quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A bater no fundo é que a gente se entende

Os avisos vieram de vários lados: a ausência de um acordo entre PS e PSD sobre o OE2011 seria a estocada final na réstia de credibilidade do Estado Português. Que fazem ambos os partidos "de poder"? Guerreiam-se.
É minha opinião desde há muito tempo (ainda antes do Medina Carreira, honra me seja feita... :) ) que a entrada do FMI em Portugal é algo não só inevitável, como desejável. Os dois enxames de parasitas que se têm alternado no poder não estão nem capacitados nem motivados para tirar a Economia (e o País) do buraco em que o meteram. Mais uma vez tem de vir o estrangeiro para meter ordem na criançada. É a falência desta classe política, e da aposta europeia. Pensava-se que pertencer à CEE, à UE, à "Europa" resolvia-nos os problemas e escudava-nos da nossa própria incapacidade em nos governarmos. Mas a verdade é que a solução vem dos americanos (o FMI é, para todos os efeitos, um braço dos EUA) e vai doer. Vai ser uma cirurgia sem anestesia. Dolorosa mas necessária.
Um dia que se escreva a História de Portugal neste período, dir-se-á: «Nos meses antes da falência prática das finanças públicas, os assuntos que dominavam a actualidade eram as obras públicas desnecessárias e incomportáveis, o casamento gay, os escândalos de corrupção e de pedofilia, a defesa do Estado Social e os problemas da selecção de futebol».

1 comentário:

Paulo Lisboa disse...

Bom artigo sem dúvida, os meus parabéns!

Quero acrescentar o seguinte e passo a citar-te: «Os dois enxames de parasitas que se têm alternado no poder não estão nem capacitados nem motivados para tirar a Economia (e o País) do buraco em que o meteram».

Não podias estar mais certo. Sobre isto digo o seguinte, como sou de direita, nunca votei no PS, até porque sempre o considerei um partido estruturalmente corrupto e congenitamente incompetente para governar. É um partido bom para distribuir tachos e dar sinecuras a militantes e a alguns corruptos.

Quanto ao PSD que sempre teve vergonha de ser de direita, quase nunca se portou como se fosse e ainda para mais também passou a ser corrupto e clientelar, fartei-me dele e dei um murro na mesa: Nunca mais votarei no PSD, estou farto dos seus líderes mediocres, da sua deriva ideológica ou mesmo falta de ideologia, da sua maneira de fazer política oportunista e à bolina e das suas guerrinhas de lideres. CHEGA! Não quero ter mais nada a ver com esses senhores!

Por isso só voto em quem está à direita do PSD.