sexta-feira, 5 de março de 2010

E se tivesse sido no Tejo?

Reformou-se o Comandante Chesley Sullenberger III, o piloto que há um ano conseguiu aterrar de emergência o seu Airbus no Rio Hudson, sem causar vítimas, tendo sido o último a abandonar o avião a afundar-se.
Um herói, sem dúvida. Mas para que esta história ter acabado bem não bastou o seu heróismo.
Teve de toda a gente envolvida fazer o que era necessário, suposto e para o qual tinham sido treinados, desde os engenheiros da Airbus que prepararam e equiparam o avião para a possibilidade de aterrar na água, aos controladores aéreos que avisaram os meios de socorro imediatamente, ao pessoal de bordo que orientou os passageiros na situação de emergência, aos passageiros que controlaram o pânico e seguiram as indicações ordeiramente, aos bombeiros, polícia fluvial, guarda costeira e tripulação dos ferries do Rio Husdon que imediatamente socorreram os náufragos.

Tudo funcionou e a única coisa que se perdeu foi o avião. Uma lição de sucesso. E isto porque houve:
- Previdência e treino
- Sentido de responsabilidade
- Iniciativa e eficiência
- Disciplina
- Interacção

Tudo coisas que devem ser ensinadas e adquiridas desde cêdo para que sirvam quando são precisas.

Caso contrário, se o nosso sentido de previdência não passar de «não há de ser nada», se a eficiência for desprezada, se o treino não existir e se confiar apenas na capacidade «de desenrascar», se não forem cultivados o sentido de responsabilidade, a disciplina e a interacção, então a iniciativa que surgir será provavelmente para fugir dos problemas, e o insucesso ou mesmo o desastre será inevitável.

Volto a perguntar: e se tivesse sido no Tejo?

2 comentários:

Gi disse...

Eis o que o Google trouxe como resposta.

Joao Quaresma disse...

Boa descoberta, Gi! Obrigado :)