quarta-feira, 29 de abril de 2009

Obra prima

Já tinha visto carruagens muito pintadas. Mas uma carruagem completamente coberta por graffitis, foi a primeira vez. Está a circular na Linha de Cascais.Obviamente que quem fez isto não só tem muito tempo disponível como também não tem nada melhor onde gastar o dinheiro. Para cobrir todos estes metros quadrados são precisas muitas latas de spray de tinta.

O resultado final? Um monumento à estupidez dos autores, que com isto provavelmente encontraram sentido na sua existência; muito dinheiro (nosso) que a CP vai gastar a remover a pintura; e uma carruagem imobilizada durante esse tempo todo.

6 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Não percebo porque gastaram tinta cinza prata...São burros, mas a valer...
E continua a não existir uma lei como deve ser, que puna estes gajos!

Gi disse...

Desta vez discordo, acho que ficou engraçado: aliás a street art às vezes é alegre e decorativa.

Mad disse...

Não gosto de grafitti, mas estou com a Gi. Bem dirigido, tem interesse.

Estou a dever-te uma resposta, mas não ando para aí virada :)

Joao Quaresma disse...

Cap Créus: se calhar usam muita prata porque são mentes brilhantes.

Gi e Mad: os passageiros que viajarem nesta carruagem é que poderão ter uma opinião diferente. Em vez de irem a ver o Tejo e o mar durante o seu trajecto para o trabalho, ou para casa depois de um dia de trabalho, vão como se estivessem num bunker.

Mas mesmo que agradasse visualmente a toda a gente, a carruagem continuaria a não lhes pertencer. Que pintem onde lhes pertencer. Comprem um autocarro à sucata da Carris. Aliás, no ramal industrial da Bobadela estavam, há pouco tempo, duas carruagens deste tipo (por sinal, feitas pela Sorefame em aço inoxidável; valem bom dinheiro) abandonadas, e que lá serviram para os graffiters fazerem o gosto à lata.

Há muito que defendo que devia haver um Estado Graffiti, uma espécie de Israel para os graffiters, onde toda a gente pudesse pintar onde lhe apetecesse que ninguém se importaria. Eu seria o primeiro a ir para lá, para abrir uma fábrica de tintas.

Até devem respeitar o que é dos outros e serem severamente punidos se não o fizerem.

Nuno Castelo-Branco disse...

Deviam era pintar os popós dos paizinhos!

Paulo Lisboa disse...

Penso que esta praga devia ser punida da seguinte forma: Quem fosse apanhado a fazer graffitis devia pagar uma multa equivalente ao dobro do preço da remoção do graffiti feito e ainda devia participar na respectiva remoção. Se assim fosse, de certeza que os graffitis acabariam. Mas claro, para isso era preciso dar força (material e moral) à polícia. Mas a realidade é que a nossa democracia abrileira não tem qualquer interesse nisso.