quinta-feira, 26 de março de 2009

Corrente

Passando a corrente amavelmente transmitida pela Gi, escolhi um livro que apenas comecei a ler: «Des Spahis Sénegalais à la Garde Rouge», de Pierre Rosière.
No Exército Francês, o termo Spahi designava os militares dos regimentos de cavalaria colonial, compostos por tropas africanas. Os Spahis foram integrados no Século XIX em várias colónias francesas, nomeadamente na Argélia e no Senegal. À semelhança dos Gurkas no Exército Britânico, os Spahis Senegaleses foram das tropas mais temíveis que o Exército Francês pôde dispor, combatendo em muitas das guerras em que a França se envolveu.
Reputados como homens sem mêdo e de uma resistência física fora de série, foram um dos regimentos envolvidos no chamado Incidente de Fachoda, no Sudão, contra o Exército Britânico e combateram valorosamente contra os alemães nas duas guerras mundiais do Séc. XX. Depois de 1945 foram integrados na Gendarmerie Nationale francesa (equivalente à nossa GNR), e transitaram para a GN senegalesa no momento da independência, sendo rebaptizados como Guarda Vermelha, a guarda presidencial do país.
Sendo o Senegal talvez a ex-colónia francesa politicamente mais fiel e seguidora da sua ex-metrópole, a Guarde Rouge continua fiel à sua tradição colonial, perpetuando o cerimonial francês, com uma distinção que em nada fica a perder para com as congéneres europeias.
E isto também diz muito da forma como os franceses fizeram a sua independência. Nalguns casos, só na fachada.
Passo a corrente ao Nuno Castelo Branco, ao Cap Créus e ao Van Dog.

4 comentários:

Gi disse...

João, era suposto transcrever a 5ª frase da página 161... mas obrigada por ter aceite e por nos falar do livro :-)

Nuno Castelo-Branco disse...

Ok, João, amanhã já lá está. Um livro sobre espionagem...

Van Dog disse...

Belo texto. Já aprendi alguma coisa!

Vou tratar disso! (não será já, já que tenho que ir passear o meu dono, mas muito em breve ;)

CAP CRÉUS disse...

Boas, Vou tratar disso ainda hoje. :-) E obrigado pela aula!