Ninguém gosta ou sequer está disponível para pagar as dívidas de outros. Mas um bebé português nasce, já hoje, com uma dívida pública que terá que pagar quando atingir a maioridade, na forma de impostos. É este o nível de endividamento actual do estado português, deixado às futuras gerações. E ainda sem TGV, nova ponte sobre o Tejo, novo aeroporto e novas scuts, respectivos deslizes nas contas, juros e prejuízos intrínsecos a projectos sem sustentabilidade financeira. Ou seja, estamos a ser chicos-espertos (para não dizer canalhas) para com as futuras gerações.
Resta saber se daqui a 25-30 anos, quando as crianças de hoje forem os eleitores de amanhã, e quando a maioria da população tiver de pagar as dívidas monumentais contraídas para ganhar as eleições de quando eram crianças, apenas recém nascidos ou nem isso, se a pressão popular não irá recusar-se a pagar.
E exigir que sejam as gerações responsáveis por esse endividamento a pagarem a factura.
«Nem mais um euro para o TGV de há 25 anos!» - poderá ser o mote que levará ao poder um governo.
Como pagar as dívidas então? Solução: com as reformas dos que agora têm, por exemplo, entre 35-45 anos (baby-boom de 1965-1975), que são a maior parte da população e que são o eleitorado que realmente decide eleições. Imaginemos toda esta gente privada de reforma durante uns anos até a dívida ficar saldada. Assusta, não é? Mas se isso acontecer, como poderemos dizer que eles não têm razão?
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