sexta-feira, 28 de agosto de 2009
E se eles não quiserem pagar?
Resta saber se daqui a 25-30 anos, quando as crianças de hoje forem os eleitores de amanhã, e quando a maioria da população tiver de pagar as dívidas monumentais contraídas para ganhar as eleições de quando eram crianças, apenas recém nascidos ou nem isso, se a pressão popular não irá recusar-se a pagar.
E exigir que sejam as gerações responsáveis por esse endividamento a pagarem a factura.
«Nem mais um euro para o TGV de há 25 anos!» - poderá ser o mote que levará ao poder um governo.
Como pagar as dívidas então? Solução: com as reformas dos que agora têm, por exemplo, entre 35-45 anos (baby-boom de 1965-1975), que são a maior parte da população e que são o eleitorado que realmente decide eleições. Imaginemos toda esta gente privada de reforma durante uns anos até a dívida ficar saldada. Assusta, não é? Mas se isso acontecer, como poderemos dizer que eles não têm razão?
Groundforce
E, apesar da crise económica e na aviação, e da péssima situação financeira em que está a sua - ou melhor, nossa - empresa, ainda têm o descaramento de alinhar numa greve, a um mês de eleições.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Da Democracia na América
Assistir ao intensíssimo debate que está a acontecer nos EUA em torno da criação de um serviço nacional de saúde tem servido para constatar várias coisas.
Primeiro, que dos 45 milhões de norte-americanos que não têm seguro de saúde (e que supostamente ficam à porta dos hospitais), metade não têm porque não querem, e a outra metade é composta em grande parte por imigrantes ilegais. Ou seja, mais uma historieta anti-americana que é desmascarada.
Segundo, que Barack Obama passou de bestial a besta, ao mexer no assunto que originou a declaração de independência em 1776: impostos desnecessários.
Terceiro, vê-se o que é uma democracia participativa a funcionar, e imagina-se como reagiriam os americanos se lhes propusessem aquilo que tem sido levado a cabo junto dos portugueses: Estado a consumir 50% do PIB, receita fiscal igual 36%, SNS sozinho a consumir 20%, operações de mudança de sexo comparticipadas a 50%, transferência de soberania para uma organização internacional que não controla e onde já não tem direito de veto (sem nunca haver referendos), abolição da moeda própria...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Proibido estacionar
(Porto de Lisboa, gare da Rocha Conde de Óbidos)
Estes traços pintados no pavimento devem portanto ser obra de graffiters...
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Estado de sítio
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Grande 31!
Comunicado do Movimento 31 da Armada:
Daqui posto de comando do Movimento do 31 da Armada:
Durante a madrugada de ontem, e apesar da forte vigilância policial, elementos do 31 da Armada (Darth Vaders) subiram heroicamente até à varanda do Paços do Concelho e hastearam a bandeira azul e branca.
Há 99 anos atrás, no dia 5 de Outubro, um punhado de homens,contra a vontade da maioria dos Portugueses, tinha feito a mesmíssima coisa proclamando assim a república. O resto do país ficou a saber por telegrama.
Hoje, aproveitando as férias de verão e numa inédita acção de guerrilha ideológica, foi restaurada a legitimidade Monárquica. Podem permanecer calmos nas vossas casas: foi restaurada a Monarquia. E o país fica a saber pela internet. A acção foi devidamente filmada e o video será disponibilizado ao final da tarde.
É o contributo do 31 para as comemorações do centenário da república.
O 10 de Agosto de 2009 ficará na história de Lisboa, talvez de Portugal!
Aqui d'El Rei!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Depois de Charles Bronson...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Nós os ricos
Acrescente-se a isto que metade da população não tem que pagar IRS, e veremos que o tão popularmente proclamado «Isto para os ricos é que está bom!» não corresponde minimamente à verdade.
E pergunta-se: e isto tem resolvido o quê? Se fossem verdadeiros os mitos da justiça social e da redistribuição da riqueza pelo Estado, sacralizados nas últimas décadas para servirem de pretexto a uma fiscalidade quase feudal, Portugal há muito que deveria ter os seus problemas de pobreza e de desigualdade resolvidos. A realidade demonstra o contrário, e são justamente os países onde os impostos são mais baixos, onde o peso do Estado é menor e onde a riqueza é menos castigada aqueles que mais se desenvolvem e onde a desigualdade económica e é menor. Vejam-se os países anglo-saxónicos ou o Japão, e conclua-se.
E mesmo deste lado do Atlântico, há quem aprenda a lição: há alguns anos, na Bélgica, o então governo dos socialistas flamengos (bem mais à Esquerda que o nosso PS) simplesmente extinguiu o imposto sobre grandes fortunas como forma de atrair capitais estrangeiros ao país, o que conseguiu. Entre outros, o cantor francês Johnny Hallyday escandalizou os seus conterrâneos ao tornar-se cidadão belga, da mesma maneira que a modelo Laetitia Casta se tinha tornado britânica anos antes.
Com apenas 1% de ricos, Portugal está estatísticamente ao nível da Austrália. O problema é que na despesa pública e no número de pobres, estamos no Terceiro Mundo.