De Joshua Michael Stern, com Ashton Kutcher no papel de Steve Jobs.
Não sendo um filme excepcional, dando o desconto que faz parte da construção do mito em trono de Steve Jobs, e que provavelmente não será 100% fiel à verdade, que obviamente serve os interesses de marketing da Apple, que não resistiu aos clichés sobre os computer geeks e os universitários do final dos anos 60/anos 70, é ainda assim um filme interessante, bem realizado e interpretado, carregado aos ombros por Ashton Kutcher. A figura de Jobs é tratada nas suas várias facetas, do aluno universitário ao empresário visionário, passando pelo relacionamento com os seus próximos, e naturalmente pelos seus ensinamentos. A banda sonora também é bastante bem sucedida.
E para quem teve as primeiras aulas de informática há quase 30 anos (ao teclado de um Bull 80286, de 8 MHz - uma grande máquina na altura), ver este filme desperta memórias e carinho por uma época em que a informática estava a chegar ao alcance do comum dos mortais, com teclados iguais aos das máquinas de escrever electrónicas, monitores de válvulas com ecrãns monocromáticos (onde, quando se movia o cursor de um lado para o outro, deixava um rasto de luz atrás de si) e a informação guardada em disquettes de 5 e 1/4 de polegada, 360 Kbytes de memória - os discos rígidos só apareceram mais tarde. Na altura, era a tecnologia de ponta, a começar a transformar as nossas vidas.
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