Primeiramente gostava de esclarecer que sou republicano, no sentido que prefiro a república à monarquia, não no sentido anti-clerical e de bandalheira que vigorou no início do séc. XX, mas como forma de regime tendencialmente mais justa e próxima do povo.
Mas isto não me impede de gostar mais da bonita bandeira azul e branca da monarquia, do que da pindérica e foleira bandeira da república. Aliás houve até muitos militares repulicanos que no 5/10/1910 se bateram pela manutenção da bandeira azul e branca. Mas para grande pena minha, como a foleira bandeira verde e vermelha era a bandeira do partido republicano, foi essa que ficou.
Mas este episódio merece ainda outras reflexões. Esta bandeira monárquica apareceu ali, porque no seu lugar há mais de uma ano, segundo os comerciantes da zona, que a bandeira nacional que lá devia estar, não está. Porquê? Quem teve a ideia de construir o mastro para colocar lá a bandeira nacional foi o ex-presidente de câmara Pedro Santana Lopes, foi uma ideia louvável, sobretudo tendo em conta que Portugal desde o 25/4/1974, devido à nefasta influência da esquerda, se tornou um país pouco patriótico onde passou a vigorar a ideia de quem é patriota, é considerado «fascista». Ainda para mais como a ideia era do Santana Lopes, o mastro foi deixado deliberadamente sem bandeira. Isto não só demonstra uma sectarismo idiota, como abandalhamento e incúria da câmara municipal de Lisboa dirigida por António Costa.
A verdade é outra, Paulo. Quem ontem tentou hastear a Bandeira Nacional até ao topo, não conseguiu fazê-lo. A Câmara Municipal não cuida do mobiliário urbano e o equipamento está enferrujado. É por isso que a da república desapareceu há tantos meses. Bandeira que lá coloquem, acaba por escorregar e ficar a meia haste. Bem vistas as coisas, é o estado do país.
Pois é Nuno, é o abandalhamento, incúria e péssima gestão da câmara municiapl de Lisboa que não faz a manutenção devida do mastro, que até é um lugar visitado por muitos turistas. Uma vergonha!
Pois é caro João Quaresma, depois de escrever o que escrevi é que me aprecebi da contradição, mas tinha a secreta esperança que ninguém me fizesse essa «pergunta maldosa» :-).
Mas mantenho a opinião que a bandeira da República é feia, mas não deixa de ser a nossa bandeira, feia é certo, mas é a bandeira nacional que é um símbolo português.
Também digamos que «para dar a cara» não preciso de aparecer «bonito» :-), daí também a razão de me «mascarar» com a bandeira nacional.
A actual bandeira é vexicologicamente muito imperfeita, mas tais imperfeições estão sanadas pelo facto de sob a mesma terem combatido mais de um milhão de portugueses, primeiro, na I Guerra Mundial, e depois, durante treze anos, nas Províncias Ultramarinas. É, pois, um símbolo de unidade nacional..., pese embora as suas origens nada abonatórias, pagas e superadas com sangue. Assim, até haver melhor, é a nossa bandeira, e, pelo explicado, compreendo a atitude aparentemente contraditória do comentador Lisboa.
Em resposta ao Mauro Cappelari, devo dizer que a bandeira nacional é heraldicamente errada, segundo as regras da heráldica, o vermelho e o verde não podem estar juntos.
A nossa bandeira é das poucas que é bipartida, salvo erro, apenas as bandeiras de Malta, do Vaticano e da Argélia também o são, mas a bandeira portuguesa ao contrário das anteriores, é bipartida um pouco mais à esquerda, ocupando o verde 2/5 da bandeira e o vermelho 3/5 da bandeira, não sei qual foi a ideia dos autores ou autor da nossa bandeira, mas quanto a mim, isto torna a bandeira ainda mais errada.
No entanto, e até aparecer melhor bandeira, esta bandeira, é a bandeira nacional de Portugal, símbolo nacional e da unidade nacional.
8 comentários:
Primeiramente gostava de esclarecer que sou republicano, no sentido que prefiro a república à monarquia, não no sentido anti-clerical e de bandalheira que vigorou no início do séc. XX, mas como forma de regime tendencialmente mais justa e próxima do povo.
Mas isto não me impede de gostar mais da bonita bandeira azul e branca da monarquia, do que da pindérica e foleira bandeira da república. Aliás houve até muitos militares repulicanos que no 5/10/1910 se bateram pela manutenção da bandeira azul e branca. Mas para grande pena minha, como a foleira bandeira verde e vermelha era a bandeira do partido republicano, foi essa que ficou.
Mas este episódio merece ainda outras reflexões.
Esta bandeira monárquica apareceu ali, porque no seu lugar há mais de uma ano, segundo os comerciantes da zona, que a bandeira nacional que lá devia estar, não está. Porquê?
Quem teve a ideia de construir o mastro para colocar lá a bandeira nacional foi o ex-presidente de câmara Pedro Santana Lopes, foi uma ideia louvável, sobretudo tendo em conta que Portugal desde o 25/4/1974, devido à nefasta influência da esquerda, se tornou um país pouco patriótico onde passou a vigorar a ideia de quem é patriota, é considerado «fascista».
Ainda para mais como a ideia era do Santana Lopes, o mastro foi deixado deliberadamente sem bandeira. Isto não só demonstra uma sectarismo idiota, como abandalhamento e incúria da câmara municipal de Lisboa dirigida por António Costa.
A verdade é outra, Paulo. Quem ontem tentou hastear a Bandeira Nacional até ao topo, não conseguiu fazê-lo. A Câmara Municipal não cuida do mobiliário urbano e o equipamento está enferrujado. É por isso que a da república desapareceu há tantos meses. Bandeira que lá coloquem, acaba por escorregar e ficar a meia haste. Bem vistas as coisas, é o estado do país.
Pois é Nuno, é o abandalhamento, incúria e péssima gestão da câmara municiapl de Lisboa que não faz a manutenção devida do mastro, que até é um lugar visitado por muitos turistas. Uma vergonha!
Paulo Lisboa: desculpe-me lá a maldade, mas se acha a bandeira da República tao feia, porque é que aparece pintado com ela? :))
Nuno: essa do mastro enferrujado é a cereja no topo do bolo! O retrato do regime, sem dúvida.
Pois é caro João Quaresma, depois de escrever o que escrevi é que me aprecebi da contradição, mas tinha a secreta esperança que ninguém me fizesse essa «pergunta maldosa» :-).
Mas mantenho a opinião que a bandeira da República é feia, mas não deixa de ser a nossa bandeira, feia é certo, mas é a bandeira nacional que é um símbolo português.
Também digamos que «para dar a cara» não preciso de aparecer «bonito» :-), daí também a razão de me «mascarar» com a bandeira nacional.
A actual bandeira é vexicologicamente muito imperfeita, mas tais imperfeições estão sanadas pelo facto de sob a mesma terem combatido mais de um milhão de portugueses, primeiro, na I Guerra Mundial, e depois, durante treze anos, nas Províncias Ultramarinas. É, pois, um símbolo de unidade nacional..., pese embora as suas origens nada abonatórias, pagas e superadas com sangue. Assim, até haver melhor, é a nossa bandeira, e, pelo explicado, compreendo a atitude aparentemente contraditória do comentador Lisboa.
Em resposta ao Mauro Cappelari, devo dizer que a bandeira nacional é heraldicamente errada, segundo as regras da heráldica, o vermelho e o verde não podem estar juntos.
A nossa bandeira é das poucas que é bipartida, salvo erro, apenas as bandeiras de Malta, do Vaticano e da Argélia também o são, mas a bandeira portuguesa ao contrário das anteriores, é bipartida um pouco mais à esquerda, ocupando o verde 2/5 da bandeira e o vermelho 3/5 da bandeira, não sei qual foi a ideia dos autores ou autor da nossa bandeira, mas quanto a mim, isto torna a bandeira ainda mais errada.
No entanto, e até aparecer melhor bandeira, esta bandeira, é a bandeira nacional de Portugal, símbolo nacional e da unidade nacional.
Mauro Capellari: combateram pelo país, não pela bandeira em si. Seja bem vindo.
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