quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coitus Interruptus

Foi o 25 que devemos comemorar, ainda que permaneça mal explicado. Encerrou o capítulo mais negro da História de Portugal. Em menos de dois anos, passámos de uma situação em que tínhamos Império (contra todas as expectativas, "Ventos da História" e sobretudo conveniências internacionais) para uma outra em que ficámos sem nada. Pelo meio a necessária balbúrdia organizada, a traição, os abusos e atentados aos Direitos Humanos, o caos, os roubos e a destruição que interessavam a todos menos aos Portugueses. Fomos a vacina anti-comunista da Europa.

Ficámos com o direito ao voto (naquilo em que nos deixam), uma liberdade de expressão que só foi real quando surgiu a internet, e esta coisa em que vivemos e que nos trouxe onde estamos. Hoje a petrolífera dos turras manda na Galp (que já foi Sacor), e pedimos ajuda aos turras que mandam em Timor para comprarem a nossa dívida com o dinheiro do petróleo de que nós, colonizadores de 500 anos, não ficámos com uma gota.

O que, apesar de tudo, é melhor que a ditadura comunista em que os débeis mentais que desfilaram no Sábado na Avenida da Liberdade ainda acreditam e estiveram perto de conseguir. Por isso, 35 anos depois, ainda têm a sensação dolorosa do coito interrompido.

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