Obra feita

Eis o Silo automóvel da EMEL na Calçada do Combro, em Lisboa.

Não tenho problemas com silos automóveis: por vezes são a única solução em bairros demasiado densos.

Mas num bairro histórico, rodeado de edifícios centenários, e no lugar de um deles ergueu-se isto? Poderia ter sido preservada a fachada de mármore, em vez deste caixote de betão adornado de azulejos de casa de banho. Inqualificável!

Presuntos Implicados - Gente

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Prognóstico

Daqui a 100 anos, ainda vai haver membros da família Loureiro, de Gondomar, com problemas com a Justiça.

A Resistência

Guerra é guerra.

Depois da já famosa Multa da Ericeira, em que a junta da freguesia de localidade foi obrigada a pagar 7 mil euros de ISP por usar biocombustível, já circula na internet informação sobre como enganar eventuais fiscalizações do Estado. Uma ideia avançada é a de instalar depósitos de combustível falsos nos automóveis: um, falso e de acesso normal, para o diesel e outro, o verdadeiro e que fica escondido, para o biodiesel.

Isto lembra-me as histórias da Resistência durante a ocupação Nazi, e dos estratagemas usados para se esconderem coisas ou pessoas.

A que ponto este país chegou.

A malta das caravelas

Comentário de um anónimo a um post no Portugal dos Pequeninos:
Na altura que leio este post do João Gonçalves acontece estar ao lado a capa de "A Expansão Quatrocentista Portuguesa". E não posso deixar de pensar como é que aqueles gajos, sem fatos de proteção laboratorial, óbviamente info-excluídos, navegaram aquelas nauzinhas em condições higiénico-sanitárias, que teriam feito o sr Nunes da ASAE vomitar de nojo e desatar a passar coimas, talves até a encerrar a frota e mandar prender o Infante. Pois bem, mesmo assim aquela malta descobriu meio mundo, e mais importante, coisa de que pouco se fala, criou os alicerces da navegação em alto mar. Tudo isto sem PS, sem PSD, sem PP, sem PCP, nem Bloco. Sem sindicatos, sem Associação Nacional de Municípios ou de Freguesias, sem Assembleia da República, sem Vitalino Canas, sem Ferreira Leite, sem Sócrates, sem Passos Coelho, sem Morais Sarmento, sem choque tecnológico, sem investimento estrangeiro e sem o sr Nunes da ASAE. Em que raio é que eles eram diferentes ?

Tartan Day!

Hoje é o Dia Nacional da Escócia. Esse belo país que não tarda vai-se tornar mais independente do que é actualmente Portugal.

Scotland the Great

Amazing Grace

Os últimos são os primeiros

Não era suposto alguma vez ser Rei, mas ainda assim foi preparado para essa eventualidade.

Foi-o durante dois anos e meio, na sequência do assassinato do pai e do irmão, num atentado em que também foi um alvo a abater.
Aos 15 anos, assumiu a responsabilidade de chefiar um país e um regime que a maior parte abandonava e traía.

Foi, por sua vez, abandonado e traído. E esquecido, como lembrança incómoda que era da forma criminosa como a República se instalou em Portugal.

Faz hoje 100 anos que, no Parlamento, assumiu a responsabilidade que lhe coube.

Chamava-se Manuel. O segundo deste nome a ser monarca de Portugal. O último - até ver - Rei de todos os Portugueses.

Aquecimento global: o Portinho da Arrábida em 2028

(aquele bote está prestes a ser multado pela Polícia Marítima)

A Guerra da Maddie

Faz agora um ano. Numa madrugada de insónia, tinha parado de fazer zapping para ver as notícias da Sky News. Depois das notícias, o boletim metereológico. Acabado este, eram umas 02:15, surge o BREAKING NEWS a encher um terço do ecrã: uma criança britânica tinha desaparecido horas antes de um hotel na Praia da Luz.

Pensei logo que só podia estar algum jornalista da Sky News hospedado no hotel, para o canal inglês ter conhecimento tão rapidamente de um facto numa simples praia do Algarve, em plena madrugada. Duvido que na Sky News estejam de olho nos despachos da Lusa e a essa hora os escritórios das agências internacionais em Lisboa estão mais que fechados. Pela via normal, uma notícia destas só chegaria à redacção da Sky News na manhã seguinte. Nessa altura nem a SIC Notícias nem a RTP-N tinham a notícia. Só a dariam - se bem me lembro - por volta das 04:30.

A essa hora, pensei também que se a Sky News estava a agarrar tanto esta história, era sinal de que a imprensa inglesa viria em força para o Algarve, tal como acontecera havia uns anos quando um casal inglês abandonou um recém-nascido nas imediações do aeroporto de Faro. Boas oportunidades de passarem uma temporada no Algarve com despesas pagas pela empresa não são de perder.

Bastam uma ou duas horas para obter alguma informação da imprensa portuguesa (o jornal do dia anterior também serve), lembrar-se de uns exageros e umas invenções sobre o terceiro-mundismo de Portugal com uma dose q.b. de xenofobia (que o público bife tanto aprecia) a maltratar os estúpidos mediterrânicos, e para colher as imagens suficientes para fazer umas reportagens da treta. O resto do dia passa-se na praia, na esplanada e no bar, emborcando Guiness e o que mais vier, e partindo-se uns aos outros nos quartos do hotel (convém ficarem todos no mesmo). Uma autêntica viagem de finalistas, mas para gente de mais de 30 anos e em que muitos são casados (não que isso seja problema).

«Vão desancar-nos de alto a baixo, mal desembarquem no aeroporto de Faro» - previ na altura.

E não me enganei.