na tentação de assumir um papel de liderança na Europa, os seus vizinhos vão defender-se cada vez mais", advertiu Schmidt, que nos últimos congressos do SPD não usou da palavra, depois de, em 1998, ter apoiado abertamente a candidatura a chanceler de Gerhard Schroeder.

"É fundamental para os seus interesses estratégicos que a Alemanha não fique isolada de novo", acrescentou o economista que dirigiu os destinos da Alemanha entre 1974 e 1982.

Schmidt, que tem discordado frontalmente da política europeia da chanceler Angela Merkel, atribuiu ainda a chamada crise do euro à "conversa fiada" de jornalistas e políticos, fazendo uma clara profissão de fé na integração europeia.

"Entretanto, sou um homem muito velho, e a favor de uma completa integração, porque se a União Europeia não conseguir actuar em conjunto, alguns países ficarão marginalizados, e isso será muito perigoso, porque atiçará os velhos conflitos entre a periferia e o centro da Europa", sublinhou Schmidt.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Max Raabe & Palast Orchester - Sex Bomb

Amanhã no Grande Auditório da Gulbenkian (19h).

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º de Dezembro Sempre!

RTP e Fados

«O serviço público de televisão deve comprometer-se acima de tudo com a qualidade da oferta, pensando sempre mais nos direitos dos cidadãos do que - como é natural que aconteça com as televisões privadas - nos impulsos dos consumidores: o serviço público de televisão deve ambicionar ser a televisão dos cidadãos, de uma cidadania exigente e escrutinadora.
O facto é que Portugal nunca teve, desde o 25 de Abril, uma política de comunicação, mas apenas políticas de propaganda. Era tempo... mas para isso seria preciso fazer um corte com o binómio alarve que tem dominado a visão política da televisão, o binómio manipulação/distracção. E que, pelo contrário, se começasse a valorizar o papel da televisão, e nomeadamente do seu serviço público, como instrumento estratégico de formação dos indivíduos, de coesão comunitária, de afirmação da soberania, de renovação da identidade e de revitalização do imaginário.
Em terceiro lugar, é preciso ter consciência que, sendo o serviço público de televisão vital para qualquer pequena nação, ele pode ter um potencial enorme quando essa nação tem uma língua que a excede e projecta no mundo, como acontece com o português. Atrofiar esse potencial quando a televisão digital terrestre permite justamente ampliá-lo, através de uma lúcida estratégia de produção de conteúdos (informativos, documentais, ficcionais, etc.) seria um gesto de total cegueira política.»

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«a UNESCO tem duas classificações de património completamente distintas, a de "Património Mundial", ou "Património da Humanidade", que se aplica a bens materiais de significado universal, como o Mosteiro dos Jerónimos ou as gravuras do vale do Côa, o Taj Mahal da Índia ou a Grande Muralha da China. E a de "Património Cultural Imaterial", que se atribui a bens imateriais, dado a sua função na conservação da diversidade e o seu papel na vida das comunidades que lhe deram origem. O seu valor decorre pois, mais do que do seu significado universal, do seu enraizamento local e do seu significado comunitário.
Foi nesta, e não na categoria de "Património Mundial" que - ao contrário do que reza a enganadora propaganda provinciana que a propósito tem sido difundida - o fado foi escolhido. Como o foram, e os exemplos ajudam talvez a compreender melhor a natureza do facto, as danças Sada Shin Noh (Japão), a música Mariachi do México, as artes marciais Taekkyeon da Coreia, o Mibu no Hana Taue, ritual de tratamento do arroz do Japão, a equitação francesa, o teatro de sombras chinês, o ritual poético Tsiattista de Chipre, a peregrinação ao Senhor de Qoyllurit'i do Peru, etc.
Aqui fica o esclarecimento de um equívoco que, infelizmente, tem sido sobretudo alimentado por quem tinha por obrigação evitá-lo. Até porque, como tão bem disse Ana Moura, mundial e da humanidade, isso o fado já era há muito...»

Manuel Maria Carrilho, hoje no DN.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Abandonado em Génova


Foi construído na Alemanha há 40 anos, chama-se 'MS Pacific' mas já se chamou 'Pacific Princess', e ficou famoso em todo o Mundo como o «Barco do Amor». Está arrestado no porto de Génova há uns anos por dívidas a um estaleiro italiano onde efectuou reparações. Foi a leilão em Fevereiro mas não houve interessados. Aparentemente, manutenção deficiente por parte da companhia brasileira que ainda é o seu actual proprietário ditou o seu mau estado actual, nomeadamente no aparelho motor. Precisa de reparações e para os padrões actuais é pequeno e comercialmente pouco interessante, além de antigo.

Mas ninguém esquece que ainda é o «Barco do Amor» e só isso poderá impedir o antigo 'Pacific Princess' de um final triste num qualquer sucateiro. A indústria dos cruzeiros deve imenso a este belo e clássico navio, que popularizou os cruzeiros acessíveis ao cidadão comum. Era uma indústria moribunda no final dos anos setenta, quando os destinos preferidos eram as praias e os grandes resorts ao estilo mediterrânico ou da Florida. A série de TV relançou por completo a indústria, com os seus cruzeiros semanais entre San Diego e Puerto Vallarta a serem vistos nos ecrans de todo o Mundo. Paquetes que parecia terem chegado ao fim da sua carreira, como o 'Queen Elizabeth 2', o 'Canberra', o 'Norway' (antigo 'France') e até o nosso magnífico 'Infante Dom Henrique' tiveram novo fôlego e navegaram por mais uns bons anos.

Ainda hoje, poderá contar com um mercado potencial vasto entre os espectadores de famosa série. Até porque acaba por ser o símbolo de uma época que deixa saudades. Longe de querer atingir patamares de intelectualidade, «O Barco do Amor» era uma daquelas séries acessíveis a várias gerações e tipos de audiência, e foi um sucesso mundial, com boa disposição e sem grande conflitualidade entre os personagens, sem derramamento de sangue, sexo nem palavrões. Uma receita que as produtoras actuais não querem ou não são capazes de retomar.

Espero que, já que o tempo não volta para trás, ao menos o navio se salve.

domingo, 27 de novembro de 2011

Um por todos e todos contra o Fado!

Património ridículo da Humanidade

A Unesco criou a distinção de Património Imaterial da Humanidade para atender aos anseios de países subdesenvolvidos que, carecendo de património material digno de registo, gostariam de ver a sua cultura reconhecida por este organismo internacional. Trata-se, sem rodeios, de uma distinção destinada essencialmente a países de Terceiro Mundo.

Como não poderia deixar de ser, o Portugal actual não poderia ficar de fora deste rating e, nos últimos anos, tornou-se num projecto de primeira ordem da cultura nacional obter o dito galardão para o Fado.

É um velho hábito português, decorrente de um esmagador complexo de inferioridade, esperar que o elogio externo dissipe dúvidas e comprove a qualidade do que é nosso, do que nós fazemos, conhecemos e apreciamos melhor que ninguém. A autoconfiança sendo nenhuma, venera-se pateticamente o reconhecimento externo, o único credivel aos nossos olhos.

O Fado é um património cultural que dispensa qualquer reconhecimento da Unesco, não precisa de galardões nem certificações; é superior a isso e já é há muito conhecido e admirado internacionalmente, mesmo em países onde não se fala uma palavra de Português. Será possível que nenhum dos envolvidos tenha parado para pensar e perceber que é profundamente absurdo e ridículo submeter um património nacional que é indiscutível à avaliação de uma organização internacional? Imaginemos que a resposta da Unesco tinha sido negativa: o Fado deixava de ser digno de registo?

À notícia da distinção, vêm-se sucedendo as reacções emotivas e desproporcionadas, de um terceiro-mundismo sem qualquer noção do ridículo, para já não falar dos resultados práticos que advirão. Até agora, a única razoável que ouvi foi a de Ana Moura: «O Fado sempre foi Património da Humanidade».

Enquanto isto, o património material e insubstituível - que, ao contrário do Fado, não está de boa saúde - esse continua a degradar-se e a perder-se: castelos em ruínas, igrejas a serem pilhadas, bairros históricos descaracterizados e cobertos de grafittis, edifícios com valor arquitectónico a serem demolidos enquanto que se constroem monstruosidades, como o novo Museu dos Coches. Daqui por uns meses, os mesmos que agora se armam em defensores da cultura portuguesa lá estarão na inauguração do mais recente caixote de betão a poluir a Lisboa.

Mas isso já não interessa à "cultura" oficial. O que é bom para a caça ao voto e para a infantilização e o abandalhamento da populaça, para além do pão e do circo, são estas medalhinhas de bom comportamento dadas por estrangeiros, para podermos ter muito orgulho em sermos portugueses. E, à falta de melhor, arranja-se sempre um concurso da maravilha natural, gastronómica ou outra para elevar o banal à condição de prodígio.

Entretanto avança para a Unesco a candidatura para o Fado de Coimbra também ser património imaterial da Humanidade. O ridículo não dá tréguas. Por este andar, também o Porto quererá ter o seu fado e a sua medalinha da Unesco, para os caciques locais não ficarem atrás dos de Lisboa e de Coimbra. Daí até ao «O meu fado é mais património da Humanidade do que o teu» será um passo.
Infelizmente e por mais voltas que se dê, a alarvidade e o terceiro-mundismo portugueses acabam sempre por vir à tona, com ou sem o incentivo do Estado. Há alturas em que, de facto, dá vontade de fazer as malas e não voltar.

Basta de pimbalhices


Portugal tornou-se num País de aberrações que nos assolam de Norte a Sul… Basta de “pimbalhices” e novo-riquismo, DEVOLVAM-NOS A IDENTIDADE E A DIGNIDADE!

Do (excelente) Ruinarte.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Duran Duran - Girl Panic

Aconselha-se ecran inteiro e moderação.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O fim da macacada II

E agora, a ignorância dos professores:

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Draken!

Das coisas boas possibilitadas pelo Youtube é o acesso a filmes de arquivo que dificilmente poderiam ser vistos de outra forma. E assim se podem apreciar curiosidades como este belíssimo filme dos anos 50, de publicidade ao Saab Draken, um dos mais sofisticados caças da época. Uma delícia para quem se interessa por aviação.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Saab chinesa

Investidores chineses compram Saab por 100 milhões de euros
Foi celebrado um memorando de entendimento entre a Swedish Automobile e a Pang Da e a Youngman para a venda de 100% das acções da Saab por 100 milhões de euros.

Os chineses estão a comprar a Suécia. Depois da Volvo e da Carrier (segundo fabricante mundial de ar condicionado), agora Saab. Não sendo sueco, não deixo de ter pena de ver mais uma prestigiada marca sueca a ir parar a mãos chinesas. É uma ideia da Suécia que está a acabar: o de um pequeno país altamente industrializado, fabricante de alguns dos melhores produtos do mundo na sua especialidade, a competir em pé de igualdade com os gigantes.

A Saab era uma autêntica empresa-bandeira da Suécia. Nasceu como fábrica de aviões, para permitir o auto-abastecimento deste país neutro, nomeadamente em aeronaves militares. Ainda hoje, a empresa aeronáutica da Saab fabrica um dos melhores caças do mundo, o Saab Grippen. O primeiro avião do mundo equipado com um assento de ejecção era um Saab, e a empresa esteve na primeira linha do aparecimento dos aviões a jacto.

Após a Segunda Guerra Mundial, e seguindo o exemplo de numerosos países na época, a Suécia necessitava de um fabricante de automóveis populares e acessíveis (o que não eram os Volvo), para se motorizar. A Saab aproveitou o seu know-how para produzir um pequeno automóvel seguindo a filosofia do Volkswagen, o Saab 92001. O fabricante tornou-se conhecido e prestigiado em todo o mundo, autonomizou-se da divisão aeronáutica e deixou o mercado dos carros populares e tornando-se num nome sólido na gama alta.

Em 1989 foi adquirida pela General Motos, que acabaria por levá-la à decadência: fechou a sua divisão de produção de motores e caixas de velocidade, e os novos modelos passaram a ter como base modelos e componentes da Opel. O mercado não reagiu bem, já que os novos Saab eram demasiado caros para o que realmente eram: um Opel de luxo. Deu-se a falência em 2010 e venda a interesses holandeses que não conseguiram salvar a empresa.

O preço de 100 milhões de euros pagos pelos chineses é irrisório, já que os novos donos anunciam que a empresa necessitará de um investimento de mais de 600 milhões. Duvido que a Saab se mantenha na Suécia, já que o interesse chinês em empresas europeias prende-se sobretudo com a posse da tecnologia, transferindo a produção para a China. Já aquando da compra da Rover, a intenção anunciada era de manter produção na Europa, o que não se confirmou e hoje, em Longbridge, o que era a maior fábrica de automóveis da Europa é hoje uma enorme área terraplanada.

É a Europa em decadência, e a China em ascensão sobre os seus despojos.

A torre do terror

The Economist

Some hope that more money can be found from non-European creditor countries, such as China, by convincing them to invest in SPVs. Or perhaps the IMF could do more, particularly if China increases its contribution to the fund. But even if the Chinese were game, this raises a serious political question: does the euro zone want to be so obviously in hock to China just as it is fretting about Chinese firms buying up European ones?

sábado, 29 de outubro de 2011

Exposição sobre Duarte Pacheco, no Técnico

No átrio do pavilhão central do Instituto Superior Técnico, até ao dia 23 de Novembro, de Segunda-feira a Sábado das 10:00 às 20:00. A entrada é livre.

Uma pequena mas interessante exposição complementada pela exibição de filmes da época sobre a obra do jovem e dinâmico ministro das obras públicas que colocou o país no Século XX em termos de infraestruturas. Mesmo para quem conhece a História desse período, não deixa de impressionar o planeamento, a quantidade e o ritmo de construções públicas (1000 escolas em dez anos) dessa época, apesar dos problemas criados pela Segunda Guerra Mundial.

Dos filmes em exibição destaco o mais longo (81mn), chamado «15 anos de Obras Públicas», um filme de propaganda no estilo cansativo de António Lopes Ribeiro mas que é bastante interessante. A exposição inclui também documentos como artigos da imprensa da época (as inevitáveis polémicas e críticas ao que alguns consideravam megalomania) ou plantas de projectos. Alguns destes documentos estão expostos na mesa de trabalho usada por Duarte Pacheco e que hoje é propriedade da CML (a mesa em si é uma lição para muitos políticos actuais).


Ao ver a exposição, lembrei-me de um episódio da Segunda Guerra Mundial em que militares portugueses e britânicos acertavam planos para a defesa de Portugal em caso de invasão alemã. Os britânicos diziam que não tinham forças disponíveis para intervir em Portugal, em tempo e número úteis, e que o melhor que os portugueses tinham a fazer era sabotar e dinamitar tudo o que pudesse ser útil aos alemães: fábricas, portos, estaleiros, pontes, caminhos de ferro, barragens, centrais eléctricas, a refinaria de Cabo Ruivo e o que mais houvesse. Ou seja, não só não nos ajudavam como queriam que destruíssemos toda a infraestrutura que Portugal finalmente tinha, que era nova em folha ou se estava a construir. Perante isto, o oficial chefiando a delegação portuguesa respondeu dizendo que, assim sendo a ajuda do aliado britânico, e já que não seria possível resistir às tropas alemães, então que melhor seria simplesmente deixá-las entrar e conservar o país intacto.

A obra de Duarte Pacheco perdura e, passados 60, 70 ou mais anos, está aí a servir as actuais gerações. Construções bem pensadas, bem construídas, próprias para o nosso clima e feitas para durar sem grandes despesas de conservação. Das escolas e universidades às pontes e às barragens, do Hospital de Santa Maria ao Aeroporto de Lisboa, inaugurado em 1942 numa época em que nunca se supôs que serviria a aviões a jacto quanto mais aos milhões de passageiros que por ele agora passam.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

UE aprova plano espanhol de redes transeuropeias

Um notícia de ontem, da máxima importância para Portugal e que praticamente passou ao lado da actualidade por cá.

Irão ser construídos cinco corredores de via ferroviária, dois deles ligado Portugal, o do Atlântico (Aveiro/Leixões a Irun/França) e o Atlântico-Mediterraneo (Sines/Lisboa a Valência). Tal como era vontade portuguesa, ficam os portos nacionais ligados à fronteira francesa. Não se esperava que a UE aprovasse todos os corredores propostos por Espanha, mas foi o que acabou por acontecer.

Espanha fica com uma enorme rede de circulação de mercadorias ligando todo o território aos portos e estes entre si. Até agora só 4% do seu comércio era feito por mar, e a aposta é claramente de maritimizar a economia espanhola, i.e. virá-la para fora da UE. O mais importante destes corredores é o do Mediterrâneo, por onde passa parte significativa do seu comércio. No planeamento foram tidos em conta os interesses de empresas específicas, caso da SEAT, que conta reduzir os seus custos de transporte entre 150 a 200€ por automóvel exportado. Naturalmente que isto dará bom trabalho à indústria de construção civil, muito fragilizada pela crise imobiliária.

A questão que subsiste é se, mesmo com avultados financiamentos comunitários, Espanha irá ter dinheiro para financiar este projecto.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Jornalismo de sarjeta

Diário de Notícias, 18/10/2011:

Pensões vitalícias de ex-políticos poupadas a cortes

Os antigos titulares de cargos políticos vão escapar ao esforço adicional de austeridade que será exigido aos funcionários públicos e pensionistas que ganhem mais de mil euros.
Segundo o Orçamento do Estado para 2012, estas pensões serão apenas tributadas em sede de IRS.


É claro, que perante esta notícia, o país se indignou.

À tarde, no Público:

À entrada de uma reunião, à porta fechada, com as bancadas do PSD e do CDS-PP, no Parlamento, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou que a exclusão das subvenções dos políticos do esforço exigido à Função Pública é “uma falsa questão, no sentido em que as subvenções são pagas em 12 prestações e, portanto, a questão dos 14 meses não se aplica”.

Na proposta de Orçamento do Estado (OE) ontem entregue na Assembleia da República, prevê-se que, no caso dos beneficiários de subvenções mensais vitalícias, ficam abrangidas “as prestações que excedam 12 mensalidades”. Acontece que, no caso dos ex-políticos, as subvenções são recebidas 12 vezes ao ano, uma por cada mês, não havendo lugar aos chamados 13º e 14º meses. Deste modo, estes rendimentos poderiam, de acordo com o que está inscrito no OE, não ser alvo de qualquer corte, algo que foi noticiado na edição de hoje do Diário de Notícias.

No entanto, Gaspar adiantou que o Governo está “determinado em encontrar uma solução para essa questão”. E essa solução poderá passar por uma “contribuição solidária de um montante equivalente ao que está previsto para as restantes prestações e, portanto, equivalente ao que está em causa na suspensão dos subsídios”.

Sem comentários.

«É preciso um novo paradigma»


Vaticano condena ataque a igreja durante protesto em Roma
(AFP)

O Vaticano condenou neste domingo os actos de violência em meio à manifestação dos "indignados" no sábado em Roma, como o ataque contra uma igreja onde um crucifixo e uma estátua da Virgem Maria foram danificados.

Ao qualificar os confrontos de "horríveis", o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, "condenou a violência e o facto de uma igreja ter sido profanada por alguns manifestantes", em declaração à AFP.

Trata-se da Igreja Santos Marcelino e Pedro, localizada perto da explanada da Basílica de São João de Latrão, onde ocorreram os incidentes mais violentos.

"A estátua da Virgem Maria que estava na entrada foi arrancada e lançada na rua, onde foi danificada. Na sacristia, a porta foi destruída. O grande crucifixo da entrada também ficou danificado", completou.

Centenas de manifestantes quebraram as vitrines dos bancos, incendiaram veículos e lançaram bombas contra as forças de ordem no sábado em meio ao protesto dos "indignados" que reuniu dezenas de milhares de pessoas em Roma.

Cerca de 70 pessoas ficaram feridas, três delas com gravidade, e 12 foram detidas.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ser indignado é uma profissão com futuro

Ex-PCP, actualmente BCP/Galp/Iberdrola
Ex-UDP, actualmente Mota-Engil
Ex-PCTP/MRPP, actualmente...

sábado, 15 de outubro de 2011

Irlanda sai da recessão este ano

«A austeridade não resolve nada, só aprofunda a crise»; «as ajudas do FMI nunca tiraram nenhum país da crise»; «vamos pelo mesmo caminho da Grécia»; «os cortes nas despesas do Estado só provocam recessão»...

Quando a crise começou, a Irlanda fez grandes reformas, adoptou uma política de austeridade, cortou 15% no número de funcionários do Estado e aos que ficaram cortou-lhes grande parte do salário. As reformas que estão a ser feitas em Portugal vão nesta linha, com a diferença que se tem agravado a carga fiscal em vez de a diminuir porque, à diferença da Irlanda, em Portugal a presença do Estado na economia é gigantesca, e há dívidas para pagar. Ainda assim, Portugal está a seguir o exemplo da Irlanda, não da Grécia. E de lá, contra todos os prognósticos dos mesmos de sempre, as boas notícias começam a chegar:


Curiosamente, parece que nós agora também somos exemplo a seguir.


Isto é um bocadinho diferente da ideia geral que está a passar a imprensa portuguesa, não é? Ah, é verdade: nós não temos imprensa. Temos Comunicação Social.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Era o vinho, Meu Deus, era o vinho.

A hora mais dolorosa

Foram muitos anos de pão e circo, muitas promessas de prosperidade assente em aparências, muitas aparências assentes em crédito, muito crédito empenhado em betão e bólides efémeros, muitos direitos e pretextos para não fazer, não trabalhar e não deixar trabalhar. Importar era bom, fazer era mau. Muita ilusão, induzida e de criação própria. Um dia talvez a realidade caísse em cima mas, até lá, saboreavam-se as delícias do futebol e dos hipers, e das palavras reconfortantes dos vendedores de banha da cobra, dos aráutos do Estado Social, da Justiça Social, do passe social, da Taxa Social, do serviço público, tudo generosamente gratuito, ou não fosse o Estado a encarnação do Pai Natal. E se o craque do futebol ou o apresentador de concursos recomendam o empréstimo e o cartão de crédito, quem somos nós para duvidar?

Constante negação, por aversão à realidade, e no refúgio do politicamente correcto e da ignorância tida como legítima. «Economia? Isso é coisa que só interessa saber a ricos, a gente que usa fato e gravata». Não quiseram saber onde se estavam a meter porque pensaram que a solução para os problemas é sacudir a água do capote, queixar e criticar, que depois há de vir alguém que pague a conta e resolva.

E veio, mas tarde e a más horas, e somos nós todos que pagamos a conta. A doença evoluiu ao ponto de atingir proporções catastróficas e agora a cirurgia necessária é muito, muito dolorosa.

Tenho esperança que a situação um dia seja aceitável (a prosperidade já está guardada na memória e nos livros de História), mas que ninguém tenha dúvida que Portugal será um país pobre nos próximos 15-20 anos. É demasiada dívida para pagar, demasiada reconstrução do zero que o país terá de empreender, a começar pela mentalidade.

Para já, e para não cairmos no abismo, vamos vendendo os anéis.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Muito a propósito nestes dias de calor

Durante décadas a marca portuguesa mais conhecida em todo o mundo, e que actualmente é vendida em 125 países.
É claro que quando se tem sucesso, surgem logo as imitações. Também rosé, nome latino, garrafa ovalada, rótulo no mesmo estilo:

Este também dispensa apresentações:
É um lugar comum dizer-se que até há uns anos fazíamos bom vinho mas não o sabíamos vender. De facto havia quem o soubesse vender bem, e vendia; só não quis aprender com a Sogrape quem não quis (pelo que se vê atrás, na América não perderam tempo). O Mateus Rosé é um ícone de bom marketing, sendo que não precisou de copiar ninguém, apostou num nicho de mercado mal explorado (o vinho rosé, que alguns mercados não conheciam), dirigiu-se a uma clientela (essencialmente feminina) que abarca tanto o vinho de mesa como os consumidores de champagne, e vende-se orgulhosamente como um produto português, sem qualquer referência estrangeira.

Uma lição para muitas empresas portuguesas, as quais acham que exportar significa necessariamente adoptar uma falsa identidade estrangeira, uma marca com nome inglês ou italiano, rotular de «Made in Europe» tendo depois de competir com a multidão que, em qualquer parte do mundo, faz o mesmo. Portugal, apesar da má imagem actual pelas razões que sabemos, é visto internacionalmente como um país de bom gosto, de requinte no prazer de viver e de qualidade de vida, e essa é uma mais valia que ainda não é devidamente entendida e valorizada pelas empresas portuguesas, numa altura em que é importante continuar a aumentar as exportações.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Descolámos


WASHINGTON — US Secretary of State Hillary Clinton on Tuesday called on European governments to tackle reforms to stem the public debt crisis, citing no alternative to these "difficult decisions."

"We encourage countries to continue reform measures that will bring about renewed growth and improved competitiveness for the future," she said after meeting with her Portuguese counterpart, Paulo Portas.

Clinton, in rare public comments about economic matters, said at a joint news conference with Portas that they had discussed the economic challenges facing Portugal and Europe.

"The Portuguese people and the government of Portugal have demonstrated impressive resolve in putting aside political differences to implement difficult austerity measures that are helping to stabilize the Portuguese economy, but also to set it up for long-term economic success," she said.

"Other countries and governments are still working to take such paths, and we expect European leaders to continue to ensure that the response to this crisis is strong, flexible, and most importantly, effective."

Clinton also acknowledged that the United States faces "a lot of the same challenges."

"We strongly support the common-sense effective efforts that we see being taken here under President (Barack) Obama and in Europe by various leaders," she said.

"We just want to make clear that we have to continue down this path. There are no shortcuts. And it's not going to be easy, but it will, in my view, result in a return to economic prosperity in the future if we're willing to do now what is required of us."

The Portuguese foreign minister vowed that his country would accomplish its commitments to the international community.

"We'll win this battle against the debt," Portas said.

Clinton's comments came after a series of statements by Obama and Treasury Secretary Timothy Geithner urging leaders of the eurozone countries to take action to prevent a financial contagion from Greece's debt crisis.

On Monday Obama said the crisis "is scaring the world," while Geithner said the US would like to see Europe's leaders take "those basic lessons" from Washington's handling of the US financial crisis "and move more quickly now."

No dia seguinte a Obama mostrar um cartão amarelo à UE, os mesmos Estados Unidos elogiam-nos e destacam-nos - implicitamente - da Grécia, Itália e Espanha, que não têm feito as reformas de que precisam. Só o facto de Paulo Portas aparecer ao lado de Hillary Clinton numa conferência de imprensa (e não numa simples troca de cumprimentos) é enormemente positivo em termos mediáticos. Portugal continuará durante muitos anos a passar por uma situação muito difícil, mas o dia de ontem foi de vitória política e mediática porque marca a viragem na imagem internacional do país, agora mais próximo da Irlanda («estão mal mas estão a enfrentar a situação») do que da Grécia («vão abaixo»).

Do Atlântico, bons ventos como é habitual.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Botando a boca no trombone

Apeteceu-me abrir uma garrafa de champanhe quando há pouco ouvi o Ministro da Economia, Santos Pereira, indignar-se por ver organismos e empresas públicas a comprarem produtos estrangeiros quando há equivalentes feitos em Portugal. Até que enfim, que Diabo! Finalmente oiço um governante português a chamar o País à razão neste aspecto: o governo americano compra americano sempre que possível, o francês compra francês, o espanhol compra espanhol. O Estado Português deve preferir produtos e serviços portugueses. Isto é que é normal acontecer, porque é do interesse do Estado não exportar divisas e porque o Estado deve dar o exemplo. O absurdo é fazer o contrário. Tão lógico que até irrita mas mesmo assim até agora ninguém dizia.

Bravo, Álvaro Santos Pereira!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um nome a reter: Sara Sampaio

Não sendo eu especialista na matéria, creio que nunca houve uma portuguesa a conseguir entrar para o clube restricto das chamadas top models. Sara Sampaio, se não se puder considerar já dentro da categoria, está pelo menos no bom caminho, sendo já um nome estabelecido, tendo ganho protagonismo no conhecido anúncio da Axe Excite (ela é o terceiro dos anjos que cai do céu) e conseguindo agora fazer a capa deste mês da Marie Claire francesa.
É positivo para os países haver modelos (e actrizes) suas a alcançarem a fama, porque é uma mais valia para a imagem internacional, num mundo altamente mediatizado e onde os símbolos por vezes fazem a diferença entre a forma como se encara um país, a sua credibilidade e a dos seus produtos. Por vezes tornam-se em símbolos nacionais em determinada época, como foi o caso de Claudia Schiffer nos anos 90, promovida como o rosto da Alemanha reunificada.

No caso português, onde há um enorme défice de imagem internacional devidamente trabalhada, a Sara é uma boa notícia. No estrangeiro, sobretudo no norte da Europa, vigora o estereotipo de que Portugal é um país de pescadores rudes e velhinhas vestidas de preto, com lenço na cabeça. É uma lufada de ar fresco que apareça alguém a mostrar o contrário, sobretudo nestes tempos de descrédito e humilhação internacional, em que tudo o que vier de positivo é precioso.

Vale a pena acrescentar que a marca portuguesa Lanidor, com boa presença internacional, a escolheu para a campanha deste Outono-Inverno. Boa sorte para ela e que outras portuguesas a sigam.

sábado, 17 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Fim de linha para o TGV

Uma óptima notícia, há muito desejada!

Do Sol (link)

Passos acaba com TGV

OTGV não vai chegar tão cedo a Portugal. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, decidiu anular o contrato para a construção da linha de alta velocidade ferroviária Poceirão-Caia, apurou o SOL.

Prevê-se agora uma dura luta em tribunal entre o Estado e as empresas privadas responsáveis pelo projecto para apurar se haverá lugar ao pagamento (ou não) de indemnizações.

Passos Coelho assumiu a responsabilidade deste dossiê, definindo que a última palavra seria sua. Nem mesmo o ministro da Economia, que tutela o sector, teria poder de decisão sobre este projecto com forte carácter político.

O ‘cartão vermelho’ ao TGV foi mostrado depois de o Tribunal de Contas(TC) ter informado o Governo que não teria de indemnizar os privados caso anulasse o contrato, pois a obra ainda não recebeu o visto prévio – luz verde – da instituição.

Para não incorrerem em mais gastos, as empresas de construção pararam as obras, tal como o SOL noticiou na última edição.

...Obras que avançaram sem a luz verde.

Mas a dúvida resta: se não fosse a crise, o bom senso teria prevalecido? Talvez não. Em todo o caso, há razões para comemorar!

Pouco a pouco, as boas notícias vão chegando. Mas também as más: discordo de algumas das privatizações e do fim das golden share, que outros países mantêm.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Moodem-me lá isso!

Serei só eu que acho ridículos e embaraçosos estes vídeos de orgulho patrioteiro contra a Moody's? Querem contra-argumentar a avaliação do estado desastroso das nossas contas públicas com exemplos de sucesso que nada têm a ver com Economia e de coisas que se passaram há séculos? Em que é que a abolição da pena de morte ou os sucessos passados no futebol ajudam a diminuir as dívidas?

Será que ninguém vê que isto só abandalha ainda mais a nossa imagem internacional?

A avaliação da Moody's até pode estar exagerada, mas é com trabalho sério e não com vídeos que poderemos recuperar da desastrosa avaliação de uma terça-feira, há umas semanas atrás.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Férias no Mar

...a bordo de um magnífico paquete português.

O Verão do nosso descontentamento

Vento, frio, dores de cabeça e de garganta. E depois pedem-nos para fazer férias «cá dentro».

Imagine-se se fosse um político profissional

Antes de ontem, à conversa com um amigo, veio à memória o crash da bolsa portuguesa em 1987, dias depois de esta ter resistido a um crash de Wall Street. O causador deste crash português foi o próprio Primeiro-Ministro Cavaco Silva, quando em entrevista à RTP avisou que muita gente andava a comprar gato por lebre. No dia seguinte, veio tudo abaixo, muita gente perdeu muito dinheiro e jurou para nunca mais investir em acções. Foi o fim do capitalismo popular, dos pequenos investidores, e a Bolsa de Lisboa passou a ser, definitivamente, uma coutada de grandes especuladores.

A intenção até pode ter sido boa, e era verdade que havia mais gatos do que lebres, mas foi de um enorme irresponsabilidade largar esta bomba. Qualquer pessoa de bom senso, quanto mais um economista, saberia que era um erro.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Festival do cavalo puro sangue lusitano



Este fim de semana, no Hipódromo de Lisboa.



7.000 Kms a pé



Mais um grande filme de Peter Weir, um dos meus realizadores preferidos. Uma lição de como se conta uma história longa sem nunca se tornar monótona. E mais um grande desempenho de Ed Harris.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Grécia vai abaixo

É algo que já se pode dar como certo. Numa sondagem da semana passada, 75% dos gregos ponderam emigrar, o que significa que é toda a gente menos os idosos. 75% é também a quebra no número de turistas de Junho em relação a Maio, por causa das greves e das manifestações. A Grécia tem pouquíssima indústria, agricultura muito fraca, poucos bens exportáveis, sendo que o turismo é O pilar da economia grega.

Haja quem diga as coisas como elas são. Reparem na atitude dos eurodeputados socialistas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eurodúvidas

Nunca fui um entusiasta do Euro: concordei que tivéssemos aderido à moeda única por puro pragmatismo. Primeiro, porque assim os políticos portugueses estavam impedidos de desvalorizar a moeda; segundo, porque a adesão implicava a imposição de alguma disciplina nas contas públicas; terceiro, porque obrigava a economia portuguesa a modernizar-se e a tornar-se mais eficiente, por já não poder contar com a "batota" das desvalorizações da moeda. Dez anos volvidos, tenho de reconhecer que os dois últimos argumentos falharam redondamente: estamos falidos e a nossa economia continua a ser tudo menos competitiva no contexto europeu. Em ambos os casos, a culpa foi dos governos portugueses e da complacência de Bruxelas. Razão pela qual, na minha opinião, continua válida a nossa pertença à moeda única: se saíssemos seria para o governo português desvalorizar o Escudo de imediato, o que não é razoável.

O que aconteceria se Portugal anunciasse que abandonaria o Euro e retomaria o Escudo de forma a poder desvalorizar a sua moeda, e assim tornar as exportações mais competitivas? Simples: o Euro continuaria a existir e os portugueses correriam aos bancos para levantarem o seu dinheiro (em Euros) antes que desvalorizasse. Rebentava o sistema financeiro português.

Mas mesmo ignorando esta consequência imediata, o facto de irmos desvalorizar o Escudo seria por si só negativo. O que é que aconteceu nos 20 anos a seguir ao 25 de Abril em que desvalorizámos o Escudo consecutivamente foi que se desvalorizaram os capitais nacionais, os salários, as reformas, as rendas. O que já não foi pouco e, embora ninguém apareça a apontá-la, é uma das razões para a falência em que estamos. Se voltássemos a fazer isso, retomaríamos a receita para o desastre, mas agora também aumentaríamos a dívida externa contraída e os fluxos de capitais correspondentes às importações, nomeadamente a factura energética.

Por isso, falar em sairmos do Euro não é sequer uma opção. Só nos conviria voltarmos ao Escudo apenas se a moeda única acabasse no seu todo, para toda a gente. O que não é uma hipótese a excluir, da maneira como a União Europeia se afunda na decadência, sem que possamos fazer o quer que seja, num sentido ou noutro.

O que devemos, responsavelmente, fazer é preparar-nos para esse cenário, caso se verifique. É outra grande tarefa a somar à recuperação das contas públicas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

XIX Governo

Alguns apontamentos:

1. Confesso que estava céptico quanto ao novo governo, sobretudo a partir do momento em que reapareceram em cena algumas figuras de má memória, como Fernando Nogueira. Temi que viesse aí mais do mesmo. Mas não, pelo contrário: as escolhas do PSD parecem enterrar definitivamente o cavaquismo. Pedro Passos Coelho está a surpreender-me pela positiva e, pelo que vi até agora, está a parecer-se com o primeiro ministro de que Portugal precisa; oxalá não venha a desiludir. Além de quadros do seu próprio partido, foi bastante bem sucedido nos independentes que incluiu na sua equipa. O CDS aposta em gente enérgica e determinada, que tem demonstrado conhecimentos, e comprovadamente com ganas para enfrentar problemas. Penso que estamos perante o primeiro governo de Direita em Portugal nesta III República.

2. Em Portugal, as instituições prezam muito quem «é da casa», quem «conhece os cantos à casa», com reconhecidos cabelos brancos (muitas vezes de incompetência) o que na maioria das vezes significa que esse alguém não vai mudar nada nessa «casa», nem contrariar os interesses instalados, por muito que a «casa» em questão precise de uma grande limpeza. Por esta lógica, o melhor ministro da saúde que se pode desejar será um médico, o melhor da educação será um professor, e por aí adiante; e depois é o que se sabe. Pois bem, neste governo nenhum ministro é «da casa», o que é precisamente aquilo de que o país precisava há muito: pedradas no charco. Melhor ainda (e pior ainda para os poderes instalados), trata-se de sangue novo, gente (em princípio) sem telhados de vidro. Vão ter trabalho muito difícil pela frente, mas também vão ser difíceis de contrariar.

3. Serão poucos os ministros que não terão de travar guerras totais, de tão diametralmente opostos que são aos poderes instalados. Nuno Crato contra todo o M. da Educação mais os subsídio-dependentes da "Kultura", Paulo Macedo para por ordem no fartar vilanagem do SNS, Álvaro Santos Pereira com a questão das PPP, Paula Teixeira da Cruz contra o establishment da Justiça, e Paulo Portas para colocar em prática uma política externa à medida das necessidades actuais do país, que inclua a aproximação a outros países e espaços que não apenas os habituais, e com ganhos concretos. Temos de ter o bom senso de reconhecer que o nosso ciclo europeu acabou e adaptar-nos às novas circunstâncias, sem mais perdas de tempo do que o estrictamente necessário enquanto membros da UE, enquanto esta durar.

4. É também a chegada da minha geração a pastas ministeriais, e com elementos vindos do sector político com soluções válidas para o país. Há 20 anos, éramos a «geração rasca», mas o facto é que são alguns de nós quem vai atacar de frente a situação calamitosa deixada por tanta "modernização" feita pelos "revolucionários" vindos das duas gerações precedentes.

5. Pedro Passos Coelho cresceu em Angola. Paula Teixeira da Cruz e Assunção Cristas nasceram em Luanda. Angola é hoje um dos principais parceiros comerciais de Portugal, além de destino e origem de investimento. Dezenas de milhares de angolanos escolheram viver em Portugal, e 400 mil portugueses mudaram-se para Angola nos últimos anos. Não são os cínicos "ventos da História", que pretenderam colocar "colonizados" e "colonialistas" para sempre em lados diferentes de um muro artificial, ideológico e racista, que foi imposto por interesses de terceiros. Não: são as voltas que o Império dá!

6. As atenções estão viradas para a economia e finanças, e para as reformas do Estado. Mas uma das áreas em que o novo governo tem desafios mais importantes pela frente é precisamente aquela a que o país está mais desatento e que tem sido mais preterida na atribuição de recursos: a Defesa. Portugal está hoje na circunstância de estar inserido num bloco europeu politica e economicamente problemático; e num bloco militar em acelerada decadência, com os EUA enfraquecidos e relutantes em auxiliar a Europa; e aliados europeus (a começar pelo nosso aliado mais antigo) empobrecidos e moralmente fracos, que se desarmaram e não são minimamente capazes de responder às suas próprias necessidades, quanto mais fornecer meios para nos auxiliar em caso de necessidade. Há também sinais de uma possível desintegração de Espanha e, por outro lado, uma agressividade internacional crescente, em parte produto da crise económica. Para grande azar nosso, esta circunstância estratégica (a mais grave desde o fim da Guerra do Ultramar) dá-se no pior momento económico em mais de 100 anos, o que nos dificulta a renovação de meios e impede de adquirirmos capacidades que compensem a ausência de aliados credíveis. Por isso, e ao contrário do que se possa pensar, a tarefa que espera o Dr. José Pedro Aguiar Branco é tudo menos menor e simples: é um trabalho meticuloso e realista de decidir onde gastar o limitadíssimo orçamento de que disporá. A prioridade deve ser dada à Marinha, onde a necessidade é mais urgente e que actua no espaço que nos é mais determinante; e onde existe a vantagem de podermos recorrer à produção nacional, além de impulsionar exportações. Mas não é só a Marinha. E - pela vossa riquíssima saúde! - não cortem ainda mais nos efectivos.

7. O que se anuncia com este novo governo é um período de corrida pela salvação nacional, de correcção de problemas criados ao longo de décadas, e de normalização da realidade nacional. E insisto bastante neste aspecto: Portugal precisa de voltar a ser um país normal. Chega de sermos tubo de ensaio de experiências ideológicas, de destruirmos o que se tem e se sabe que funciona em nome de experimentarmos receitas que se calculam erradas, por vezes desastrosas. Chega de projectos inviáveis e dos argumentos fantasiosos que são usados para os justificar. Chega de pretensas causas, demagógicas e populistas, que tantas vezes escondem intenções totalitárias. Temos passado por um processo de bananização, de abandalhamento das instituições e dos indíviduos. Isto tem que ser revertido.

Portugal tem de voltar a ser um país normal!

7. Tenha-se votado ou não, sendo do agrado ou não, o facto é que este governo formado pelo PSD e o CDS será o Governo Português durante os próximos anos. Pedro Passos Coelho é o nosso Primeiro-Ministro. Se quisermos que o país se recupere devemos apoiar este governo. Se discordarmos do rumo seguido, devemos apontar soluções alternativas e ser construtivos. Mas este não é o momento nem nos podemos dar ao luxo de fazermos oposição por mero egoísmo ou capricho. Não podemos continuar como até aqui. Temos de recuperar mais do que as finanças e a economia: temos de recuperar os nossos valores, a nossa auto-estima e o nosso orgulho perante os outros povos.

Para que um dia, se Deus quiser, possamos dizer: «Batemos no fundo, sim. Mas recuperámos e agora estamos de pé!»

O país tem de se colocar no rumo certo e de dar o litro. Temos de estar unidos e dar o tudo por tudo.

Boa Sorte Dr. Pedro Passos Coelho e restante Governo!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um traste



Está a tornar o Reino Unido numa parvónia desarmada e depois faz isto: Cameron humiliates first sea lord over Libya in Commons. Um autêntico canalha.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Silêncio

É um tema que tem sido dominante na política nacional desde há muitos anos, mas apesar disso esteve ausente da campanha eleitoral. Um autêntico tabu. No entanto, e segundo o notíciário das 13h da TVI da passada quarta-feira, é um dos assuntos em que existia discórdia em PSD e CDS. Entretanto não vi essa notícia ser retomada por mais ninguém, nem pela própria TVI. Estamos em silêncio.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Portugueses que devem inspirar outros portugueses

Há muitos, mas hoje lembrei-me destes:







E Viva Portugal!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Laranjada muito aguada

Do Estado Sentido:

Inesquecíveis foram as noites de vitórias eleitorais de outros tempos. Caravanas automóveis a perderem de vista, o delírio ruidoso avenidas abaixo, a miudagem empoleirada aos cachos nos camiões de caixa aberta. Bandeiras, cornetas, t-shirts com o símbolo vencedor, carros de som com o hino da campanha, risos, garrafas de cerveja, festa de arromba até às tantas. A mais memorável terá sido a vitória da AD em 1980, celebrada naquela madrugada de 1980, como se uma libertação fosse. Os Partidos contavam com uma juventude que militava sem receber um tostão, regalando-se com o prazer do convívio na colagem de cartazes, bancas de propaganda onde os contendores se provocavam mutuamente e sem consequências de maior, comícios a fazerem abarrotar o pavilhão dos Desportos, o Campo Pequeno o Terreiro do Paço ou a Alameda.

Ontem à noite foi quase deprimente ver como um acontecimento tão importante para o País foi tão pouco celebrado nas ruas, pelos próprios militantes. Apenas cerca de 200 a escutar o discurso de vitória de Pedro Passos Coelho; na Alameda, quando o PSD ganhou em 1991, eram 200 mil. Ontem, boa parte eram Jotinhas a comemorarem, não a mudança necessária no País, mas o tacho que os espera. Mas também havia veteranos, patriotas e desinteressados, alguns com bandeiras das eleições dos anos 80, que acharam que o se estava a passar era importante demais para ficar em casa a ver pela televisão. Como um deles me dizia, as pessoas enchem o Marquês de Pombal para comemorar as vitórias no futebol, mas não são capazes de fazer algo remotamente parecido quando o país muda de governo.

É um problema geracional, sem dúvida, em que as gerações mais novas quase não têm causas, projecto ou valores e agem quase exclusivamente por interesse. Mas não só: é acima de tudo um problema de como a política não é entendida como um serviço ao país, para o qual se deva mobilizar vontades e energias. Agora, basta que façam a cruzinha no quadrado certo, nem que seja por engano.

Hoje, e à excepção do PCP, os partidos fazem-se de pequenos grupos, de jornalismo afecto, de sondagens, de blogs, de sites, de sms e de soundbites: como se pudessem existir virtualmente e agir realmente. Cada vez mais os dirigentes fogem ao exame dos militantes de base. E depois admiram-se dos resultados àquem das expectativas e da abstenção elevada. As pessoas não se desinteressaram assim tanto da política: apenas estão fartas que a Política se desinteresse delas, e as trate como atrasadas mentais.

A Política 1.0 é um logro. Também por aqui o país precisa de voltar aos anos 80, quando as coisas eram feitas como deve ser.

Socialistas choram o fim da era Sócrates

Como irão agora conseguir viver sem ele?


O seu legado ficará para sempre na memória dos Portugueses: a aposta nas energias renováveis, os biocombustíveis, o computador Magalhães, a modernização do sistema de saúde (que incluiu crianças a nascerem em ambulâncias), o glorioso TGV para finalmente nos arrancar das trevas, nos ligar à Europa e que daria a Lisboa a honra de se tornar na praia de Madrid, a opção por um novo aeroporto de Lisboa na Ota (o único local possível de acordo com todos os estudos), o Aeroporto Internacional de Beja, a terceira auto-estrada Lisboa-Porto, a auto-estrada Sines-Beja, o novo Museu dos Coches, a venda de Cahora-Bassa por um valor simbólico, o pagamento da dívida de Angola à empresas portuguesas pelo próprio Estado Português, o casamento de homens com homens e mulheres com mulheres, o Acordo Ortográfico, a humilhação internacional mais absoluta... O Povo Português fica com uma grande dívida para com José Sócrates e seus seguidores; divida essa que será paga por várias gerações, incluindo os filhos dos que agora ficam órfãos políticos e laborais do Grande Líder.

domingo, 5 de junho de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Inspiração: é do que o país mais precisa

Troquem-se estas bandeiras pela nossa Azul e Branca, e o discurso serve-nos que nem uma luva!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

E está mesmo a vir abaixo

Em pleno governo de gestão avançou, a demolição da Escola de Medicina Veterinária. As fotos aqui.

Lisboa perde mais um edifício histórico e está a ficar cada vez mais desfigurada.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Bellucissimi

É fácil de reconhecer a cidade onde foi filmado. Isto sim é publicidade!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O próximo director-geral do FMI será...

europeu, e próximo dos interesses da Alemanha.

terça-feira, 3 de maio de 2011

I love the smell of napalm in the morning

Teve o que merecia? Não. Merecia ter sofrido mais. Os inocentes que estavam nas Twin Towers e de repente levaram com um Airbus em cima e foram inundados com toneladas de gasolina a arder e tiveram uma morte atroz, esses não escolheram o destino que tiveram.

Devia ter ido a tribunal? Devia. Um tribunal internacional ou tão somente um dos EUA, onde o esperaria a pena de morte ou, melhor ainda, a prisão perpétua às mãos dos "infieis" (o que pior que se pode fazer a um candidato a mártir). Merecia ter sido humilhado como foi Saddam Hussein, destruindo qualquer mito. Mas em tribunal poderia ter revelado coisas incómodas para Washington e outros países, nomeadamente o Paquistão.

É claro que há coisas mal explicadas nesta história, e o timing (em pré-campanha presidencial nos EUA) deixa interrogações. Mas, para o que interessa ao Mundo, a justiça foi feita e o exemplo está dado.

Canalhas destes costumam safar-se e morrer na cama (como Yasser Arafat) mas desde o final da Guerra Fria que as coisas tendem a melhorar. O Sheik Yassin (líder do Hamas) levou um míssil anti-tanque em cima; Saddam Hussein foi preso e enforcado; Nino Vieira abatido como um cão; agora Osama Bin Laden. Kadaffi deve estar por dias para chegar a sua vez de saber o bom que é estar junto a uma bomba a explodir.

Quem semeia ventos, colhe tempestades.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Portugal irá mudar muito com as próximas eleições?

Parece-me que não. A um Sócrates vai suceder outro.
E já não há paciência para marketing político e estes políticos de plástico a quererem parecer iguais a toda a gente. Se isso fosse o requesito mais importante para governar um país, não seriam precisas eleições: bastava haver um sorteio.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ana Lains - Pouco tempo

É como tenho andado: com pouco tempo para a Internet. Quando passar esta altura mais atarefada, voltarei a postar com mais regularidade e substância.

quinta-feira, 24 de março de 2011

É disto que Portugal também precisa

(É por causa destas e de outras que o Berlusconi está sempre sob ataque internacional).

L’Italie s’inspire de la France pour protéger ses entreprises

Après une série de rachats de fleurons de l’industrie italienne par des groupes français, Rome a adopté un décret qui limite les acquisitions étrangères dans ses entreprises jugées stratégiques.

Rome veut se battre à armes égales. Face à l’appétit des investisseurs français, les Italiens veulent mettre au point la même protection de leurs fleurons nationaux qu’en France. Réuni en conseil des ministres, le gouvernement Berlusconi a ainsi adopté un décret qui limite les prises de participation de groupes étrangers au sein de sociétés italiennes dans les secteurs stratégiques du pays : l’alimentation, les télécommunications, l’énergie et la défense.

Alors que le groupe LVMH vient de racheter le joaillier Bulgari et qu’EDF poursuit ses discussions avec Edison, deuxième groupe énergétique de leur pays, les Italiens craignent un «pillage du made in Italy», selon les mots de l’organisation d’éleveurs Copagri.

(...)

À l’étude en Grande-Bretagne

L’Italie s’inspire du dispositif français de protection de ses entreprises stratégiques, notamment d’un décret adopté en 2005 pour protéger Danone contre les convoitises de Pepsico.


E também:

Le ministre italien de l'Économie, Giulio Tremonti, a promis pour cette semaine des mesures pour défendre le made in Italy des convoitises étrangères, et en particulier françaises. Plusieurs options, à ses yeux, sont possibles: limitation des droits de vote, interdiction de dépasser certains seuils sans autorisation préalable, définition de secteurs stratégiques, priorité donnée aux «cordées» nationales… Mais il faudra respecter les règles communautaires. Pour cela, Giulio Tremonti compte «faire du shopping juridique au Canada». C'est-à-dire qu'il pourrait s'inspirer d'une loi fédé­rale canadienne de 1985, qui interdit aux investisseurs étrangers de prendre des participations straté­giques ne servant pas les intérêts nationaux.

Vai e não voltes

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Então agora não há manifestações no Chiado?

Será por desta vez se tratar de um "revolucionário", "progressista" e antigo aliado da URSS (e de alguns camarada cá do burgo) ?

É uma forma de elogio

...quando servimos de inspiração. Sobretudo porque nem sequer sou formado em Economia.

Regabophe: E se eles não quiserem pagar? 28.08.2009

Desmitos: E SE OS FILHOS NÃO PAGAREM? 15.02.2011

Oh, well.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A festa está a ser bonita, pá.

Do site: Online Poker

Egypt Casino Attacks Blamed On Islamists

February 19th, 2011 Author: S. Taylor

Following Egypt President Hosni Mubarak’s forced resignation from office a week ago, one of the biggest concern was that religious groups would gain control in the country before democracy even had a chance to grow.

Although still early days, a series of targeted attacks on some of Cairo’s most famous casinos has signalled a possible shift to religious intolerance in Egypt’s troubled capital city.

Over a week’s period, the Europa, the Arizona, the Andalous, the Gandool and the Ramses have all come under attack by gangs of rioters hell bent on destroying these businesses.

For instance, on Tuesday the Europa Egypt hotel was attacked by “about 1,000 young guys” who either destroyed or pillaged property from the establishment, while a little earlier the Ramses casino was firebombed causing two fatalities.

As these attacks continue, “the ones with the beards”, as a policeman described them, were largely being blamed for the attacks on casinos labelled “dens of vice” by Muslim theologians.

As quoted by the Financial Times, the policeman then went on to explain: “We are all religious, its just that some of the people in our society, a narrow current of them, take this to an extreme. They destroy anyone who is not like them. They have been using the chaos to their advantage.”

E...

TUNIS (Reuters) - A Polish priest was murdered in the Tunisian capital Friday, state media cited the Interior Ministry as saying, the latest sign of rising religious tension since last month's revolution.
Mark Marios Rebaski was found dead at the School of Our Lady in Manouba where he worked, Tunisia Africa Press reported. His throat had been cut.

Admira-me como é que a imprensa portuguesa não conta nada disto.

O que seria de Portugal sem eles?

Sempre que é preciso evacuar portugueses (e não só) de zonas de conflito, lá vão eles. Que me recorde, nos últimos 10 anos, foi assim no Zaire (1991), Angola (1992), Ruanda (1994), Zaire (de novo em 1997), Guiné-Bissau (1998), e não sei em quantas mais ocasiões. Nas últimas semanas, Tunísia, Egipto e agora na Líbia.

Gasta-se tempo e dinheiro em cimeiras internacionais em que só servimos de gratos criados, em presidências que não nos rendem nada de concreto, em iniciativas, parcerias e diálogos diplomáticos com nomes pomposos e sem conteúdo real.

E, de vez em quando, quando somos confrontados com o mundo real da política internacional, que não é feito de tratados nem croquetes mas de Poder e meios para o exercer, vemos que a única coisa consistente e válida na política externa portuguesa são os Lockheed C-130 da Força Aérea, que voam com a Cruz de Cristo desde 1977.

(Com a devida vénia ao NRP Cacine:)

Quanto a pessoal a situação ainda é mais crítica, já que a Esquadra só dispõe de quatro tripulações (a média dos últimos 10 anos deve rondar as quatro - ou seja é um problema crónico), quando para uma exploração adequada da frota, devia dispor de 12 (julgo que na FA ainda haverá alguns oficiais capazes de explicar ao Sr. MDN o porquê). A situação é de tal modo crítica que já se chegou ao ponto de ter um Oficial General no Estado-Maior a cumprir missões regulares na esquadra e para se cumprir o actual repatriamento, teve que se ir buscar um ex-comandante de base, a frequentar o curso de promoção a Oficial General, em Pedrouços. E tiveram que o colocar de Falcon. Vejam por quanto ficou a hora de voo…