segunda-feira, 31 de maio de 2010
Sondagens: como obter as que se querem
Mas, afinal, que credibilidade têm as sondagens? Convém perguntar a quem realmente sabe do assunto.
Por exemplo, sobre a reintrodução do Serviço Militar Obrigatório:
quarta-feira, 19 de maio de 2010
«Casamento homossexual: Calculismo político não resolve crise»
O Presidente da República promulgou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Invoca, para o efeito, duas razões: a irrelevância de um possível veto e a crise económica que enfrentamos.
Quanto à situação económica, o Presidente sugere que um veto sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria pretexto para não combater a crise; e chega a invocar a ética da responsabilidade política para justificar a sua decisão.
Mas dos argumentos presidenciais, resulta exactamente o contrário: a crise é que surge como um triste pretexto para não vetar o casamento de pessoas do mesmo sexo. Alguém acredita que agora, com esta promulgação, a crise será melhor combatida? E o que fará o Presidente se a crise piorar, apesar da promulgação desta lei? Até onde irá, nessa circunstância, a sua ética da responsabilidade?
Como toda a gente sabe, e o Presidente melhor que ninguém, a crise é antiga, estrutural; e se não foi melhor combatida a outros motivos se deve; muitos, aliás, o têm dito: antes de ser económica, é uma profundíssima crise de valores e de convicções que chega às elites e fragiliza as lideranças.
Sem mudar estilos de vida e de liderança, Portugal não sairá da situação em que se encontra neste momento.
O mero calculismo político nunca resolve crises; pelo contrário, só as agrava.
Vitória da dignidade
terça-feira, 18 de maio de 2010
O fim do mito Cavaco Silva
E digo até agora porque Cavaco cometeu o seu último erro, e deitou pela janela as hipóteses que tinha de garantir um segundo mandato em Belém.
Com a habitual dose de basófia para esconder a cobardia política, Cavaco traíu a confiança do seu eleitorado, e as expectativas de todos aqueles que, não tendo votado nele, abominam a ideia de ser aprovada a lei do casamento homossexual. E esses vão da Extrema-esquerda à Extrema-direita.
Há males que vêm por bem; há muita gente que dizia que o País precisava de bater mesmo no fundo para se iniciar o processo de regeneração. Mas, mesmo que esse efeito se dê, não precisava de ser sujeito a esta bandalheira, a esta humilhação. Não precisava de bater tão fundo.
Quanto à lei em si, é tudo menos certo que tenha vindo para ficar. A habitual tolerância do povo português foi uma vez mais abusada, e o isto vai ter um preço nas próximas eleições.
Isto porque, independentemente da ideologia de cada um, um homem "casado" com um homem ou uma mulher "casada" com uma mulher não são casamentos: são homossexuais a brincarem aos casamentos.
A sociedade e a definição de família não se mudam por decreto.
O último requinte do desastre nacional
Portugal trepa tudo quanto é escala e aproxima-se vertiginosamente dos países da UE com valores mais altos. Impostos mais elevados, salários mais baixos, ensino mais deficiente, avaliação mais ridícula, língua mais maltratada, ciência mais incipiente, sabedoria mais fraca, autoestradas mais numerosas, défice mais profundo, dívida mais assustadora, política mais ineficaz, políticos mais impreparados, corrupção mais activa, imprensa mais controlada, justiça mais lenta, economia mais débil, finanças mais desperdiçadas, orçamentos mais irrealistas, crescimento mais tímido, trabalho mais precário, desemprego mais dramático, pobreza mais acentuada e homossexuais mais casadoiros.
Só falta sermos felizes. O que se explica: quanto mais o país trepa mais a gente se afunda.
João Carvalho, no Delito de Opinião.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Angela Merkel - a culpa da crise é nossa
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Cavaco, esse radical fascista
No princípio dos Anos 90, era Cavaco primeiro-ministro e bom aluno de Bruxelas, e os mesmíssimos apelos eram feitos por Manuel Monteiro, o então presidente do CDS. Por dizê-lo, Monteiro foi chamado pelos restantes sectores políticos (a começar pelo PSD, que o odiava) de radical, proteccionista (o que na altura, equivalia a fascista), nacionalista, anti-europeista, de Extrema-Direita e mesmo de fascista (se bem me lembro por Macário Correia).
Ou seja, Cavaco Silva agora deu em radical de Direita. A não esquecer nas próximas Presidenciais.