No Exército Francês, o termo Spahi designava os militares dos regimentos de cavalaria colonial, compostos por tropas africanas. Os Spahis foram integrados no Século XIX em várias colónias francesas, nomeadamente na Argélia e no Senegal. À semelhança dos Gurkas no Exército Britânico, os Spahis Senegaleses foram das tropas mais temíveis que o Exército Francês pôde dispor, combatendo em muitas das guerras em que a França se envolveu. Reputados como homens sem mêdo e de uma resistência física fora de série, foram um dos regimentos envolvidos no chamado Incidente de Fachoda, no Sudão, contra o Exército Britânico e combateram valorosamente contra os alemães nas duas guerras mundiais do Séc. XX. Depois de 1945 foram integrados na Gendarmerie Nationale francesa (equivalente à nossa GNR), e transitaram para a GN senegalesa no momento da independência, sendo rebaptizados como Guarda Vermelha, a guarda presidencial do país.
Sendo o Senegal talvez a ex-colónia francesa politicamente mais fiel e seguidora da sua ex-metrópole, a Guarde Rouge continua fiel à sua tradição colonial, perpetuando o cerimonial francês, com uma distinção que em nada fica a perder para com as congéneres europeias.
E isto também diz muito da forma como os franceses fizeram a sua independência. Nalguns casos, só na fachada.
4 comentários:
João, era suposto transcrever a 5ª frase da página 161... mas obrigada por ter aceite e por nos falar do livro :-)
Ok, João, amanhã já lá está. Um livro sobre espionagem...
Belo texto. Já aprendi alguma coisa!
Vou tratar disso! (não será já, já que tenho que ir passear o meu dono, mas muito em breve ;)
Boas, Vou tratar disso ainda hoje. :-) E obrigado pela aula!
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