segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O que seria de Portugal sem eles?

Sempre que é preciso evacuar portugueses (e não só) de zonas de conflito, lá vão eles. Que me recorde, nos últimos 10 anos, foi assim no Zaire (1991), Angola (1992), Ruanda (1994), Zaire (de novo em 1997), Guiné-Bissau (1998), e não sei em quantas mais ocasiões. Nas últimas semanas, Tunísia, Egipto e agora na Líbia.

Gasta-se tempo e dinheiro em cimeiras internacionais em que só servimos de gratos criados, em presidências que não nos rendem nada de concreto, em iniciativas, parcerias e diálogos diplomáticos com nomes pomposos e sem conteúdo real.

E, de vez em quando, quando somos confrontados com o mundo real da política internacional, que não é feito de tratados nem croquetes mas de Poder e meios para o exercer, vemos que a única coisa consistente e válida na política externa portuguesa são os Lockheed C-130 da Força Aérea, que voam com a Cruz de Cristo desde 1977.

(Com a devida vénia ao NRP Cacine:)

Quanto a pessoal a situação ainda é mais crítica, já que a Esquadra só dispõe de quatro tripulações (a média dos últimos 10 anos deve rondar as quatro - ou seja é um problema crónico), quando para uma exploração adequada da frota, devia dispor de 12 (julgo que na FA ainda haverá alguns oficiais capazes de explicar ao Sr. MDN o porquê). A situação é de tal modo crítica que já se chegou ao ponto de ter um Oficial General no Estado-Maior a cumprir missões regulares na esquadra e para se cumprir o actual repatriamento, teve que se ir buscar um ex-comandante de base, a frequentar o curso de promoção a Oficial General, em Pedrouços. E tiveram que o colocar de Falcon. Vejam por quanto ficou a hora de voo…

2 comentários:

amg disse...

contrariando um pouco a notícia de um semanário que hoje celebra 2000 números:

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=12693

Joao Quaresma disse...

Esse semanário nunca teve grandes créditos em relação à forma como trata os assuntos militares. Ou melhor, nunca teve nenhuns.