Em 2009 foram vários os acidentes mortais envolvendo aviões oriundos do Aeródromo de Évora.
Há poucas semanas, despenhou-se em Tires outro avião em circunstâncias estranhíssimas de acordo com o relatado: desviado por um outro oficial da FAP na reforma que, depois de alvejar a tiro um vizinho e armadilhar o seu próprio carro no Aeródromo de Évora, tentava alegadamente levar a cabo um mini-11 de Setembro, após expulsar dois páraquedistas da aeronave (que tinha alugado para um vôo turístico, a pretexto de tirar fotografias). Não ficou esclarecido o porquê da presença a bordo destes dois páraquedistas. Segundo o relato, o pirata do ar, apesar de armado de uma pistola, foi dominado pelo jovem piloto sueco, que ainda logrou uma aterragem de emergência, ao que se seguiu o alegado suicídio do atacante, com a pistola que lhe tinha sido retirada... Uma história no mínimo, rocambolesca, que suscita a dúvida sobre qual seria o edifício na zona de Tires escolhido para ser alvo de um mini-11 de Setembro. Não deixei de reparar que esta notícia durou 24 horas: nunca mais foi publicada uma linha sobre este assunto.
Do mesmo modo, caíu quase no esquecimento da imprensa o violento acidente envolvendo dois automóveis do Estado, na Avenida da Liberdade, na véspera da Cimeira Iberoamericana, em que ficou ferido o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna.
A ser seguido o mesmo padrão, na Segunda-feira o assunto da avioneta caída ontem já terá morrido para as atenções da imprensa.
Este país anda muito esquisito.
4 comentários:
É verdade, JQ, também tenho achado várias coisas estranhas nessas quedas de aviões, e a história do que caiu em Tires particularmente mal contada.
A cena com os carros, pelo contrário, tinha-me passado despercebida, e deve ser de outra ordem.
É tudo muito estranho sem dúvida. Mas o que não é estranho é indíviduos com cargos que impõe uma suposta responsabilização dos meios que usam, andem a fazer «rally» em pleno centro de Lisboa, desrespeitando completamente as mais elementares normas de trânsito e de segurança. Com a agravante de mandarem para a sucata dois carros «novinhos em folha» topo de gama, pagos com o dinheiro de quem paga impostos, ou seja, de todos nós, e ninguém é responsabilizado.
É por estas e por outras, que muitas vezes dúvido da sanidade mental de Portugal.
Neste caso não são os indivíduos com cargos, mas os motoristas deles, que se sentem no direito de conduzirem irresponsavelmente, sem respeitarem ninguém, por vezes contra a vontade e os protestos dos conduzidos. Não entendo é porque é que pessoas assim continuam com emprego.
«Neste caso não são os indivíduos com cargos». Olha que são João Quaresma, nesse acidente da Avenida da Liberdade o motorista que provocou o acidente tinha ordens de cima, ou seja, de quem ocupa o cargo, para agir como agiu. Foi o próprio quem o disse.
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