quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Liquidação de stock
Com preços destes, quase que vale a pena atravessar o Atlântico para ir buscar um. Mesmo tendo de pagar um IA absurdo para os legalizar em Portugal.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Tudo de Bom
E, como dizia um grande artista entretanto desaparecido, façam o favor de serem felizes!
João Quaresma
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
As centrais de comunicação a funcionarem
No dia seguinte, o assunto morreu.
Até há um mês atrás, foram notícia as mortes de fetos em mães recém-vacinadas contra a Gripe A. Passados uns dias, o assunto morreu.
Entretanto, no princípio de Dezembro, o número (total) de mortes com Gripe A disparou. A última vez que ouvi, ía em 40. Entretanto, não se fala mais nisso, o assunto passou a ser completamente ignorado pelos media. Morreu.
O sismo da semana passada foi falado e debatido na própria Quinta-feira. Na Sexta, o assunto morreu.
PS. (22 Dez) Entretanto foi hoje noticiada mais uma morte. Vamos em 54.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Adivinha-se uma visita do Rei Juan Carlos a Portugal
Sismo: o conselho errado da ANSPC
Uma das conclusões que tirou e que comunicou a instâncias superiores é que, por todo o mundo, muita gente morre por seguir um conselho errado que é dado pelas autoridades sobre como reagir a um sismo: abrigar-se debaixo de mesas.
As mesas estão, na maior parte das vezes, no centro das divisões e, portanto, do centro do tecto, o seu provável ponto de quebra em caso de ruptura. E é óbvio que não há mesa que aguente com um tecto que lhe caia em cima.
Nos EUA, a protecção civil já se corrigiu; cá (e em muitos outros países) ainda não.
Red Bull Air Race - Eu alfacinha afirmo:
E é óbvio que se as câmaras do Porto e de Gaia fossem PS isto não sucederia. Lisboa tem condições para receber muitos outros eventos, não precisa de prejudicar outras cidades. Indecente.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Ide e fornicai-vos
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Sheena Easton - For your eyes only
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Boa Baixa
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Os civilizados reconhecem-se
Excelente post a ler no Estado Sentido.
Ainda a propósito, uma notícia antiga mas interessante:
Portugal e Tailândia aliados há 500 anos
Nacional 2009-06-12 12:08
Portugal e a Tailândia conheceram-se há 500 anos e, para assinalar a data, em 2011, o antigo Sião quer oferecer a Portugal uma réplica em teca de um Pavilhão, uma construção típica tailandesa a instalar na frente ribeirinha de Lisboa.
A réplica, cuja instalação defronte da Cordoaria Nacional está dependente da cedência de um terreno da Administração do Porto de Lisboa ao município da cidade, é uma das iniciativas com que a Tailândia pretende comemorar, em 2011, os 500 anos das relações diplomáticas com Portugal.
Este e outros projectos vão ser apresentados durante uma visita de cinco jornalistas portugueses, incluindo da agência Lusa, à Tailândia, a convite da embaixada em Lisboa.
A visita, que começa no domingo, insere-se no âmbito das comemorações do V centenário das relações diplomáticas e prevê deslocações a Banguecoque e a Ayutthaya, respectivamente actual e antiga capital da Tailândia, onde há vestígios de igrejas católicas e cemitérios portugueses e onde ainda vivem descendentes lusos, ambos fruto da passagem dos portugueses pelo reino ao longo de cinco séculos.
Portugal, por enquanto, não definiu um programa comemorativo.
Em declarações à Lusa, o embaixador português em Banguecoque, António de Faria e Maya, referiu que ainda não foi criada a Comissão Nacional Interministerial (ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Cultura) para as comemorações, aguardando-se que, "até ao final deste ano", se realize a reunião da Comissão Mista (Portugal/Tailândia) para "aprovar um programa conjunto".
Algumas das propostas portuguesas em estudo passam pela edição, em ambos os países, de um selo-postal e de documentos históricos inéditos sobre as relações luso-tailandesas, assim como pela realização de espectáculos de dança e música, exposições itinerantes de artes plásticas e um congresso.
Não é a primeira vez que a Tailândia oferece a reprodução de um Pavilhão, edifício disposto em colunas com pináculos dourados, a um país para assinalar as suas relações diplomáticas. Alemanha e Suíça já têm exemplares.
No caso português, a intenção foi manifestada há dois anos pela Embaixada da Tailândia em Lisboa ao assessor diplomático da autarquia, José Gouveia Melo, que foi embaixador em Banguecoque entre 1982 e 1989.
O local escolhido para receber a réplica - que "demora um ano a fazer" e cujas peças são encaixadas umas nas outras, sem pregos - é "um terreno junto ao rio, em frente à Cordoaria Nacional", que pertence à Administração do Porto de Lisboa, entidade com a qual o município da cidade está a negociar a cedência da área, salientou José Gouveia Melo.
A Tailândia propõe-se também avançar com a segunda fase das escavações arqueológicas no Ban Portuget (Bairro Português) de Ayutthaya que, na década de 90, puseram a descoberto as fundações da Igreja de São Domingos e esqueletos quase intactos no cemitério, conservados num trabalho a cargo da Fundação Calouste Gulbenkian e do Departamento de Belas-Artes da Tailândia.
Além da Igreja de São Domingos, foram construídas em Ayutthaya, por parte dos missionários cristãos portugueses, mais duas igrejas: a de São Paulo e a de São Francisco.
No ano passado, a Tailândia efectuou escavações na zona onde se supunha ter existido a Igreja de São Paulo, mas apenas foram encontrados vestígios de um templo budista.
A directora-adjunta do Serviço Internacional da Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Fernanda Matias, manifestou à Lusa o interesse da instituição em continuar a apoiar técnica e financeiramente os trabalhos de preservação das ruínas em Ayutthaya, desde que sejam descobertos efectivamente vestígios portugueses.
Portugal foi o primeiro país europeu a estabelecer relações com o antigo Sião, tendo os dois Estados assinado um tratado de comércio e amizade em 1516, cinco anos depois da chegada do enviado do governador da Índia Afonso de Albuquerque, Duarte Fernandes, à capital do reino, Ayutthaya.
Através deste tratado, os portugueses instalaram uma feitoria em Ayutthaya, que albergava missionários, comerciantes e mercenários e que subsistiu até à destruição da capital pelos exércitos birmaneses, em 1767.
Em sinal de agradecimento ao apoio prestado pelos portugueses nas guerras com o rei da Birmânia, o Sião concedeu-lhes terras numa zona mais afastada do reino, correspondente à actual Banguecoque, onde ainda hoje, em duas áreas distintas separadas pelo rio Chao Phraya, mantêm-se de pé as igrejas de Santa Cruz e do Rosário.
No antigo Bairro do Rosário, onde, a par de Santa Cruz, os portugueses procriaram com siamesas e espalharam a fé católica, "ainda vivem várias famílias de apelido português e, no cemitério, encontram-se até lápides com inscrições" na Língua de Camões, assinalou a historiadora Maria da Conceição Flores, autora de "Os Portugueses e o Sião no Século XVI" e que acompanhou as primeiras escavações arqueológicas em Ayutthaya.
Em 1820, num novo gesto de gratidão, o reino do Sião ofereceu à coroa portuguesa o terreno, em Banguecoque, onde se localiza a embaixada lusa, a mais antiga representação diplomática portuguesa no mundo e na Tailândia.
No Açoriano Oriental.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
O bug do milénio e outras mega-mentiras
Onde é que eu já ouvi isto?
Aliás, estas previsões catastrofistas da parte de "especialistas" e que o cidadão comum não tem como confirmar, são uma rotina.
Lembram-se do que se dizia há dez anos? Na passagem de ano de 1999 para 2000, mal caíssem as 00h00 de 1 de Janeiro de 2000, os computadores entenderiam que se tinha voltado a 1 de Janeiro de 1900. Era o chamado Bug do Milénio. O problema informático em si era por vezes verdadeiro, mas só afectou uma percentagem ínfima de computadores. Agora as consequências anunciadas pelos media mundiais, essas foram (no mínimo) manifestamente exageradas: os computadores dos bancos e das bolsas iriam colapsar, levando a uma catástrofe financeira e económica a nível mundial; os sistemas de controlo de tráfego aéreo iriam bloquear levando ao caos na aviação, aliado ao crashing dos computadores dos aviões que estivessem no ar e que deixariam de poder ser pilotados; as centrais eléctricas, nomeadamente as nucleares iriam ficar descontroladas, e até as armas atómicas poderiam ser disparadas automáticamente, levando ao holocausto nuclear.
Hoje parece ridículo, absurdo, mas o facto é que tudo isso foi previsto. Até ao pormenor - talvez não ideológicamente inocente - de se dizer que os computadores fabricados na antiga URSS, usando tecnologia diferente da americana, seriam imunes ao bug. Com a mileniomania instalada, e enquanto algumas pessoas chegavam ao ponto de constituir reservas de bens essenciais, o problema foi discutido nas mais altas esferas (não podiam ser acusados de não fazerem nada) e soluções foram avançadas. Além dos milhões gastos em software (comprar novo, actualizar e inspeccionar a compatibilidade), milhares de vôos na passagem de ano foram cancelados, e até o Exército Britânico foi colocado em alerta nessa noite.
E quando o segundo fatal chegou? Tudo normal, nada a assinalar à parte de um ou outro raríssimo incidente algures, por confirmar.
Sem surpresas, o assunto que chegou a mobilizar as Nações Unidas, caíu no esquecimento.
Anos antes do Bug do Milénio, já tinha havido outra catástrofe anunciada, por especialistas e não-especialistas: o buraco na camada do Ozono. Grande parte da comunidade científica não resistiu a alinhar na mentira em troca dos seus 15 minutos de fama. Excepção à regra, o francês Haroun Tazieff, o mais prestigiado vulcanólogo do mundo, juntou outros cientistas de renome para um manifesto denunciando a mentira que era esta nova "catástrofe ambiental", que o buraco do ozono sempre existira e que tudo não passava de infoterrorismo [sic]. Exposta a mentira, o assunto morreu mas sem que antes os governos não produzissem legislação a proibir gazes CFC; o que está correcto mas que foi um maná para a indústria, ao obrigar à substituição de muitos produtos (desde sprays a frigoríficos) já existentes.
Hoje, é o aquecimento global (ver também comentários a este link), propagandeado um pouco por todo o lado e por todos os sectores políticos, recorrendo a figuras da política como Al Gore. Para chamarem a atenção para as consequências para os seus países, o governo das Maldivas reuniu debaixo de água e o do Nepal vai reunir no monte Evereste. Apesar das denúncias da comunidade científica séria, a mega-mentira continua, servindo de pretexto à colecta das ditas ecotaxas e à substituição prematura de equipamentos existentes, nomeadamente automóveis, apesar dos actuais serem pouco ou nada diferentes tecnológica e ecológicamente dos de há dez anos, à excepção dos eléctricos e dos híbridos, o novo negócio. Nunca se fala de modernizar o que existe, mas sempre de comprar novo. As denúncias existem, mas têm dificuldade em passar para a opinião pública.
Neste contexto, vale a pena aqueles que já ouviam notícias nos anos 70 e 80 recordarem qual era a moda info-climática da altura: o arrefecimento global. Estávamos a caminho de uma nova era glaciar. Lembram-se?
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Spam dá multa
Todos os cêntimos que ele tiver de pagar serão merecidos. Porque o spam incomoda e porque ele se auto-proclamou de rei.
Aguardo que o exemplo seja seguido por cá e seja alargado à publicidade não solicitada que nos é colocada na caixa de correio e no vidro do carro (e depois chove e ficam colados). São os dentistas, são os restaurantes indianos e nepaleses, são as janelas e caixilhos, para já não falar no «Compro carros usados» a torto e a direito. Multa neles!
É bom que este tal de "rei do spam" tenha tido jeito para o negóio e posto algum de parte, porque para juntar 482 milhões de euros, é preciso realmente muito spam.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O charme de um clássico
Acho que o Fiat 500 tem melhor aspecto mas este ainda é só o protótipo.
domingo, 18 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Eleições: «Ganhou o Iberismo»
El dinero ha apostado por José Sócrates como garante de una integración económica peninsular que ya no tiene marcha atrás. Y los portugueses cansados de la plastificada mercadotecnia del líder socialista (escuela Zapatero), no han encontrado una alternativa sugerente en la candidata del centroderecha, pilotada a distancia por el presidente de la República, Aníbal Cavaco Silva. La señora Manuela Ferreira Leite quiso ganar las elecciones con tres mensajes de ligero sabor salazarista: regreso a la austeridad de una república contable, renuncia al tren de alta velocidad entre Lisboa y Madrid, y reactivación de los prejuicios antiespañoles, todo ello empaquetado en una valiente campaña antimediática.»
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Votar com responsabilidade
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Só falta a fraude eleitoral.
Irá ser interessante, daqui a umas décadas, consultar os arquivos diplomáticos estrangeiros sobre o que as suas embaixadas em Lisboa têm relatado da vida portuguesa nos últimos tempos, e da avaliação do estado do país. Os casos de suspeita de corrupção, DVDs de uma polícia estrangeira a incriminarem o Primeiro-Ministro, credibilidade da justiça, relações da imprensa com o poder político, ministros a fazerem chifres no parlamento, arguidos candidatos, noticiários cancelados, acusações de espionagem ao Presidente da República feita pelo Governo, acusações de lobby castelhano... e o que mais surgir.
E não me admiraria que o que surgisse a seguir fossem acusações de fraude eleitoral no Domingo. Talvez por isso nestas eleições os partidos tenham mobilizado muito mais os seus militantes para fazerem parte das assembleias de voto. É que, não só a disputa pelo votos será muito renhida, como os dois principais partidos têm muito a ganhar e muito a perder. Para muitos, a perda das eleições significará o regresso ao desemprego e por isso tudo vale.
Uma possivel descrição que as embaixadas em Lisboa estarão a fazer é: uma guerra civil travada por todos os meios menos os violentos. Procurando olhar as coisas com alguma distância, é isso que eu vejo.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
As eleições mais deprimentes de sempre
Das questões que afectarão o país, não só nos próximos 4 anos, mas nas próximas décadas, nada. Nada sobre um projecto nacional, que não o de um quintal de partidos políticos, um mercado reduzido a um feudo do Estado e a uma coutada de grupos económicos, e de um território onde a lei e a ordem são cada vez mais precárias.
É catastrófico que nas eleições gerais num país onde o Estado está em tudo e em todo o lado, o debate seja sobre coisa nenhuma. É o caminho da escravatura, ainda que encapotada.
Esta semana, na apresentação do seu novo livro "A Circunstância do Estado Exíguo", o Prof. Adriano Moreira abriu mais uma vez os olhos de todos para o que será a condição de Portugal num futuro próximo - resta saber se não é já a presente. Com a lucidez e o realismo que o tornam numa das grandes figura do Portugal contemporâneo, foi referindo os factos que nos estão a condenar a sermos um país falhado: irrealismo das opções de política externa e comercial, inacessibilidade das elites ao poder, acolhimento irresponsável de imigração desregrada, abandono do espaço rural e do mar, desbaratamento do poder cultural e - no que somos acompanhados por todo o Ocidente - a perda de valores e consequente empobrecimento cultural.
O público presente no auditório do IDN aplaudiu de pé, consciente de que ouvira um discurso de alcance histórico.
Mas serão poucos, dos que ali estavam, que ousarão ter as mesmas opiniões cá fora. Concorda-se mas ninguém se quer queimar repetindo ideias politicamente incorrectas. Cá fora, não convém contrariar o sistema e tentar interromper o processo. O caminho para deixarmos de ser um país e tornarmo-nos numa mole de acéfalos falidos e impotentes fica aberto e pavimentado pelas conveniências.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Porque somos tão atrasados
Dois factos ocorridos ontem mostram como funciona o Portugal empresarial: a insolvência da Qimonda Solar e da Rhode. Aparentemente nada as une. Uma quer fazer painéis fotovoltaicos, a outra faz calçado de baixo custo. Na Qimonda o Governo forjou um consórcio com empresas privadas (DST, Visabeira, EDP, BCP, BES...) e públicas (capital de risco) para dar asas a um projecto da Qimonda e da Centro Solar. Objectivo: ocupar 400 pessoas que ficariam sem emprego com o fecho da Qimonda. Poucas semanas depois ninguém se entendeu e o projecto foi pelo cano.
No caso da Rhode também lá anda o dedo do Estado. A empresa, que emprega 984 pessoas, vai apresentar-se à insolvência (a 20 dias das eleições...) e tentar um plano de recuperação.
Tal como na Qimonda o plano é "apadrinhado" pelo Governo: os trabalhadores dizem até que o plano foi sugerido pelo ministro da Economia.
Onde é que isto nos deixa? Tal como na Qimonda Solar o mais provável é que daqui a umas semanas, sem comprador, o destino dos trabalhadores seja o... desemprego.
Os mais ingénuos dirão que o Estado não se pode alhear quando estão em causa milhares de empregos. Errado: deve ficar o mais longe possível deles. Porque nenhuma das empresas tem viabilidade sem novos investidores. E eles não surgem por boa razão...! Meter o Estado nestes processos, fingindo que pode resolver problemas, só faz duas coisas: cria falsas esperanças (adiando a reconversão dos trabalhadores) e atrasa a renovação do tecido empresarial.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Futecarro
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
E se eles não quiserem pagar?
Resta saber se daqui a 25-30 anos, quando as crianças de hoje forem os eleitores de amanhã, e quando a maioria da população tiver de pagar as dívidas monumentais contraídas para ganhar as eleições de quando eram crianças, apenas recém nascidos ou nem isso, se a pressão popular não irá recusar-se a pagar.
E exigir que sejam as gerações responsáveis por esse endividamento a pagarem a factura.
«Nem mais um euro para o TGV de há 25 anos!» - poderá ser o mote que levará ao poder um governo.
Como pagar as dívidas então? Solução: com as reformas dos que agora têm, por exemplo, entre 35-45 anos (baby-boom de 1965-1975), que são a maior parte da população e que são o eleitorado que realmente decide eleições. Imaginemos toda esta gente privada de reforma durante uns anos até a dívida ficar saldada. Assusta, não é? Mas se isso acontecer, como poderemos dizer que eles não têm razão?
Groundforce
E, apesar da crise económica e na aviação, e da péssima situação financeira em que está a sua - ou melhor, nossa - empresa, ainda têm o descaramento de alinhar numa greve, a um mês de eleições.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Da Democracia na América
Assistir ao intensíssimo debate que está a acontecer nos EUA em torno da criação de um serviço nacional de saúde tem servido para constatar várias coisas.
Primeiro, que dos 45 milhões de norte-americanos que não têm seguro de saúde (e que supostamente ficam à porta dos hospitais), metade não têm porque não querem, e a outra metade é composta em grande parte por imigrantes ilegais. Ou seja, mais uma historieta anti-americana que é desmascarada.
Segundo, que Barack Obama passou de bestial a besta, ao mexer no assunto que originou a declaração de independência em 1776: impostos desnecessários.
Terceiro, vê-se o que é uma democracia participativa a funcionar, e imagina-se como reagiriam os americanos se lhes propusessem aquilo que tem sido levado a cabo junto dos portugueses: Estado a consumir 50% do PIB, receita fiscal igual 36%, SNS sozinho a consumir 20%, operações de mudança de sexo comparticipadas a 50%, transferência de soberania para uma organização internacional que não controla e onde já não tem direito de veto (sem nunca haver referendos), abolição da moeda própria...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Proibido estacionar
(Porto de Lisboa, gare da Rocha Conde de Óbidos)
Estes traços pintados no pavimento devem portanto ser obra de graffiters...
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Estado de sítio
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Grande 31!
Comunicado do Movimento 31 da Armada:
Daqui posto de comando do Movimento do 31 da Armada:
Durante a madrugada de ontem, e apesar da forte vigilância policial, elementos do 31 da Armada (Darth Vaders) subiram heroicamente até à varanda do Paços do Concelho e hastearam a bandeira azul e branca.
Há 99 anos atrás, no dia 5 de Outubro, um punhado de homens,contra a vontade da maioria dos Portugueses, tinha feito a mesmíssima coisa proclamando assim a república. O resto do país ficou a saber por telegrama.
Hoje, aproveitando as férias de verão e numa inédita acção de guerrilha ideológica, foi restaurada a legitimidade Monárquica. Podem permanecer calmos nas vossas casas: foi restaurada a Monarquia. E o país fica a saber pela internet. A acção foi devidamente filmada e o video será disponibilizado ao final da tarde.
É o contributo do 31 para as comemorações do centenário da república.
O 10 de Agosto de 2009 ficará na história de Lisboa, talvez de Portugal!
Aqui d'El Rei!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Depois de Charles Bronson...
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Nós os ricos
Acrescente-se a isto que metade da população não tem que pagar IRS, e veremos que o tão popularmente proclamado «Isto para os ricos é que está bom!» não corresponde minimamente à verdade.
E pergunta-se: e isto tem resolvido o quê? Se fossem verdadeiros os mitos da justiça social e da redistribuição da riqueza pelo Estado, sacralizados nas últimas décadas para servirem de pretexto a uma fiscalidade quase feudal, Portugal há muito que deveria ter os seus problemas de pobreza e de desigualdade resolvidos. A realidade demonstra o contrário, e são justamente os países onde os impostos são mais baixos, onde o peso do Estado é menor e onde a riqueza é menos castigada aqueles que mais se desenvolvem e onde a desigualdade económica e é menor. Vejam-se os países anglo-saxónicos ou o Japão, e conclua-se.
E mesmo deste lado do Atlântico, há quem aprenda a lição: há alguns anos, na Bélgica, o então governo dos socialistas flamengos (bem mais à Esquerda que o nosso PS) simplesmente extinguiu o imposto sobre grandes fortunas como forma de atrair capitais estrangeiros ao país, o que conseguiu. Entre outros, o cantor francês Johnny Hallyday escandalizou os seus conterrâneos ao tornar-se cidadão belga, da mesma maneira que a modelo Laetitia Casta se tinha tornado britânica anos antes.
Com apenas 1% de ricos, Portugal está estatísticamente ao nível da Austrália. O problema é que na despesa pública e no número de pobres, estamos no Terceiro Mundo.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
As árvores morrem de pé
A nova ideia é reduzir o comprimento dos assentos e também a distância entre eles, com os viajantes instalados com cinto de segurança atado à cintura, de modo a que o número de passageiros aumente até 40%. A Spring Airlines, que deverá tomar uma decisão até ao fim do ano, calcula uma redução de custos de 20%. Parte-se do princípio que não vão ter o descaramento de não reduzir a tarifa, nem de cortar nas casas de banho (ou arriscam-se a ter um problema muito sério a bordo, pelo menos com os passageiros do sexo masculino).
Modelo de transporte de passageiros de pé, concebido pela Airbus.
Muito francamente, não me imagino a viajar desta maneira, e penso que serão poucos os que aceitarão. Até porque há questões de segurança que devem ser levadas em conta, como por exemplo, que posição adoptar numa aterragem de emergência.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Quanto mais picante melhor
Nova Deli, 26 junho, RIA Novosti. Cientistas indianos trabalham para desenvolver granadas cujas cargas “não letais” são carregadas com “Bhut Jolokia”, a pimenta mais picante do mundo.
O cientista Dr Sriwastawa, colaborador do Laboratório Especial do Centro indiano de Pesquisas em Defesa, afirmou que esta pimenta será um substituto perfeito ao gás lacrimogênio.
O efeito “picante” da Bhut Jolokia, procedente do noroeste da Índia, chega a um milhão de SHU (Scoville Heat Units, unidade da escala Scoville que mede o efeito picante das pimentas), entretanto o efeito de uma pimenta normal é de duzentas vezes menos e um “spray de pimenta” para defesa pessoal varia de dois milhões a cinco milhões de SHU.
Pesquisadores de um laboratório militar indiano também têm planos de incluir a “Bhut Jolokia” na alimentação dos soldados que cumprem missões nas regiões montanhosas. Segundo os pesquisadores, "uma pode fazer milagres ap elevar a temperatura corporal dos soldados operando em montes cobertos de gelo".
Outra utilização prevista é de usar a pimenta para afugentar os elefantes selvagens das instalações militares.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Guia do empreendedorismo
Mas, para além das intervenções públicas, editou em 2007 um Guia do Empreendedorismo (disponível em PDF aqui) que trata de:
- Os 10 Mandamentos do Empreendedor de Sucesso.
- Como Criar uma Empresa em 9 Passos.
- Erros a Evitar na Altura de Criar a sua Empresa.
- A Importância da Propriedade Intelectual.
- Empresa na Hora e Marca na Hora.
- Financiamento à Medida das Necessidades.
- Programas de Apoio.
- Contactos de Incubadoras e Financiadores.
- Ensino do Empreendedorismo.
- Case Studies.
Ainda não li mas promete ser uma boa ajuda para todos aqueles que encaram a possibilidade de iniciar a sua própria empresa, e também para quem já é empresário mas que pode sempre aprender alguma coisa mais.
Na minha opinião, a iniciativa para uma publicação deste género deveria partir da esfera governamental. Mas felizmente que Portugal ainda pode contar com o dinamismo de alguma da dita sociedade civil.
Cada um é para o que nasce
Manuel Pinho, e isso tornou-se óbvio desde que tomou posse, não é um político, mas um técnico que, tal como Teixeira dos Santos, chegou ao governo transferido do "plantel" dos quadros do Banco Espírito Santo. Sem jeito nem vocação para a política. Mas, e apesar de não se poder dizer que tenha sido um bom ministro, a governação do país precisa de pessoas assim, cuja competência técnica seja a razão de chegarem a cargos de responsabilidade.
Mas numa altura em que se governa sob a mira do mediatismo e do culto da imagem, um ministro assim não pode ser abandonado pelos seus colegas políticos. E foi isso que aconteceu a Manuel Pinho. Houve gaffes desculpáveis, umas mais, outras menos. Houve falta de jeito para lidar com jornalistas, mas é para isso que os governos têm a sua frente mediática. Mas houve também uma agenda mediática que obrigou a episódios dolorosos como a longa novela da Quimonda, em que o Governo precisava de mostrar (ou será de fingir?) que estava a tentar resolver um problema, e em que Sócrates frequentemente deixou Manuel Pinho entregue "às feras".
Ninguém é obrigado a ter jeito para a política, e a ter paciência para suportar todo o desgaste psicológico e pessoal que ocupar um cargo político implica hoje em dia. Manuel Pinho encheu durante quatro anos e meio, e rebentou na sua última ida ao parlamento.
Um próximo governo PS é bem capaz de ter dificuldade em recrutar um ministro da Economia entre quadros capazes e com currículo. Muita gente "ministeriável" deve estar por esta altura a jurar nunca na vida aceitar um convite para ser ministro, qualquer que seja o governo. Não precisam e não estão para se sujeitar a tanto.
É este também o estado da Nação.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Portugal visto do Sião
Mais um grande post no Combustões.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Aeroporto para quê?
Um dos modelos, o Land Africa, consegue fazer aterragens e descolagens curtas. Mesmo muito curtas:
Site da BRM. Aconselho uma visita à galeria de fotos e vídeos.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Haverá coisa mais patriótica do que ser europeísta?
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O fim da treta italiana
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Pedro Malagueta / Michel Legrand - Era uma vez... o Espaço.
Vale a pena comparar com a versão original, francesa, com a inglesa, alemã, e espanhola (esta última não tem nada a ver com a original).
Isto sim eram programas para crianças, para instruir e educar, sem prejuízo do entretenimento. É chocante a diferença para o lixo que se faz hoje, destinado a degradar os indivíduos desde tenra idade.
Isto sim era produção de uma França que hoje, culturalmente falando, desapareceu, fruto de deixar a Cultura ficar refém de foices e martelos subsidiados pelo estado.
Mas a versão portuguesa também é simbólica de uma época em que nós, Portugueses, ainda não pertencendo ao "clube europeu" e sem estarmos esmagados por complexos de inferioridade, quando mostrávamos do que éramos capazes em comparação com os melhores que de lá vinham, ficava evidente que pouco nos conseguiam superar.
terça-feira, 26 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
O fim do modelo do investimento estrangeiro
Nos anos 80, e perante o fim deste modelo motivado pela adesão à CEE, foi um grande objectivo do governo de Cavaco Silva atrair o investimento estrangeiro para a construção de uma grande fábrica de automóveis moderna, que desse vazão à indústria de componentes automóveis entretanto herdada, e cujas exportações ajudassem a diminuir o enorme desiquilíbrio de transacções externas que começava a fazer sentir.
Já antes tinha havido tentativas nesse sentido desde os anos 60, junto de vários construtores. No início dos anos 70, com a Alfa-Romeo, propôs-se Sines, para produzir o Alfasud. No final dos anos 70 e princípios dos anos 80, com a Ford, Citroën e Renault, a todos sendo proposto Sines ou Setúbal. Só o último resultou mas de forma deficiente: sendo a Renault uma empresa pública francesa, o projecto assumiu contornos de ajuda económica, com os franceses a ditarem as condições, dispersando a produção para Aveiro (o que permitia trabalhar com as fábricas espanholas, mas menos bem com a de Setúbal), e sem a parte mais importante e cara, a oficina de fabrico de componentes de paineis de carroçaria (a "press shop"), que viriam de Espanha. Na prática, ficou-se com mais uma linha de montagem semelhante a outras que já existiam, desta vez a consumir mais componentes portugueses, e com enormes ajudas e favorecimentos por parte do Estado, que era sócio na Renault Portuguesa. Criou postos de trabalho, ao mesmo tempo que, devido à crise, fechavam outras fábricas de montagem portuguesas. As empresas de componentes, essas sim ganharam encomendas e uma injecção de tecnologia e eficiência. No final dos anos 90, e dada a atracção por investir no Leste, a Renault (isto é, o Governo Francês) achou que já tinha ajudado Portugal o suficiente e fechou a fábrica.
No projecto Autoeuropa (na altura projecto Ford-Volkswagen), o Governo teve o bom senso de aprender lições dos projectos anteriores, e procurou não repetir os erros. Setúbal foi logo avançada como localização preferencial, em vez de Sines, e exigia que a fábrica dispusesse de "press shop". Na corrida à fábrica da joint-venture Ford-VW estava Portugal (Setúbal), a então Checoslováquia (Bratislava), e Espanha (três localizações). A Ford, que tinha estudado Setúbal anteriormente, fez a nova análise de projecto, análise essa que incluia 190 critérios, que íam desde as acessibilidades, à disponibilidade de fornecedores locais, à rede eléctrica, qualidade do ensino, sistema de saúde pública, segurança, eficiência dos transportes públicos disponíveis para os trabalhadores, às leis laborais e frequência da ocorrência de greves e, obviamente, impostos e ajudas estatais.
A localização de Setúbal pelo excelente acesso às rotas marítimas, a meio caminho entre o norte e o sul da Europa, foi um ponto muito forte. Mas, no final, a Ford escolheu uma localização em Espanha. O mesmo fez a VW, mas em local diferente. Não chegando as duas empresas a um acordo sobres essas, e descartando Bratislava, debruçaram-se de novo sobre a terceira localização em Espanha - Huelva - e Setúbal. Huelva também tinha boa acessibilidade marítima, tinha uma avaliação geral melhor que Portugal, e os governos central e regional estavam dispostos a conceder ajudas generosas. Perante isto, o Governo de Cavaco Silva respondeu com o único argumento que restava: dinheiro.
Era um projecto essencial para o país, perante a desindustrialização que se estava a dar e, com a aproximação das eleições de 1991, o Governo Português abriu realmente os cordões à bolsa para ganhar a corrida. Cobrindo sempre cada novo valor apresentado pelos espanhóis, chegou-se a um ponto em que estes desistiram de dar mais. Ganhou Portugal, mas com ajudas gigantescas, num excelente negócio para a Ford-Volkswagen.
A produção do MPV (o monovolume VW Sharan/Ford Galaxy/Seat Alhambra) começou em 1995, com 55% de incorporação nacional, sendo que dos 45% importados, a maior parte vem de Espanha. Apesar do grande sucesso, a Ford abandonou o projecto passando a ser apenas VW. Mas, e apesar de ser a fábrica mais eficiente de todas as da VW, a capacidade instalada só foi bem aproveitada nos primeiros anos. A vinda de um segundo modelo demoraria anos a ser conseguida. O governo de Durão Barroso/Paulo Portas propôs a Sodia, a antiga fábrica Renault em Setúbal à VW, em que a produção do pequeno VW Lupo seria uma das contrapartidas da compra de submarinos de fabrico alemão para a Marinha Portuguesa. À VW, o que interessava era aproveitar Palmela, mas os novos modelos persistiam em não vir para Portugal. Finalmente, e sendo um das contrapartidas dos submarinos, veio a produção do VW Eos, mas com muito pouca incorporação nacional.
Mais tarde veio outro modelo de nicho, o Scirocco, de novo com grandes ajudas do Estado e poucas peças portuguesas, e chegou-se mesmo a falar no Polo. Mas com a crise, está de novo em cima da mesa a ameaça do fecho da Autoeuropa. Se das outras vezes, talvez tenha sido uma ameaça negocial para obter mais apoios do governo, agora o cenário é outro: o de crise, de excesso de capacidade instalada, e de proteccionismo alemão.
E aqui é que está a questão que agora afecta economia portuguesa em geral. Durante décadas, os governos portugueses abriram portas à concorrência estrangeira, e apoiaram fortemente o investimento estrangeiro, por vezes fraudulento. E enquanto se deram facilidades e muitos e muitos milhões a empresas estrangeiras, as empresas portuguesas já existentes e implantadas fechavam às catadupas, incapazes de competir cá de igual para igual com gigantes estrangeiros apoiados pelos respectivos governos, e muito menos de exportar, e com tudo menos ajudas do Estado Português. Perderam-se grandes nomes da indústria, desbaratou-se experiência, tecnologia, meios e capacidade instalada, desfizeram-se equipas competentes, e empobreceu-se o país.
Hoje, em tempo de vacas muito magras, cada país tenta travar a saída de divisas e está a preferir o que produz. E nós, embriagados no consumo de marcas estrangeiras, já pouco podemos produzir.
Este modelo, de substituir produtos próprios por importações (a suprema estupidez!), de depender de capitais e centros de decisão estrangeiros para investir, para saber fazer e poder vender, falhou rotundamente e está acabado. Nem poderia ser de outra maneira: é o que acontece fatalmente quando confiamos a nossa sobrevivência a outros que não nós mesmo.
É preciso reconstruir a produção em Portugal. É preciso voltar ao que é seguro e àquilo com que sempre pudemos contar: nós mesmos, e os nossos próprios recursos.
domingo, 17 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
The discovery of powder
«To improve its performance, Portugal needs more flexible labour laws, less bureaucracy, a better educated workforce, more competition and a smaller state. As the IMF states in a recent report, the country’s fundamental problems are domestic, not global, in nature. But political leaders find reforms hard to push through.»
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Perguntas Proibidas
O programa vai para o ar todas as Quintas-feiras, depois das 18h, em 90.4 FM, com os programas colocados online, em podcast, dias mais tarde.
Chamo particularmente a atenção para o programa de 23 de Abril sobre os assuntos do mar, em que, de forma sucinta, os menos conhecedores poderão ficar com uma ideia muito aproximada do que se passa e do que deveria ser feito. Aconselho vivamente.
Perguntas Proibidas em Podcast
Rádio Europa
quinta-feira, 30 de abril de 2009
A língua portuguesa é muito traiçoeira...
«Transa Atlântica» é o primeiro romance da blogger Mónica Marques, do Sushi Leblon (ali na coluna da direita, lá para baixo; já devem ter reparado). Como ela diz, o livro é filho do blogue.
Mónica mudou-se para o Rio de Janeiro em 2002, e "acariocou-se" (expressão dela), tendo estado a partilhar a experiência e as reflexões através do blogue. A personagem do livro, Marta, faz o mesmo trajecto e também a ela o Rio de Janeiro muda a perspectiva de vida. Aliás, este é um livro que, entre outras coisas, confronta a maneira de ser portuguesa com a brasileira.
Marta é o super-ego que Mónica, segundo a própria, não quer mas que gostaria de ser. Uma portuguesa à solta.
«Transa Atlântica é um livro onde se vai. É difícil sermos tão levados como ele nos leva. Não é só estarmos lá, no Rio, sem sairmos daqui. É sairmos daqui e não estarmos em lado nenhum senão para onde nos levam os enlevos e os enfados da autora. Sempre depressa. Sempre com graça. Sempre com uma verdade desconcertante.»
Miguel Esteves Cardoso, na apresentação do livro.
Entre bloggers: sinceros parabéns, Mónica!
Podcast da entrevista no «Pessoal e Transmissível», da TSF.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Obra prima
O resultado final? Um monumento à estupidez dos autores, que com isto provavelmente encontraram sentido na sua existência; muito dinheiro (nosso) que a CP vai gastar a remover a pintura; e uma carruagem imobilizada durante esse tempo todo.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Situação controlada
A situação deu para uma partida.
Um dos amigos de Fernando Pereira morava num dos prédios próximos, e aí foi posto um pequeno rádio emissor artesanal que possuiam, sintonizado na frequência (na altura, em onda média) da estação que tocava na pastelaria.
«Senhores ouvintes: interrompemos a emissão para transmitir um comunicado ao país de Sua Excelência o Presidente do Conselho, Professor Marcello Caetano.»
Começou então Fernando Pereira a dizer, com solenidade, que o movimento revoltoso tinha sido dominado, que as Forças Armadas obedeciam às órdens do Governo e que a situação no país regressara à normalidade. E que todos os envolvidos na rebelião iriam ser punidos.
Em segundos, a Tentadora ficou vazia.
domingo, 26 de abril de 2009
Aprender a Democracia
Tocqueville faz a comparação entre os jovens Estados Unidos e a Europa, nomeadamente a sua França natal. Apesar de datar de 1830, é um livro que continua actual, pela forma como - entre outras coisas - explica os desafios de governação, e de equilíbrio no relacionamento do Estado com o Cidadão. Uma das "bíblias" da Ciência Política.
Alexis de Tocqueville - «Da Democracia na América»
Aqui vai, com desculpas pelo atraso, a minha sugestão para o Dia Mundial do Livro.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
26 de Abril - Bicicletada de São Nuno
Para ver horário e o percurso, consultar o blogue Bicicletada de São Nuno.
Para ouvir no fim de semana
A melhor das energias renováveis: não polui, não tem praticamente impacto à superfície, é inesgotável e - acrescento eu ao que é dito no programa - é uma tecnologia perfeitamente dominada, pouco onerosa e que Portugal domina. E esqueçam o nuclear.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Por apenas 60€
terça-feira, 21 de abril de 2009
Engomar é preciso
Esta polémica já produziu, no entanto, um resultado: é que eu nem tinha reparado na tábua de engomar nem em mais nada que não a lindíssima Helena Coelho.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Faça você mesmo
A história começou há dois anos quando um inglês, mecânico amador e aficionado de Jaguares, se dirigiu ao seu fornecedor de peças habitual. Este tinha adquirido um carregamento de peças originais de Jaguar E-type que alguém tinha comprado directamente ao fabricante em 1974, quando a produção foi encerrada e as peças se tornaram excedentárias, carregando um camião com elas. Nesse lote de peças, rigorosamente novas e originais, estava 95% do que era necessário para montar um Jaguar E-type, incluindo uma carroçaria da versão Roadster, os interiores completos, a caixa de velocidades e o motor V12 de 5300 cc.
A ideia surgiu logo na mente de Ray Parrot: montar um Jaguar E-type novo em folha. As peças que faltavam (nomeadamente o pára-brisas) poderiam ser facilmente adquiridas em segunda mão, em bom estado. Parrot contactou a Driver and Vehicle Licensing Agency (equivalente à nossa Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária), que lhe garantiu que poderia emitir-lhe um número de chassis e uma matrícula de forma a legalizar o veículo. A carroçaria precisou de alguns retoques que foram feitos fora, mas a montagem foi toda feita na garagem de Ray, ao longo de oito meses. No final do ano passado, o carro ficou pronto (fotos da sessão fotográfica para a revista Octane):
É claro que isto só é possível em países onde as autoridades prezam a liberdade individual, e onde existe respeito pela iniciativa e pela cultura automobilística, coisas que são apanágio dos países anglo-saxónicos. A forma como as autoridades rodoviárias se prontificaram a permitir a circulação deste automóvel diz muito do civismo do Reino Unido, que se recusa a adoptar normas da União Europeia que sejam nocivas à cultura e liberdade automobilística; existem, por exemplo, automóveis que, na Europa, só podem circular em terras de Sua Majestade.
Escusado será dizer que, em Portugal, seria totalmente impossível fazer isto: provavelmente tinha de se montar uma empresa com alvará para montagem de veículos automóveis, pedir a homologação com leis actuais, e muita sorte se não fosse pedido um crash-test.
Mas esta história deixa-me com vontade de mudar-me para Inglaterra e procurar carregamentos de excedentes de produção de Lotus Esprit, de Citroën DS ou - porque não - de MG B?