segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Esta Quinta-feira: despedida do QE2

Esta Quinta-feira fará escala em Lisboa, pela última vez, o Queen Elizabeth 2; mais do que um belo paquete, este navio é uma autêntica instituição. Completado em 1967, foi o último grande paquete de concepção e construção britânica, e representa o fim de uma época em vários aspectos. Ainda pertence a um tempo em que os navios de passageiros eram construídos não apenas para cruzeiros mas para viagens de transporte, e por isso tinham de ser rápidos para serem competitivos; incapazes de competir com o avião, muitos foram reaproveitados para cruzeiros. É também de um tempo em que estes navios eram considerados meios estratégicos de um país, para o caso de serem necessários para transportar tropas em tempo de guerra (caso do QE2, que foi mobilizado durante a Guerra das Malvinas/Falkland, em 1982), e por isso a sua compra era largamente subsidiada. Ainda é motorizado com turbinas a vapôr, um sistema que já não é usado, em favor dos mais económicos e compactos motores diesel ou turbinas a gás. E, mais evidente visto do exterior, é de uma época em que havia verdadeiro bom gosto, em que os navios procuravam ser elegantes, sem sacrificarem tudo em nome do transporte do maior número de passageiros e de serem estâncias de férias flutuantes.

O QE2 não é o último navio desta geração em serviço (entre outros, o nosso querido Funchal continua, orgulhoso, a navegar com bandeira portuguesa, como último resistente da nossa antes gloriosa Marinha Mercante). Mas é o mais famoso, e mais simbólico. Por isso, este seu último cruzeiro, após o qual irá para o Dubai onde funcionará como casino-hotel flutuante, simboliza o fim de uma época.

Adenda: segundo a informação da APL, a chegada ao terminal de Alcântara será às 7h00 e a partida às 17h00.

2 comentários:

Divinius disse...

E nada de ficar a ver navios...
:)

Flying Solo disse...

Alô alô!!
Vou começar hoje com o QE2, aproveito este texto e traduzo-o.
Obrigada pela colaboração!
Beijos!