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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Incompetex

O Cartão do Cidadão já tinha dado problemas nas anterior eleições e já na altura se sabia porquê: a empresa que o MAI contratou para fundir a informação dos vários ministérios que emitiam os cartões que o CC pretende substituir, essa empresa adoptou uma divisão territorial que não é a administrativa (municípios, freguesias) mas a divisão postal, usada pelos CTT. Provavelmente é a mais racional, mas criou este enorme problema ao não coincidir com a divisão administrativa. Não seria nada do outro mundo, se as pessoas tivessem sido devidamente informadas da mudança, mas o facto é que não foram. E assim foi o caos que se viu, e que poderia mesmo ser motivo para repetir as eleições.

Seria pedir muito a este maravilhoso Estado Simplex-Pyrex-Durex (que não se esquece de nos contactar quando se trata de nos tirar o dinheiro) que, por uma vez, recorresse a uma medida tecnológicamente ultrapassada e pouco ecológica, e mandasse a toda a gente que tirou o Cartão do Cidadão nem que fosse um postal a informar onde é que deve votar?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Comboio de normal velocidade

Dadas as condições meteorológicas, a SNCF (a companhia de comboios francesa) decidiu,, desde hoje e nos próximos dias, limitar a velocidade máxima dos TGV a 120 Km/h, em vez dos habituais 300, por razões de segurança. A SNCF explica que no cruzamento de dois TGV circulando a 300, a velocidade relativa é de 600 Km/h (uma das razões por que nas linhas de alta velocidade não podem circular outros comboios que não os TGV) e nesta situação, caso se soltassem pedaços de gêlo de uma das composições o impacto destes poderia graves danos no equipamento e até colocar em risco os passageiros.

Mas já o preço dos bilhetes mantêm-se, apesar da duração da viagem quase triplicar.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Porque somos tão atrasados

(Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios).

Dois factos ocorridos ontem mostram como funciona o Portugal empresarial: a insolvência da Qimonda Solar e da Rhode. Aparentemente nada as une. Uma quer fazer painéis fotovoltaicos, a outra faz calçado de baixo custo. Na Qimonda o Governo forjou um consórcio com empresas privadas (DST, Visabeira, EDP, BCP, BES...) e públicas (capital de risco) para dar asas a um projecto da Qimonda e da Centro Solar. Objectivo: ocupar 400 pessoas que ficariam sem emprego com o fecho da Qimonda. Poucas semanas depois ninguém se entendeu e o projecto foi pelo cano.
No caso da Rhode também lá anda o dedo do Estado. A empresa, que emprega 984 pessoas, vai apresentar-se à insolvência (a 20 dias das eleições...) e tentar um plano de recuperação.
Tal como na Qimonda o plano é "apadrinhado" pelo Governo: os trabalhadores dizem até que o plano foi sugerido pelo ministro da Economia.
Onde é que isto nos deixa? Tal como na Qimonda Solar o mais provável é que daqui a umas semanas, sem comprador, o destino dos trabalhadores seja o... desemprego.
Os mais ingénuos dirão que o Estado não se pode alhear quando estão em causa milhares de empregos. Errado: deve ficar o mais longe possível deles. Porque nenhuma das empresas tem viabilidade sem novos investidores. E eles não surgem por boa razão...! Meter o Estado nestes processos, fingindo que pode resolver problemas, só faz duas coisas: cria falsas esperanças (adiando a reconversão dos trabalhadores) e atrasa a renovação do tecido empresarial.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

As árvores morrem de pé

Depois de, recentemente, a companhia aérea chinesa Spring Airlines ter anunciado estar a considerar introduzir em serviço aviões em que os passageiros viajam de pé, era de esperar que Ryanair & Cª seguissem o exemplo. Recordo que em Junho passado, após divulgar as primeiras perdas nos ganhos anuais em 20 anos, a Ryanair anunciou que está em negociações com a Boeing para projectar um avião (B737) com apenas uma casa de banho em vez das três actuais. Isso daria espaço para mais seis assentos.

A nova ideia é reduzir o comprimento dos assentos e também a distância entre eles, com os viajantes instalados com cinto de segurança atado à cintura, de modo a que o número de passageiros aumente até 40%. A Spring Airlines, que deverá tomar uma decisão até ao fim do ano, calcula uma redução de custos de 20%. Parte-se do princípio que não vão ter o descaramento de não reduzir a tarifa, nem de cortar nas casas de banho (ou arriscam-se a ter um problema muito sério a bordo, pelo menos com os passageiros do sexo masculino).

Modelo de transporte de passageiros de pé, concebido pela Airbus.

Muito francamente, não me imagino a viajar desta maneira, e penso que serão poucos os que aceitarão. Até porque há questões de segurança que devem ser levadas em conta, como por exemplo, que posição adoptar numa aterragem de emergência.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Aeroporto para quê?

Para quem não souber, existe um fabricante de aviões 100% português. Trata-se da BRM, uma empresa de Pêro Pinheiro especializada em avionetas ultra-ligeiras.

Um dos modelos, o Land Africa, consegue fazer aterragens e descolagens curtas. Mesmo muito curtas:

Site da BRM. Aconselho uma visita à galeria de fotos e vídeos.

domingo, 21 de setembro de 2008

Chegou hoje

Vem da Nova Zelândia, e está a tentar bater o seu próprio record de dar a volta ao mundo em 60 dias, 23 horas e 49 minutos.
É integralmente construído em fibra de carbono, capaz de 40 nós (72 Km/h) e funciona a biodiesel.
Vai estar em Lisboa até Quinta-feira, e aberto a visitas. Já cá esteve antes, na doca de Alcântara, que se revelou pequena para este barco. Infelizmente, e após semanas de contactos, a Administração do Porto de Lisboa não arranjou sítio melhor para ficar que um local à entrada da Doca do Espanhol. Digamos que é o equivalente a ser-se convidado para um jantar a dois com a Nicole Kidman e ir buscá-la a casa num camião-betoneira.

Com o próprio comandante a dizer que este sítio é «useless», sugeri que mudasse para a Marina de Cascais onde terá condições condignas, visitantes em quantidade e visibilidade para o barco e para os patrocinadores, além de um sítio atractivo para descanso da tripulação.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bicphone, o anti-IPhone

Já antes tinha havido experiências nos EUA com telemóveis descartáveis, mas todas elas sem sucesso. Mas agora quem se lança na negócio é um especialista neste tipo de aventuras: a BIC. A empresa francesa, conhecida por massificar versões descartáveis de produtos anteriormente caros (a esferográfica, o isqueiro, a lâmina de barbear), vai lançar no mercado o primeiro telemóvel descartável.

O Bicphone é um telemóvel 100% pronto a utilizar, sem contrato e com as funções reduzidas ao mínimo: voz e SMS. Será vendido em grandes superfícies e quiosques por 49€, incluindo 60 minutos de conversação válidos por dois meses. Poderá sempre ser recarregado e o número atribuído será válido por um mínimo de 12 meses. Será colocado à venda em França no próximo dia 7, e surgirá em apenas duas cores: laranja e verde.

O público-alvo são turistas, pessoas que perderam o telemóvel, crianças e todos aqueles que necessitam de um telemóvel apenas para falar e enviar/receber SMS (que, no fim de contas, é a grande maioria dos utilizadores).

O Bicphone reúne três empresas: a Alcatel, responsável pela concepção e pelo fabrico (que subcontratou a uma empresa chinesa), a Orange (da France Telecom) em cuja rede o telemóvel vai operar, e a Bic, que idealizou o produto e o vai comercializar. Fabrico à parte, é um produto 100% francês.

Uma receita que poderia ser seguida por cá: porque não o Gorilaphone? Uma parceria das pastilhas elásticas Gorila, da Ndrive e da Optimus?