quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Votar com responsabilidade

Num filme-manual de condução em todo o terreno feito pela Land Rover nos anos 70 (disponível aqui e aqui), depois de ser ensinada toda a espécie de técnicas de uso do jipe, a lição termina dizendo: «Aprenda a usar o seu veículo correctamente. Lembre-se: um Land Rover atolado é um embaraço para o proprietário e má publicidade para a marca».

Podemos dizer o mesmo do direito ao voto em Democracia.

Deve ser usado com conhecimento de causa e com sentido de responsabilidade. Um país democrático atolado é um embaraço para o seu povo e má publicidade para o modelo de regime.

3 comentários:

Paulo Lisboa disse...

As pessoas esquecem-se todas de outro pormenor, o voto é um direito sim senhor, mas também é um dever cívico, bem sei que hoje em dia é só direitos e que falar de deveres é uma chatice. Mas o voto também tem de ser encarado como um dever.

Desde que fiz 18 anos, votei quase sempre. Só não votei uma única vez, numas eleições europeias que tinham calhado num fim-de-semana de Junho com feriado pelo meio. Fui para a abstenção por puro comodismo é verdade, mas lá no fundo sempre fiquei arrependido de não ter votado.

O raciocínio é simples, se quase ninguém votar, qualquer dia, os políticos do sistema, acham que isto de fazer eleições não vale a pena e acabam com elas. Por isso, daí para a frente sempre fui votar, para lhes tirar este argumento da boca.

Anónimo disse...

Receio bem que Portugal após estas eleições legislativas ficará como um Land Rover atolado! Neste momento faz muito sentido lembrar a frase de um general romano em carta ao imperador no século III A.C. - «Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!».

Joao Quaresma disse...

(...)um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!».

Infelizmente muita gente em Portugal interpreta essas palavras, não como uma crítica, mas um elogio. Os Romanos consideravam-nos uns selvagens, bárbaros estúpidos que recusavam a civilização introduzida por eles. Hoje, muitos portugueses acham que não se deixar governar é um acto de irreverência sadia, ou coisa do género. Mas depois queixam-se que os políticos são um bando de malandros e que o país está na cauda da Europa.