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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Electrocutados no bolso

"Parte crucial da estratégia do Governo para a área da energia consistia em colocar duas empresas, a EDP e a Galp, a competir na produção e comercialização de energia. Foram concedidas oito licenças para a construção de grupos de produção a ciclo-combinado, duas à EDP, duas à Endesa, duas à Galp e duas à Iberdrola. Na altura o Governo assegurou que estavam criadas as condições para a concorrência no sector e que esses grupos iriam contribuir "para a descida do preço da energia em Portugal". Sucede que, como não existe uma verdadeira estratégia integrada e coerente para a energia, ninguém reparou que, com o crescimento previsto para a energia renovável, tais centrais não eram necessárias. A EDP, graças ao seu mais profundo conhecimento do sector, avançou rapidamente e em força, construiu os seus dois grupos. A Endesa avançou. Os outros hesitaram e não avançaram. Lá se foi a estratégia de colocar a Galp a concorrer com a EDP. Mas o mais hilariante, não fosse termos de pagar a conta, foi o queixume de que, em face de toda a nova produção renovável, os dois novos grupos não eram rentáveis. Era o que faltava, pensaram logo os nossos governantes, que uma das empresas do regime pudesse ter perdas como se de uma vulgar empresa industrial se tratasse. Vai daí, criou-se o mecanismo de "Garantia de Potência", destinado a promover a construção de novos centros produtores térmicos (dá-se um subsídio para ver se os grupos que ficaram no papel são construídos, mesmo sem serem necessários). E para cúmulo, o sistema aplica-se retroactivamente de forma a que até a central do Ribatejo (que já tem uns cinco anos) seja abrangida. Ou seja, como temos excesso de renovável os consumidores pagam agora para ver as térmicas paradas, garantindo a rendibilidade dos produtores. Brilhante."

Via Ecotretas

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O bug do milénio e outras mega-mentiras

Segundo a imprensa de hoje, o petróleo está a aumentar nos mercados porque, ao contrário do que se pensava e apesar das gigantescas reservas que se têm encontrado nos últimos anos (nomeadamente no Brasil, em África e na Ásia), e das também gigantescas que se sabem existir na Antártida e no Ártico, a previsão da indústria é que o petróleo acabe mais cedo do que se pensa.

Onde é que eu já ouvi isto?

Aliás, estas previsões catastrofistas da parte de "especialistas" e que o cidadão comum não tem como confirmar, são uma rotina.

Lembram-se do que se dizia há dez anos? Na passagem de ano de 1999 para 2000, mal caíssem as 00h00 de 1 de Janeiro de 2000, os computadores entenderiam que se tinha voltado a 1 de Janeiro de 1900. Era o chamado Bug do Milénio. O problema informático em si era por vezes verdadeiro, mas só afectou uma percentagem ínfima de computadores. Agora as consequências anunciadas pelos media mundiais, essas foram (no mínimo) manifestamente exageradas: os computadores dos bancos e das bolsas iriam colapsar, levando a uma catástrofe financeira e económica a nível mundial; os sistemas de controlo de tráfego aéreo iriam bloquear levando ao caos na aviação, aliado ao crashing dos computadores dos aviões que estivessem no ar e que deixariam de poder ser pilotados; as centrais eléctricas, nomeadamente as nucleares iriam ficar descontroladas, e até as armas atómicas poderiam ser disparadas automáticamente, levando ao holocausto nuclear.

Hoje parece ridículo, absurdo, mas o facto é que tudo isso foi previsto. Até ao pormenor - talvez não ideológicamente inocente - de se dizer que os computadores fabricados na antiga URSS, usando tecnologia diferente da americana, seriam imunes ao bug. Com a mileniomania instalada, e enquanto algumas pessoas chegavam ao ponto de constituir reservas de bens essenciais, o problema foi discutido nas mais altas esferas (não podiam ser acusados de não fazerem nada) e soluções foram avançadas. Além dos milhões gastos em software (comprar novo, actualizar e inspeccionar a compatibilidade), milhares de vôos na passagem de ano foram cancelados, e até o Exército Britânico foi colocado em alerta nessa noite.

E quando o segundo fatal chegou? Tudo normal, nada a assinalar à parte de um ou outro raríssimo incidente algures, por confirmar.

Sem surpresas, o assunto que chegou a mobilizar as Nações Unidas, caíu no esquecimento.

Anos antes do Bug do Milénio, já tinha havido outra catástrofe anunciada, por especialistas e não-especialistas: o buraco na camada do Ozono. Grande parte da comunidade científica não resistiu a alinhar na mentira em troca dos seus 15 minutos de fama. Excepção à regra, o francês Haroun Tazieff, o mais prestigiado vulcanólogo do mundo, juntou outros cientistas de renome para um manifesto denunciando a mentira que era esta nova "catástrofe ambiental", que o buraco do ozono sempre existira e que tudo não passava de infoterrorismo [sic]. Exposta a mentira, o assunto morreu mas sem que antes os governos não produzissem legislação a proibir gazes CFC; o que está correcto mas que foi um maná para a indústria, ao obrigar à substituição de muitos produtos (desde sprays a frigoríficos) já existentes.

Hoje, é o aquecimento global (ver também comentários a este link), propagandeado um pouco por todo o lado e por todos os sectores políticos, recorrendo a figuras da política como Al Gore. Para chamarem a atenção para as consequências para os seus países, o governo das Maldivas reuniu debaixo de água e o do Nepal vai reunir no monte Evereste. Apesar das denúncias da comunidade científica séria, a mega-mentira continua, servindo de pretexto à colecta das ditas ecotaxas e à substituição prematura de equipamentos existentes, nomeadamente automóveis, apesar dos actuais serem pouco ou nada diferentes tecnológica e ecológicamente dos de há dez anos, à excepção dos eléctricos e dos híbridos, o novo negócio. Nunca se fala de modernizar o que existe, mas sempre de comprar novo. As denúncias existem, mas têm dificuldade em passar para a opinião pública.

Neste contexto, vale a pena aqueles que já ouviam notícias nos anos 70 e 80 recordarem qual era a moda info-climática da altura: o arrefecimento global. Estávamos a caminho de uma nova era glaciar. Lembram-se?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Perguntas Proibidas

...É um excelente programa da Rádio Europa em parceria com o Instituto da Democracia Portuguesa, que debate questões importantes mas pouco tratadas pela imprensa em geral. Como é dito no site do IDP, nos tempos da Inquisição, proibiam-se as respostas. Será que - com a liberdade de imprensa - se proíbem agora as perguntas?

O programa vai para o ar todas as Quintas-feiras, depois das 18h, em 90.4 FM, com os programas colocados online, em podcast, dias mais tarde.

Chamo particularmente a atenção para o programa de 23 de Abril sobre os assuntos do mar, em que, de forma sucinta, os menos conhecedores poderão ficar com uma ideia muito aproximada do que se passa e do que deveria ser feito. Aconselho vivamente.

Perguntas Proibidas em Podcast

Rádio Europa

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Para ouvir no fim de semana

Um podcast interessantíssimo, na TSF - Mais cedo ou mais tarde: energia geotérmica

A melhor das energias renováveis: não polui, não tem praticamente impacto à superfície, é inesgotável e - acrescento eu ao que é dito no programa - é uma tecnologia perfeitamente dominada, pouco onerosa e que Portugal domina. E esqueçam o nuclear.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Petição pelo desconto de bicicletas no IRS

Quando descobriu que um carro eléctrico pode ser descontado no IRS por ser energeticamente eficiente, mas uma bicicleta não, João Branco, que vai de 'bicla' para o trabalho, ficou chocado e iniciou um movimento para conseguir benefícios fiscais para os velocípedes.

"O que me chocou na proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano foi excluir à partida os velocípedes, não só as bicicletas a pedais como bicicletas com pequenos motores eléctricos até 250 watts, quando se sabe que são os veículos mais eficientes do ponto de vista energético", disse João Branco, cidadão sem partido político, salientando que esta é a primeira vez que toma uma iniciativa pública do género.

(...)

"Ao não serem sujeitos a matrícula, ficaram automaticamente excluídos" do OE2009, que define que podem originar benefícios fiscais os "veículos sujeitos a matrícula exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis".

"Ao permitir que 30 por cento do investido em veículos eléctricos e/ou veículos não poluentes possa ser recuperado no IRS ao fim do ano, a justificação do Governo é incentivar o transporte sustentável, atacar de certa forma a crise energética e ao mesmo tempo ajudar a desenvolver uma indústria de transportes não poluente em Portugal", realçou.

"Ora, a bicicleta é comprovadamente o veículo mais energeticamente eficiente dos veículos conhecidos, e não sou eu que o digo: são as Nações Unidas e a Comunidade Europeia, por exemplo", disse, salientando que "uma medida clara de apoio fiscal a este meio de transporte por parte do Governo não só daria mais visibilidade a esta hipótese de transporte, como enviaria aos cidadãos uma mensagem de apelo à consciência cívica e ambiental".

Eu acrescentaria isto: desconto até um determinado montante. É porque há por aí à venda bicicletas de 2 e 3.000€ que fazem o mesmo que as de 100 ou menos e os meus impostos não têm que pagar as bicicletas de luxo dos outros.

Petição pela Extensão aos velocípedes dos benefícios fiscais à aquisição de veículos não poluentes

domingo, 21 de setembro de 2008

Chegou hoje

Vem da Nova Zelândia, e está a tentar bater o seu próprio record de dar a volta ao mundo em 60 dias, 23 horas e 49 minutos.
É integralmente construído em fibra de carbono, capaz de 40 nós (72 Km/h) e funciona a biodiesel.
Vai estar em Lisboa até Quinta-feira, e aberto a visitas. Já cá esteve antes, na doca de Alcântara, que se revelou pequena para este barco. Infelizmente, e após semanas de contactos, a Administração do Porto de Lisboa não arranjou sítio melhor para ficar que um local à entrada da Doca do Espanhol. Digamos que é o equivalente a ser-se convidado para um jantar a dois com a Nicole Kidman e ir buscá-la a casa num camião-betoneira.

Com o próprio comandante a dizer que este sítio é «useless», sugeri que mudasse para a Marina de Cascais onde terá condições condignas, visitantes em quantidade e visibilidade para o barco e para os patrocinadores, além de um sítio atractivo para descanso da tripulação.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estamos no escape da Europa

"Também na Polónia os preços dos combustíveis são altos, mas ao menos lá as pessoas têm uma atitude mais proactiva. Ao passo que em Portugal, o número de veículos a GPL é praticamente residual (se ultrapassar os 50.000 já é muito), na Polónia esse número já ultrapassou largamente a barreira do milhão de veículos."
No Divina Polónia.